Libertou-se de tudo, do suor e do sangue e da dor, dos enredos previsíveis, da agilidade da estupidez, das relações para uma plausibilidade da sua glória, da baixeza, da mesquinhez de quem esmola uma atenção, do lio obtuso das palavras, dos louvores, da miséria de tudo o que é miséria em relações humanas – e foi puro diante da canção como da sua única divindade. Toada longínqua na vertigem dos acasos. Música dolente cheia do frio e dos invernos perenes. Doce melancolia que se escoa de prazer e amargura. Um homem canta ao mistério de uma manhã de outono.
Led
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