Bye June. E uma plenitude instantânea entra em mim e entontece-me de uma comoção de outrora. Inclino o ouvido ao aviso que vem da balada recuperada de não sei donde, ouço-a intensamente até ela se abrir e eu penetrar nela. Inclino o ouvido em humildade e não entendo. A escorrência de mim nesta transfusão absurda de realidades.. Tanta coisa me comoveu. Já mal as sei. No avivar da brasa morta, apagada em cinza, na reinvenção de si, no retomar desde o início o que se gastou. E nada em mim lhe pode responder e exprimir senão uma auréola de sorriso que não chega à superfície. Devia haver uma verdade humana para este apelo do incerto que me cerca e me comove de prazer triste. Uma verdade registada e assentada para comodidade do fraco do olvido. Porque o que me faz sucumbir à profunda melancolia não tem razão se a houver. Uma verdade universal que autenticasse e tomasse em si este encantamento fleumático que se constrói na lembrança fulgurosa que me quebra até ao intangível. E o vazio de mim é aí que deve estar, nesse esquecimento, nessa massa de verdade morta como se fosse morta, nessa inutilidade do que soube e me fez e me faz vibrar e me recupera tudo o que sou.. Uma verdade que transcendesse sobre mim e me reconhecesse em força e certeza e harmonia universal...Recolhida. Leve. Doce. Do fim. Bye June.
I'm wishing you're there too
Led
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