Que estranha esta sensação de sujidade e culpa depois de falar de futebol ou de política ou do mais que envolva subir a um púlpito para pregar as minhas ideias plausíveis e para uso doméstico e discussão transaccionável e sempre estimável nos intervalos da atenção. Para termos uma reputação pública nos sítios privados onde ela se fabrica e para sermos brilhantes como nas reuniões com gravata. Porquê exactamente? Não o sei. É o preço a pagar por tomar partido seja do que for, vais dizer. Agora aguenta o peso do ridículo. Deve existir um limite moralmente tolerável em alguma parte do meu ser que é ultrapassado quando falo em demasia seja do que for, cheio de urgência em aliviar a carga. A cedência à parte mais grosseira e animal, e ter satisfação nisso enquanto é tempo de o satisfazer. Culpado por qualquer coisa. Culpado por existir.
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