quarta-feira, 18 de junho de 2008

...or death and all his friends

Ando para falar do último álbum destes senhores (os centésimos “próximos Radiohead” da história da NME que afinal não o foram e ainda bem) há algum tempo. Mas ainda estou na fase de degustação preambular, é que custa um pouco a entender o disco como um todo. De qualquer maneira, para desapontamento da minha tradicional má fé e depois de audição do trivial primeiro single (“Violet Hill”), confesso que as audições integrais ao disco me deixaram bem mais entusiasmado. O colorido disco, cheio dos habituais temas pop-rock sumarentos que até as mães gostam, parece-me estranhamente interessante e arrisco mesmo já a dizer excelente. De tal maneira que até o habitual inquisidor moral de tudo o que atinja um nível comercial (Pitchfork) acabou por dar um 6.5/10 ao disco. Nem me peçam para mencionar que, no plano oposto do exagero patriótico, a NME classificou-o com um 8/10. Ainda assim, parece que finalmente o agora quinteto britânico arranjou um produtor à altura das suas capacidades (Brian Eno) que transformou/revolucionou (como a capa deixa subentender) quase por completo o som da banda (saturadíssimo à altura do X&Y) com recurso a muitas experimentações bem sucedidas. Notam-se bem as influências de um antigo David Bowie, Arcade Fire (até porque muitos temas foram igualmente gravados em igrejas), My Bloody Valentine, U2 (como sempre, na guitarra do Buckland) e mesmo Peter Gabriel. Temas grandiosos, espaçosos e cheios de luz, que é mesmo o que nós andamos a precisar. Ainda não encontrei as tão mencionadas influências hispânicas no novo som (só se for pela localização geográfica das gravações) e o que notei mesmo foi o recurso a muito equipamento sonoro sintético que contribuiu para um novo enchimento e grandiosidade (muito glam e exótico, ao mesmo tempo) sem apagar a marca mais desartificiosa característica do conjunto londrino. De qualquer maneira, “Cemeteries of London”, ”Lost!”, “42”, "Chinese Sleep Chant" (tema escondido da faixa "Yes!"), “Lovers in Japan” (aposto como terceiro single) ou “Viva La Vida”, são mesmo excelentes canções! A EMI já não precisa portanto de chorar mais o luto dos Radiohead pois têm aqui um disco que lhes vai satisfazer por completo o apetite monetário para este ano e o próximo e o próximo...

Coldplay - 42
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Led

5 comentários:

nuno disse...

e deste tb. please?

Ledbetter disse...

Deste tb e o quê?

nuno disse...

desliga o autoplay caramba! desta musica e da dos velveteen! por favor.

Ledbetter disse...

Eu sei que deves achar que faço de propósito obrigar-te a ouvir Coldplay mas,
autostart="false"...

já te tinha dito, está sempre desactivado!
Não tenho nenhum problema desse género em qualquer dos 3 computadores que uso regularmente por isso só pode ter a ver com as configurações do teu computador.

nuno disse...

rais parta. deve ser problema do firefox 3. é que dà-me este problema no lab e em casa...
se não fosse a dos velveteen tb estar sempre a arrancar, acharia que era a editora dos coldplay a hackar o firefox. mas assim simplesmente não compreendo. bah.

e sabes quais as letras da verificação de comentàrios? iviil. serà um sinal? damien?... és tu?