quarta-feira, 18 de junho de 2008

Espeleólogo da memória

Não passes mais na minha memória, não passes. Sossega-te no sem-fim do lembrar. Para invenção de ti nas horas difíceis de desapego ao impossível que está sempre na memória estúpida sem explicação. Não há realidade no real que relembro, porque essa realidade está na minha imaginação. Repousa no teu nada, deixa-te estar. O que escrevo não foi, é o absoluto do meu devaneio. Esfuma-te na balada de eterno e sê lá só a ficção de ti. Que a névoa que te trouxe te leve de novo para sempre. E a melancolia que nela vive seja a razão verdadeira de te esquecer.
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Led

6 comentários:

DN disse...

ha um tempo ficou escrito que ha presenças que nao se expulsam. para o bem e para o mal. e se me lembro..que o passado é.nos.
a falta de certezas e so a vida..
fosse tudo tao mais simples e nao seria.

Ledbetter disse...

"Wishing for a time that never was"

DN disse...

ah..! tenho uma pergunta.. de onde veio isto?

Ledbetter disse...

Doves - M62

DN disse...

pronto.. expliquei.me mal.. o texto do post.. essa ult nao era complicada..

Ledbetter disse...

Ah, está em itálico (porque a caligrafia parecia-me mais apropriada) mas é um trecho meu escrito há algum tempo.
E não me perguntes de onde veio que nem eu sei exactamente. Veio certamente do além da memória, terra do insondável da comoção sem explicação.
*