domingo, 3 de maio de 2009

Ainda do "castigo divino"

Gostava mesmo que esta prudente imprensa me esclarecesse quantas centenas de milhares de pessoas por ano morrem às mãos da estirpe “ordinária” do Influenza sazonal. E reflectisse por uns momentos antes de descarregar mais uma dose de alvoroço colectivo.

Led

2 comentários:

nuno disse...

o dn fez uma sondagem sobre o ser bom ou mau vacinar-se crianças e velhos com o tamiflu. o tamiflu é um anti-viral.

o público diz, num extraordinário documento de correcção e iluminação cinetífica, que o vírus contém ADN de aves, suínos e humanos. alguém os lembrou que um retrovirus não tem ADN e alteraram para "material genético". e dizem ainda que o factor limitante para produzir uma vacina é o facto de as vacinas serem feitas em ovos.

eu já nem ligo ao alvoroço e ao aproveitamento do pânico. contentava-me com evitar barbaridades que dariam para teres um satisfaz menos menos no teste de CTV do 7º ano.

Ledbetter disse...

Nunca fui muito elogiador dos textos científicos (e de outros, menos científicos) da malta que escreve nesse jornal. Chama-lhe elitismo de classe, se quiseres. Mas a verdade é que a esse erro juntam-se muitos, muitos outros - mais escandalosos - que me habituei a desprezar com o tempo (da mesma forma em que deixei de acreditar que podia mudar o mundo na adolescência). Concordo que aqui bastaria pesquisar uns breves segundos na net para perceberem que os retrovírus têm RNA e sintetizam DNA no interior das células hospedeiro com recurso a uma enzima que é específica a esta família. Acho que não é preciso chamar um especialista em virologia (como tu) para clarificar até ao equívoco uma coisa que até era fácil de entender e explicar ao Zé Povinho e mesmo ao Fernando Seara. Mas também te digo que não percebo (mas deve ter a ver com a minha nota no teste do 2º semestre do 7º ano) qual é o problema com a hibridização ser feita dentro de um ovo, a não ser pela quantidade massiva de ovos que têm de ser usados...

Acabaste por não dizer o resultado da sondagem do DN, vais mesmo obrigar-me a pesquisar...

Adenda para possíveis pessoalismos: nunca acreditei poder mudar o mundo. Sempre fui daqueles que alimentava a ilusão que ele se iria adaptar a mim.
Apesar de tudo.;)