terça-feira, 19 de setembro de 2006

Mergulhando na inflexibilidade

“O medo de ser livre cria o orgulho de ser escravo”. Bela frase anarca. Da quantidade delas espalhadas pelas paredes da cidade que penso como saldo da revolução dos cravos. Fixei-a porque me pareceu de certo modo apropriada a estes tempos de confronto e histerismo. Mas não sei exactamente o que quero aprender com ela com receio que ela me suba até ao radicalismo mais absurdo. “Crês ou morres” também é uma divisa gira. Ama-se uma causa até à morte, amamos seja o que for até à morte, para que a anulação total de nós confira o valor máximo, que somos nós, ao que odiamos ou amamos. Tudo isto deverá estar profundamente certo. Mas tudo isto deve estar profundamente errado. Mas não irei insistir na sua reflexão. Não sejamos ambiciosos. Há o que é para entender e o que é só para admirar. De qualquer modo, há-de a morte subscrever ambas.
Led

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