Led
terça-feira, 30 de janeiro de 2007
Do Prós e Contras
domingo, 28 de janeiro de 2007
Como baralhar as coisas
Retirado daqui
Led
sábado, 27 de janeiro de 2007
sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
O Marcelo não confia nas mulheres
”O professou Marcelo tem, diz ele (acabou de dizer na RTP), uma posição heterodoxa. Um NÃO heterodoxo, muito especial, verdadeiramente extraordinário. E porquê, explica ele? Porque ele é ‘contra a penalização da mulher. Às dez semanas, aos cinco meses, aos oito meses.’Se a pergunta fosse, portanto, ‘está de acordo que a mulher que aborta – no limite, até aos 9 meses – deixe de ser criminalizada?’, o professor Marcelo responderia SIM, concordo. Mas, explica o professor, o que a pergunta do referendo pergunta é ‘muito mais que isso’. Porque ‘a mulher pode abortar sem causa nenhuma –- não há período reflexão nenhum nem aconselhamento nenhum --, para uma lei de liberalização nestes termos sou NÃO’.
E portanto, diz o professor Marcelo, que ninguém sabe onde foi buscar esta ideia de ‘não haver período de reflexão nenhum nem aconselhamento nenhum’ – vai-se a ver o professor Marcelo queria um boletim de voto com umas cinco páginas e uns trinta artigos a especificar as exactas condições em que se poderia interromper a gravidez, o número de dias de reflexão, a composição dos gabinetes de aconselhamento, etc -- ‘é muito claro: eu até sou SIM à despenalização mas sou contra uma lei que vai mais longe que a despenalização, que é permitir uma livre escolha sem justificação nenhuma. Um estado de alma permite à mulher abortar. Porque lhe apeteceu, põe em causa uma vida humana’.E acrescenta que ‘os progressistas espanhóis, que legalizaram o casamento dos homossexuais, não fizeram isto, têm uma lei como a nossa actual e não quiseram mudá-la’.
Ainda bem que o professor Marcelo é tão claro. Eu, por exemplo, que nem sou professora nem formada em leis e tenho as minhas muitas e muito óbvias limitações, fiquei a perceber que o professor Marcelo acha que interromper uma gravidez até às 10 semanas deve continuar a ser crime porque a pergunta permite que a mulher escolha. Já interromper uma gravidez até aos 8 meses, desde que não fosse a mulher a escolher, não seria crime.
Ou seja: interromper até às 10 semanas por decisão (‘estado de alma, apetecimento’, como diz o professor) da mulher não pode ser porque põe em causa uma vida humana. Perseguição penal e pena de prisão com ela (e não venham com a conversa de que elas não vão presas. Não vão presas porque a pena foi nos últimos anos suspensa, mas a sentença ninguém lhes tira). Já aos 8 meses de gravidez, desde que interromper seja por decisão de outrem (o professor Marcelo não explicou de quem, mas isso agora não interessa nada), não põe em causa uma vida humana. Ou melhor, põe, mas não faz mal. Deve ter sido por uma boa causa, sem estados de alma, porque não foi uma mulher a escolher.
Claro que o professor Marcelo não se deu ao trabalho de explicar o que é que ele acha que são razões e motivos atendíveis, que não estejam já na lei em vigor, para se interromper uma gravidez, como ele diz, aos 8 meses (altura em que, como toda ou quase toda a gente sabe e presume-se que o professor Marcelo também deve saber, já se fala de bebé e não de feto e há quase generalizada viabilidade). E claro que também não interessa nada em que condições se faz uma interrupção de gravidez: nunca houve mulheres a morrer disso, como se sabe (invenções da malta fracturante) nem a ficar estéreis ou a passar uma temporada nos hospitais por complicações abortivas. Nada disso. Além de que, se morreram ou ficaram com problemas de saúde, é bem feita, não fossem abortar por ‘estados de alma’ ou porque, de repente, lhes ‘apeteceu’ dar cabo de uma vida humana.
O professor Marcelo tem de facto um NÃO extremamente (como diria o maradona) especial. Extremamente. Um NÃO em que a vida humana – a tal vida humana às 10 semanas -- só é um valor a preservar se estiver em causa a decisão da pessoa que é suposta tê-la dentro de si durante nove meses, amá-la e cuidá-la. É de facto um NÃO extremamente claro, e estou muito agradecida ao professor Marcelo por esta clarificação, que é tão tão claramente clara naquilo que recusa.
Simplificando, o professor Marcelo criou um slogan que é o inverso, o espelho do tão odiado ‘na minha barriga mando eu’: ‘na barriga da mulher só não pode mandar ela’.
O professor Marcelo não confia nas mulheres portuguesas. Vidas humanas nas mãos -- nas decisões -- delas, nem pensar. É por isso que o professor Marcelo vota NÃO. É um 'NÃO, não confio nas mulheres'.
Ainda bem que o professor Marcelo explica as coisas tão bem explicadas. É que há gente que vota NÃO que se calhar ainda não tinha percebido porquê -- agora ficou a saber.
Ah, é verdade -- mas isso agora também não interessa nada -- os tais ‘progressistas espanhóis’ querem mesmo mudar a lei e propuseram-no no programa eleitoral. Mudar a lei para algo parecido com o que o referendo propõe, e precisamente porque consideram que a decisão deve pertencer à mulher. Mas para quê informar-se alguém antes de perorar na TV perante uns milhões de portugueses quando pode inventar o que lhe vier à cabeça enquanto fala?”
Fernanda Câncio - Glória Fácil
Led
From the “Silverlake/Echo Park music scene”:
Earlimart – We Drink On The Job
Este pequeno tema é o único videoclip que encontrei da banda e é retirado do seu 2º álbum ( "Everyone Down Here", de 2002). Positivo, não? Humm...investigar...melhor...quero...rock....
De qualquer maneira é assim que se vai curando a ressaca de expectativa musical até que venha o novo registo dos Autolux, anunciado no my space oficial do grupo como tendo saída prevista para o mercado discográfico lá para os meados deste ano (Julho-Agosto). Será que escaparão ao síndroma destrutivo de 2º álbum? Esperemos que sim.
E hoje fico-me mesmo por aqui!
Led
quinta-feira, 25 de janeiro de 2007
Ideia
Led
quarta-feira, 24 de janeiro de 2007
Para quem gosta dos Explosions in the Sky e do Steve Albini
E é muitíssimo bom!
Just give it a try!
Led
terça-feira, 23 de janeiro de 2007
Paixão segundo São Mateus
Led
segunda-feira, 22 de janeiro de 2007
Espaço Mistério Juvenil: Creek (but not from Dawson's)
Precisamente! A melhor publicidade de sempre para as Levi’s 501!
O nome do clip? 'Creek' (Shrink To Fit. 501. The Original Jean.)
Made in? Europa, Reino Unido ( quebrou-se assim o mito da puritana família Amish numa qualquer paisagem campestre norte-americana).
A altura? Estava(mos) no início de 1994, remoendo o recente luto causado pelo fim abrupto de um época (?) conturbada e fecunda de rock.
A banda? Stiltskin.
O tema? "Inside", o único hit digno de relevo retirado do álbum "The Mind’s Eye" . Mas quantas vezes não tentei eu e muitos reproduzi-lo com a banda da adolescência...
No activo? Recentemente voltaram às luzes da ribalta. O vocalista Ray Wilson fez uma banda nova mantendo o nome inicial e gravaram um segundo disco de seu nome "She"...
O clip em si? Verdadeiramente genial.
Recomendo ainda..? Que vejam o videoclip completo da banda escocesa.
and If you think that I've been loosing my way
that's because I'm slightly blinded
yeah!
Led
domingo, 21 de janeiro de 2007
Os 10 mais
Miguel Sousa Tavares – Expresso(20-01-07)
Foto retirada de : Blasfémias
Led
Chris Cornell - Seasons
Are stolen as the old moon falls
My mirror shows another face
Another place to hide it all
Another place to hide it all
And I'm lost, behind
The words I'll never find
And I'm left behind
As seasons roll on by
Sleeping with a full moon blanket
Sand and feathers for my head
Dreams have never been the answer
And dreams have never made my bed
Dreams have never made my bed
And I'm lost, behind
The words I'll never find
And I'm left behind
As the seasons roll on by
When I wanna fly above the storm
But you can't grow feathers in the rain
And the naked floor is cold as hell
This naked floor reminds me
Oh the naked floor reminds me
That I'm lost, behind
Words I'll never find
And I'm left behind
As the seasons roll on by
If I should be short on words
And long on things to say
Could you crawl into my world
And take me worlds away
Should I be beside myself
And never even stay
And I'm lost behind
Words I'll never find
And I'm left behind
As the seasons roll on by
05 - Seasons (Cornell Solo).mp3
Led
sábado, 20 de janeiro de 2007
Babel
Decerto, um filme nunca resultará numa emulação nem sequer próxima do entrelaçado da realidade desde o comportamento das sociedades até à impenetrabilidade da natureza humana. Mas como uma forma de arte por excelência deverá ser esse o seu intuito mais subliminar, ainda que para sempre limitado aos contornos de representação sintética ficcional. Não acompanho por isso esse argumento fugitivo de que se assim não o é, um filme não é viável de ser desconstruído pela crítica se esta pautar por uma comparação com a vida real . Eu penso que esse deverá ser mesmo o legado inevitável que o realizador nos quis deixar com a película. Não tem nada de mal em não inovar, talvez...Depende das perspectivas e das nossas exigências particulares. O sabor dele é o que lá está e o que lá pomos, é o real que é dele e o espírito que é nosso. Mas o pendor reflectivo do filme – mais rigorosamente um romance-ensaio- propunha-se a mais do que repetir ou instrumentalizar velhos cânones e considerações politico-sociológicas. Esta perspectiva torna-se relevante nos protagonistas que “constrói” pois eles tornam-se, muitas vezes, pretextos para o verdadeiro objectivo da obra: a discussão da ideia do absurdo e do ruído que asfixia as nossas vidas. Deste modo, inovar era impreterivelmente o que se esperava do filme e por isso é para mim um desapontamento que na minha óptica o não tenha conseguido. E o filme até é extremamente interessante na sua génese, mas porque raio de consenso divino é não devemos exigir mais? Cada vez acho mais que os filmes de topo e que se propõem a algo mais do que entreter – a isso se chama inovar- devem por isso ser julgados a outros níveis, sendo o foco de análise a comparação com a complexidade do homem e no que o rodeia. Esperava-se com certeza mais pois o conteúdo inelutavelmente oferecia muito por onde pegar. Não se olha e valoriza “Babel” como se o fizéssemos para “Um Polícia no Jardim Escola” ou “ O Dia da Independência”, discute-se e dá-se-lhe outra importância porque ele pretendeu elevar o nível de discussão para os problemas de uma sociedade globalizada, onde a razão já não tem nada para combater e nos deixa pendurados no vazio, sem uma ideologia que nos unifique. “Babel”, pretendia ser um filme importante e inovador a diferentes níveis e os globos de ouro atribuídos – mais do que chamarem a atenção para o fetiche inconfessável de um novo filme do Brad Pitt- assim evidenciaram a singularidade da película. Tentava ser inovador no estilo, num formato mosaico e circular e de tempo fracturado distendido ainda para pontos longínquos do globo, a intersecção de planos remotos que, ao invés de os separar, mais os ligam entre si; Arriscava ser inovador no objecto de análise – a falta angustiante de comunicação e o caos niilista-; Arriscava ser inovador no elenco arrojado, sem protagonistas primários óbvios e direcção intuita – pena que tenha achado as personagens quase totalmente referenciáveis e tipológicas ( excepção seja feita à mini-história de apartamento japonesa, a única que na minha opinião merecia mais destaque e aprofundamento) ; Arriscava comover os diferentes grupos e camadas da sociedade para a dimensão trágica e unificadora da acção – provavelmente até conseguiu mesmo cativar ampla parte do grande público. Mas haverá sempre duas maneiras de olhar as obras de arte, como há duas maneiras de as não olhar. Ou se olham pondo-nos de fora dela ou pondo-nos dentro delas. Só no segundo caso as vemos bem, porque só então nos vemos mal ou simplesmente nos perdemos a nós de vista. Foi assim que eu tentei ver o filme (e sempre), deixando que ele me envolvesse e me absorvesse de comoção. O filme pretendia ser reflexivo como também auto-reflectivo, interrogando-se (-nos) na busca de respostas para o destino da sociedade do século 21, da sua finitude e do absurdo que dela emana, mas também procurava um pathos e um lugar da transcendência de nós num mundo angustiante onde os antivalores imperam . Mas falhou no requisito primordial de uma película, não me atingiu e mobilizou, senti-me sempre de fora e à espera de qualquer coisa incerta e original que demovesse a minha objectividade. O filme era ambicioso e até serve o momento com a sua indiscutível piscadela de olho que faz ao “social”, mas não fica para a história. A arte superior começava aí. Quando a obra realizada viver por si e for incomparável. Não é para estas que servem as condecorações?
Cabala
Receita
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
domingo, 14 de janeiro de 2007
Long Gone Before Daylight
Led
quarta-feira, 10 de janeiro de 2007
Ex-lamb not sheep
Contudo, e como é conhecido, Lou decidiu separar-se do seu parceiro de produção, Andrew Barlow, para perseguir uma distinta direcção musical – uma que se despia dos intricados ritmos drum ‘n’bass e big beats de cunho “Bristoliano” em favor de um suave folk, alusões campestres, ecos espaçosos, percussão manual, violinos Chineses e guitarras Tuvan.
Gravado numa pequena comunidade rural no sul da Inglaterra (onde a própria reside com os filhos), o álbum conduz-nos portanto pela jornada de auto-descoberta que Louise encetou após saída dos Lamb, trazendo-a de volta à terra mãe e à enraizada espiritualidade hippie tão evidente na candura e sinceridade inocente das sua letras . O resultado é uma audição absolutamente encantadora e serena – uma que personifica o estilo vocal fantasmagórico, delicado e hipnótico que podia ser encontrado nos melhores momentos dos Lamb, mas que se inspira aqui em frágeis trilhos sonoros e melancólicos que nos transportam para paisagens bucólicas envolventes e apaziguadoras. Uma audição calma e contagiante que se vai tornando cada vez melhor à medida que nos deixamos invadir pela sua magia orgânica e terrena, frémitos melancólicos e cadenciados batimentos cardíacos da doce Louise.
É obviamente bem mais simples do que a maior parte das composições dos Lamb (exceptuando o tema Til The Clouds Clear, do último disco), com Lou tocando guitarra acústica durante todo o álbum, apesar de raramente faltar um beat, mantendo ainda o nível de qualidade e envolvência que nem sempre foi constante durante a carreira dos Lamb.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
Faces of the Dead
domingo, 7 de janeiro de 2007
Lição de humildade
"Estamos envergonhados. Pedimos desculpa a todos pela eliminação e pela fraca exibição. Não jogámos como equipa. Queríamos ganhar esta competição e fomos eliminados. Os jogadores têm de ser sérios e fundamentalmente jogar como equipa. O Atlético foi humilde e sério... Quando sofremos o golo perdemos tudo: organização, capacidade ofensiva... tudo. A vitória é correcta para o Atlético e para a história fica um registo muito negativo do FC Porto".
Bahh..!!!
Da incredulidade generalizada entre sócios e simpatizantes se verifica que o Porto faz história/record a vários níveis, um deles é fazer manchetes de certos e determinados jornais...
Led