sexta-feira, 18 de abril de 2008

Do vendaval

Chove sempre. Vejo a chuva em fios direitos a cair dos beirais, ouço-lhe o rumor no chão. Um vento desencabrestado que enrodilha aos uivos por entre a neblina urbana. Chove sempre. Escuto a chuva escutando a transfiguração de mim. Plácida memória do fim. De um aceno longínquo, de um não sei quê, acontecido na eternidade. E tudo isto o diz a chuva ou o vento. Ou me fazem dizer que o dizem.
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Led

2 comentários:

Lunapapa disse...

A chuva diz-te que precisas de um chapeu;) R**

Ledbetter disse...

Para esta chuva não há chapéu que resista!;*