terça-feira, 15 de abril de 2008

Cepo

De vez em quando, a visita do encantamento da melancolia. Tão raro já. Triturado, mastigado, endurecido pelo estrondo exterior da engrenagem. A minha sensibilidade como um cepo. Um cansaço de tudo, queda abandonada, um apelo à desistência como um soterrado numa avalanche. A passividade. O nirvana - é o nirvana? Este escoamento total de nós que se salda activamente apenas pelo dormir...

Gostaria de escrever um post e não sei de quê.
Há em mim um desassossego como se para renascer
um grande gesto, uma ideia, o visível do que se não vê.
Mas não nasce, não se vê, nasce apenas o prazer
desta incerta melancolia que em si mesma consiste
e tem o gosto de ser triste
sem o ser.
i
Led

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