domingo, 18 de junho de 2006

As Palavras Poupadas


Levanta-se da mesa. Lá fora, num relógio qualquer, batem duas horas. Daí a momentos, daí a uma eternidade, levantar-se-á da mesa outra vez. E amanhã. E depois. E daí a muitos anos. Tudo morre à noite, dizia Claude. Mas não, a vida é longa, desliza e escorre sem uma quebra. Uma sucessão de acontecimentos, uma corrente sem fim de palavras ditas e de palavras poupadas. Dessas principalmente.

Maria Judite de Carvalho - As Palavras Poupadas

Led

1 comentário:

Ledbetter disse...

Mas não poupo um sorriso :)