Senta-te ao meu lado e dá-me a tua mão. Entardece devagar, um cinzento ténue estende-se pelo céu. Não digas nada. Olha apenas. E ouve a toada que diz todo o impossível dizer. Vem nela o aceno vão do que será um dia a memória da eternidade deste instante. É uma balada longínqua, insinuada ao silêncio que nos cobre, como uma saudação de fim de tarde. Estou tão cansado. Senta-te agora ao meu lado e dá-me a tua mão. É frágil como a ternura. E violenta como a ameaça de um choro. Senta-te e olha e sê o absoluto da tua graça irreal no absoluto da minha imaginação.
Led
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