Ainda que só em escassas suspensões nos demos conta...a vida é tão extraordinariamente bela que a inexorabilidade da morte nos é intransponível à imaginação. E então estacamos aí. Há todavia que reconhecer a inclemência da natureza. E resignarmo-nos. E aceitar. Como eu não. E ainda assim…levar comigo para sempre este sol como um cântico que acende lá fora o céu fulgente de azul que rememora em mim um arejamento de mar, levar a neve da minha memória provinciana e infantil, ouvir para todo o sempre o rumorejo glacial de um ribeiro incerto da mocidade. E observo em mim a eternidade que não tenho, na intensidade vertiginosa deste instante fugidio. Céu cerúleo e espairecido de Janeiro que escolta em si um rumor marinho. Como me apetecia cravar em ti a volição mareante de não mais retornar...
Led
12 comentários:
"cerúleo"...
chiça, matos. andas a ler folhetos de marcadores fluorescentes?
qq dia estás a escrever coisas tipo "ah!, o balanço da onda de 475nm que ilumina o mar do ano passado."...
Desculpa se não tem "piça" nem "caralho" nem "foda-se"...
Mas eu desculpo-te o reparo. Suponho que já não vês céus limpos há muito...
éh, mal disposta.
um gaijo faz uma referência científica ao comprimento de onda da cor cerúlea e é este o tratamento que recebe?
vais ver quantas vezes mais utilizarei o dicionário para entender os teus postes.
ahahah!
Estou aliás muito bem disposto!
Devias ver-me a sorrir de prazer a escrever "foda-se"...
Não tens nenhum crayon cerúleo?
nops. zero crayons. mas tenho um daqueles porta minas onde as minas estão numa cena de plástico e quando se acabam tiras a da ponta e metes no cu da lapiseira. tás a ver quais são?
nem uso cá dessas proteínas que brilham no escuro. foi aí que aprendeste a palavra?
Népia. Acho que foi numas tintas acrílicas que vi num pintor aqui da faculdade..
agora fazem-se caricaturas a cor?
gostei da cena
aaaah, o homem do lixo ainda existe enquanto entidade internética!
Impressionante, o mítico...
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