Hoje dei de caras com o Vasco Graça Moura. Sozinhos, à porta da faculdade. Abri os olhos esgazeados de espanto e estampei um excessivo e tosco aceno de sobrancelha para a figura em questão. Respirei fundo. Suprimi a última imagem que tinha de uma crónica dele após as eleições legislativas, onde destilava todo um ódio e falta de civismo contra o vencedor e eleitores (e contra o mundo em geral). Coloquei de parte todo o desvario emocional e degradação revelados pelos últimos escritos opiniosos deste estafado supervivente do Cavaquismo. Mas não resisti ao impulso de pompa e expliquei-lhe que tinha recentemente lido o seu romance “Por detrás da Magnólia” e que tinha gostado muito. Ele arrastou um esboço de sorriso fastidioso. E perguntou-me onde era a casa de banho. E eu indiquei. E depois ali fiquei à porta. Bronco e idiota.
Led
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3 comentários:
devias ter-lhe indicado a casa-de-banho do piso do bar...
num há respeito!!
Uma vergonha.
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