Parecer fanático ( mais do que sê-lo ou em imitação de sê-lo) é extremamente cómodo. Dá direito à pesporrência grosseira, à galhofa, ao fazer querer que se dorme do lado certo da História, à justificação de imbecilidade, a amigalhaços porreiríssimos e modas tropicais estereotipadas, à automática posição de juiz inquisidor e automática situação de réus dos outros, com o direito a julgar – aquele; o dever de amocharem, justificarem-se – estes. Não interessa a opinião, interessa ter uma posição destacada, de peito aberto com inimigos incluídos. Classes exploradas e acção revolucionária até que baste. O pior é a impossibilidade de discutir. Só à porrada. Ou à galhofa, que é a maneira mais aflita de se parecer em sarcasmo e coisas intelectuais. Mas há quem se impressione apenas com força e atitude. Para agrado do acefalismo. O comunismo é uma paixão solitária infantil, como o rancor.
Led
2 comentários:
Apetece-me dizer que acho que foste conviver à rua da matemética e não saiste de lá satisfeito!
Abraço
Parte da inspiração talvez me tenha vindo mesmo dessa rua caricata...
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