Na última década:
Sete campeonatos nacionais, cinco Taças de Portugal, seis Supertaças Cândido de Oliveira, uma Taça UEFA, uma Liga dos Campeões e uma Taça Intercontinental. Números redondos: 20 títulos desde 1996, recorde entre as nações com melhor coeficiente no ranking europeu.
Um clube regional? Imagino se não o fosse...
Entretanto o Sr. Gaúcho Scolari continua a fazer das suas, com a publicação irresponsável dos convocados para o mundial ( no jornal Record) sem o conhecimento do seleccionador Agostinho Oliveira e o facto de continuar a apostar em jogadores sem ritmo e/ou que há já muito tempo não produzem exibições que justifiquem a Selecção: Quim, Costinha (????), Maniche, Nuno Valente, Hélder Postiga (??) e, tudo indica, Hugo Viana. Trata-se da sua lista, do seu grupo, dos seus rapazes de confiança, do seu célebre balneário - o tal que tem misteriosas regras que não consentem a inclusão de gente com personalidade e ideias próprias, como Vítor Baía. Enfim, é a Selecção de Scolari e, se ela se abrisse a importunos como Ricardo Quaresma, ou se se guiasse por estritos critérios de desempenho e de justiça consensuais, deixava de ser a Selecção de Scolari e passaria a ser a Selecção de Todos Nós, como gostam de dizer. Um perigo. Ainda assim, confesso que apesar dos três anos de gabarolice, populismo, arrogância e má-educação a que o mister já nos habituou, não acreditava que o egolatrismo de Scolari fosse capaz de ir tão longe ao deixar de fora do mundial simplesmente o melhor jogador da superliga (Ricardo Quaresma) .... Depois disto, já nada me surpreende completamente... Mas obviamente que mais uma vez a convocação tinha que ser envolta em polémica e controvérsia ou não estivéssemos a lidar com a pessoa que sabemos. Imagino que no seu raciocínio bicudo mas cujo objectivo é o mesmo de sempre – a procura de protagonismo - se porventura tivesse seleccionado Quaresma acharia que o mérito da escolha não poderia ser inteiramente atribuído a ele mas sim ao FCPorto e ao unanimismo consensual nacional em torno das capacidades do jogador. Imagino que esse seria um duro golpe para a imagem que tem vindo a construir. De facto, Scolari só tinha mesmo uma escolha, ou ele ou a selecção.
Pois então peço desculpa, mas não me consegui conter. Gosto suficientemente de futebol para não disfarçar a fascinação que é ver as proezas e a magia de um génio em campo e para achar essencial que se questione os critérios de escolha do seleccionador para o mundial que também é DE Todos Nós. Pensava que clubismos aparte, o bom senso deveria imperar. Acreditava que debater fazia parte do entendimento de democracia e patriotismo, mas estava profundamente enganado. Era apenas presunção a minha.
Mas que estupidez pensar que a forma física dos jogadores é capaz de mudar no espaço de 1 semana e que é preciso estar atento e aberto a todas e quaisquer mudanças; que ingenuidade achar que de entre as variadas responsabilidades do seleccionador está incluída a de acompanhar os jogos dos variados campeonatos onde transitam jogadores portugueses, quando se pode ver tudo pela televisão, rádio ou ainda por intermediários de conveniência; mas que chatice achar que a selecção deveria ser tudo menos o trampolim individualista para o mercado de valores de certos jogadores que saem e entram quando lhes apetece mas que ainda assim respeito dentro das 4 linhas; que asnice quando se pode seleccionar simplesmente através do número de internacionalizações dos jogadores (Baía?); que estupidez a minha quando o próprio seleccionador já tinha anunciado que dos 23 que irão ao Mundial, 20 já estavam escolhidos desde...Outubro de 2005...; mas que burrice anti-patriota a minha quando achei que o seleccionador não tinha aceitado a proposta britânica por causa de uma razão patrícia áurea mas simplesmente porque a oferta financeira não lhe enchia as medidas ou talvez porque a comunicação social anglo-saxónica não seja tão subserviente e cândida como a lusitana tendo escrito de imediato coisas pouco simpáticas acerca do nosso seleccionador... porquê fazer tais questões tão secundárias e maçadoras quando é muito mais fácil deleitar-me sobre o patriotismo carneirista do costume e achar engraçado e distintivo a impunidade com o mister vai agindo pelos meandros dos media e da FPF... E eu a achar que nós, os espectadores, nos esforçamos por fingir que não vemos que o capital não tem pátria e que o futebol cada vez mais o acompanha na mesma corrente....mas que implicância a minha! Deve ser porque sou do Porto!
Led
2 comentários:
olha, nem mais... tiraste-me as palavras dos dedos...
Fico satisfeito então por isso!
Cumprimentos
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