sábado, 31 de dezembro de 2005

Float On - Modest Mouse


Uma canção (“Float On”) retirada do meu album da semana – Good News For People Who Love Bad News (2004) dos Modest Mouse.

Enjoy!




PS: Bom Ano Para Todos com os desejos clichés do costume!

Led

quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

Muse at Spring 2006


"In an MTV interview, Matthew Bellamy said that he wants the next Muse album to be more "upbeat". While Absolution and Origin of Symmetry were characterized by lyrics with a dramatic melancholy and apocalyptic feel, on the next album Bellamy is looking to "draw on things like optimism and hope". The intention is to expose this side of the band's music, and the strength which carried the bandmembers through the difficult times following the death of Dominic Howard's father. Matt said to MTV, "[Depression] is the beginner's emotion. I find it more of a challenge to explore different sides of your personality apart from just the downside." He is also trying to channel his emotion into writing new songs with a positive vibe, looking to "draw on things like optimism and hope." However, this may or may not happen as Matt explains. "It's much easier to write dark songs than uplifting ones, or it is for me. I've always had periods of my life where I've felt optimistic, but I haven't been able to express that in music without sounding cheesy.

A DVD biography called Manic Depression was released in April 2005, but the band wasn't involved with the project and did not endorse the release. Another DVD was released on December 12, 2005 'Absolution Tour', containing re-edited and re-mastered highlights from the Glastonbury Festival 2004, and previously unseen footage from London Earls Court, Wembley Arena and the Wiltern Theater in Los Angeles.

As of January 2006, the band are recording with Rich Costey at a studio in New York. According to managers of "Studio Miraval" - South of France, the band recorded there from August to October. They left 20 October and continued their sessions in New York.

Muse, by various accounts, have about 25 songs for potential inclusion - a probable number as the band are writing new tunes in the studio during recording sessions. Some of these will probably be scrapped, while between eleven and thirteen songs will appear on the album, and forthcoming singles will feature more original B-sides than the Absolution singles. Crazybobbles have created a summary of all the possibilities and uncertainties surrounding the forthcoming Muse Album album.

Muse revealed 2006 in a Christmas message to fans: "The album and tour are expected in spring 2006." The follow-up to 'Absolution' will be followed by a tour, the group also revealed. "Thanks for the amazing support over the last year," they said on their official website. "We are really looking forward to the next one, with a new album and touring expected in spring. Have a great time wherever you are." The band have informed their record company that they would like to release the new album in May 2006; it appeared as a pre-order item on HMV's online store due for release next May."

This is what the vision of the album could be based on the evidence:
NAME: Cryptology
PRODUCER: Rich Costey
CURRENT TRACKS: DES, A Crying Shame, Pee Candle (no arguments please), New Song IV, Dracula Mountain (the Lightning Bolt cover), Debase Mason's Song

Sources: NME, Q magazine, Muse Rock, Micro Cuts

Led (can’t wait)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

Adeus,não afastes os teus olhos dos meus


Quando dormes
E te esqueces
O que vês
Tu quem és?
Quando eu voltar
O que vais dizer?
Vou sentar no meu lugar

Adeus
Não afastes os teus olhos dos meus
Isolar para sempre este tempo
É tudo o que tenho para dar

Quando acordas
Por quem chamas tu?
Vou esperar
Eu vou ficar
Nos teus braços
Eu vou conseguir fixar
O teu ar
A tua surpresa

Adeus
Não afastes os teus olhos dos meus
Eu vou agarrar este tempo
E nunca mais largar

Adeus
Não afastes os teus braços dos meus
Vou ficar para sempre neste tempo
Eu vou, vou conseguir pará-lo
Vou conseguir pará-lo

Vou conseguir...

Adeus
Não afastes os teus olhos dos meus
Vou ficar para sempre neste tempo
Eu vou conseguir pará-lo
Eu vou conseguir guardá-lo
Eu vou conseguir ficar



David Fonseca
Led

domingo, 25 de dezembro de 2005

Tortura com Rap


“Um grupo americano defensor dos Direitos Humanos alega que os Estados Unidos torturaram prisioneiros numa prisão secreta no Afeganistão através de canções de Eminem, como o instrumento primário de tortura.

O Observatório dos Direitos Humanos em Nova Iorque alega também que os Estados Unidos mantinham nessa prisão secreta nos arredores de Kabul, uma série de prisioneiros acorrentados em quartos escuros onde eram forçados a ouvir Eminem e Dr. Dre horas a fio.

O grupo reclama que não é permitido nenhum contacto exterior com os prisioneiros do campo, leia-se "Campo Escuro", a não ser o recebimento de facturas, através da técnica de tortura assinada por Marshall Mathers, que nada mais era que a entrega das contas deixadas pelos advogados dos prisioneiros residentes e que deveriam ser pagas.

Bem a propósito nesta época natalícia. Que Deus salve este mundo, caso a CIA descubra raridades como Emanuel, Saul, Marco Paulo, DZR'T, Roberto Leal, Kátia Guerreiro com o Hino do Cavaco, Shakira e Alejandro Sanz, entre outros.”
Tirado de Kraak FM <'+++<
Led

sábado, 24 de dezembro de 2005

Queda

Uma súbita cólera, uma amargura. Estonteado, incerto , esvaído, eu. Que é que isto quer dizer? Uma profunda humilhação como um vómito leproso sobre mim. No oco do meu ser, sinto-a, uma queda abandonada no vazio. Tudo o que se me comprimira em angústia na garganta, subitamente consumido até às raízes da vida, súbita desopressão em refluxo até à aniquilação total. Flácido, entornado sobre mim. Como um saco em pontapés – quem sou? Quem és? Perdida a identificação à minha face. Então ouso olhar-te – uma crueldade calma do lado de lá; tão alta que do lado de cá, de pólo a pólo, na vastidão do que para mim conquistei, incerto no abandono universal, como criança perdida na praia, o meu choro de piedade, para depois do orgulho e da amargura e da humilhação. Solene. Linda pura branca. Os cabelos louros apanhados ao alto, a nuca suave. Um dedo na tua face. Um beijo aéreo no teu rosto. Olho-te e todo o meu corpo treme de arrebatamento desfeito. Choro terno, estremece-me no meu olhar gélido de paralisia. Sonho devoto de afeição reduzido a partícula corpúsculo ridículo ficção e toda a minha unidade arrasada em estilhas. “Esvair-me em fumaça. Enfiar-me no carro e guiar até ao limite do firmamento, até ao limite do meu enxovalho!”. Devagar levanto-me e saio. Ela despede-se com um sorriso. Calmo frio amável afiado dissimulado infantil egoísta. Puta de merda. E todavia não sei ainda odiar-te. Como gostava...Nem talvez o teu companheiro invejar. Talvez um qualquer tipo de amor ainda, virado do avesso. E uma estranha admiração pelo tipo que avançou por ti dentro, entre as tua pernas abandonadas...Quando regresso a casa, vento e chuva nas vidraças. Ouço a pergunta na música do disco – “what have u been doing all this time?”
Regressa à tua origem.
Está uma linda noite de inverno constelado.
Led

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

…and the winners are…

Os meus 10 discos de 2005:

Não foram obrigatoriamente os discos que mais ouvi este ano mas foram provavelmente os 10 melhores para mim saídos em 2005 (data de edição europeia). A lista é de apenas dez títulos, mas a ela podemos acrescentar discos como “Iron & Wine Live Bonnaroo”dos Iron & Wine , “X&Y” dos Coldplay, “In Your Honor” dos Foo Fighters, “Waiting for The Sirens Call” dos New Order ,“Guero” de Beck ou “Their Law: The Singles 1990-2005” dos The Prodigy. Tenho a certeza que daqui a minutos vou-me lembrar de muitos outros nomes que poderiam fazer parte desta lista rígida e exígua. De qualquer modo aqui fica o inventário:


1. Autolux – “Future Perfect
2. Doves – “Some Cities
3. Mogwai – “Government Commissions: BBC Sessions 1996-2003
4. Team Sleep – “Team Sleep
5. Jaga Jazzist – “What We Must
6. Deftones – “B-sides & Rarities
7. NIN – “With Teeth
8. The Mars Volta – “Frances The Mute
9. The Arcade Fire – “Funeral
10. Stereophonics – “Language. Sex. Violence. Other?


Nacionais:

1. David Fonseca – “Our Hearts Will Beat As One”
2. Mesa – “Vitamina”
3. Blind Zero – “The Night Before and a New Day”



Bom Natal!


Led

domingo, 18 de dezembro de 2005

Recusar a Imortalidade


Recusada a imortalidade, insatisfeito com a ciência, que resta ao homem?
Responde Camus: “Sim, o homem é o seu próprio fim. E é o seu único fim; se quer ser qualquer coisa, tem de ser nesta vida”
O homem está sozinho. Só se tem a si próprio. Está condenado a ser livre, a inventar-se a si próprio, nesta vida.
"Se recusar a imortalidade, que lhe restará? A vida no que esta possui de mais elementar. Suprimido o sentido da vida, temos ainda a vida. “Eu vivo” – diz Ivan..., “ a despeito da lógica”. E mais. “ Se eu já não tivesse fé na vida, se duvidasse de uma mulher amada, da ordem universal, se me encontrasse, pelo contrário, persuadido de que tudo não passa de um caos infernal e maldito, ainda assim eu quereria viver.” Ivan viverá portanto e amará “sem saber porquê?.” Mas viver é igualmente agir. Em nome de quê? Se a imortalidade não existe, também não existem nem a recompensa, nem o castigo, nem o bem, nem o mal. “Creio que não há virtude sem imortalidade.” E também: “Sei apenas que o sofrimento existe, que não há culpados, que tudo se encadeia, que tudo passa e se equilibra.” Mas, se a virtude não existe, também a lei não existe: “Tudo é permitido.”

Albert Camus : “O Homem Revoltado” (1951)
Led

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

The Descent - brilliant!




“I am not going to beat around the bush here. As far as I am concerned this is one of the best horror movies of the last ten years. A bold statement I know, but this movie blew me away… a powerhouse flick, which is strong in so many respects.

The plot is this. A group of young women go on a caving expedition. The story is predominantly centred around Shauna MacDonald’s character, 'Sarah'. Who has recently lost her husband and daughter in a terrible car accident. The trip was planned to reunite the friends with a view to help Sarah bring some enjoyment back into her life after all that she had been through.

Suffice to say, the expedition goes horribly wrong.

All the girls except for Juno (Natalie Mendoza) think they are in a known cave that has been explored before, but it turns out that Juno has taken them to a new cave, one that is very unexplored, or at least not recorded in any books. Juno wants them to mark this as their exploration, their accomplishment.

Inevitably it is Juno’s selfish and irresponsible behaviour that envelopes the group in a prodigious tomb of absolute terror, with no escape after a passage they scrape through caves in, almost trapping and killing two members of the group (incidently Sarah and her best friend Beth, played by Alex Reid). Subsequently vital climbing gear is lost in the terrifying fracas which can never be a good thing. This scene in particular is breathtakingly claustrophobic and memorable.

Up to this point director, Neil Marshall (Dog Soldiers) methodically builds an absolute atmosphere of foreboding, suspense and anxiety, but the movie eventually steps up a gear; the pace becomes startling. It is not one of those films that you sit ‘twiddling your thumbs’ throughout. It grips you.

Initially there is the real first hand danger of the climbing and caving itself. Most notably when a complex and dangerous manoeuvre across a huge drop has to be undertaken. As mentioned above, vital climbing gear had been lost in the cave-in, making matters much worse. This is when a real sense of vulnerability starts creeping in.
And unfortunately there is more to this cave than the girls realise, and if they thought things couldn't possibly get worse, they do... get, much, much worse...
Couple the excellent cast with exquisite camera work, a wonderful musical score, awesome underground cave sets, marvellous make-up effects and plenty of gore, and you have something very special indeed. The tragedy itself that shrouds the movie throughout is a blessing with all the Hollywood bullshit we have to endure in the present climate.

In closing, you should see this movie…”

TRAILER - Click Here

OFFICIAL SITE - Click Here

OVERALL

If there's ever a horror movie that you had to absolutely see, let this be it! This is one of the best horror flicks I've seen in a long time. Hot chicks + scares + blood and guts + a large group of strange sharp-toothed-cave-dwelling-predators = brilliance. The only thing that will ruin this movie for you is word of mouth, which ironically is exactly what this film will need to become commercially viable. But the less you know, the more you will enjoy it. The Descent will rank as one of the most unashamedly terrifying British films ever made. It was made by people that love good cinema, and it shows. Try to see it before 'The Cave' appears and you'll be afraid of the dark before you know it. .
Led

sábado, 10 de dezembro de 2005

More to come


"Silverchair have confirmed rumours that they are currently making music together in regional New South Wales. The band has also announced that they plan to record a new album and do at least a few gigs during 2006. The trio has sold more than six million albums during the last ten years. Their most recent CD - 2002’s “Diorama” - was their most acclaimed and their highest seller in Australia to date. Following their sold out “Across The Night Tour” in 2003, Silverchair took an extended break and worked on other projects. The group is currently working up lots of new material which has been written over the last two years. They plan to take a short break over Christmas and then do more rehearsals through early 2006. Following this they will ‘road test’ some of the new music by doing a few Australian shows. The first of these to be announced is a special appearance in Adelaide on Friday March 24 after the Clipsal 500 event. More information about another show or two will be released over coming months. Providing all goes well with these very select dates the band will then start recording their new album around next May. It will probably be released in late 2006 or early 2007 and more extensive touring is penciled thereafter."
Led

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

Nostálgico : Crime Story (1986)+ Runaway


“As I walk along I wonder what went wrong
With our love, a love that was so strong
And as I still walk on, I think of the things we've done
Together, while our hearts were young

I'm a walkin' in the rain
Tears are fallin' and I feel the pain
Wishin' you were here by me to end this misery
And I wonder. I wa-wa-wa-wa-wonder why
Ah-why-why-why-why-why she ran away
And I wonder where she will stay
My little runaway, run-run-run-run-runaway

I'm a walkin' in the rain
Tears are fallin' and I feel the pain
Wishin' you were here by me to end this misery
And I wonder. I wa-wa-wa-wa-wonder why
Ah-why-why-why-why-why she ran away
And I wonder where she will stay
My little runaway, run-run-run-run-runaway

I'm a walkin' in the rain
Tears are fallin' and I feel the pain
Wishin' you were here by me to end this misery
And I wonder. I wa-wa-wa-wa-wonder why
Ah-why-why-why-why-why she ran away
And I wonder where she will stay
My little runaway, a-run-run-run-run-runaway
A-run-run-run-run-runaway”


"Runaway" by Del Shannon


Chicago, 1963. As head of the police department's Major Crime Unit, Lieutenant Michael Torello must deal with the city's most dangerous criminals. And possibly the most dangerous of all is Ray Luca, a young ambitious street hood who's out to gain wealth and power by whatever means - including theft, threats, extortion and murder. As Luca begins his ruthless climb up the ladder of organized crime, leaving a growing number of victims in his wake, Torello becomes more and more determined to bring him down….
Aleluia!

Finalmente descobri a canção que tanto procurava há já tanto tempo...Nostálgico será o termo certo para descrever os sentimentos que esta canção traz de volta...

Desde que era criança e assistia religiosamente ao episódios de “Crime Story(“Crónicas do Crime”) todos os dias da semana pelas 21H na RTP2 , que fiquei para sempre ligado à canção de abertura desta série policial. Durante o resto da minha vida muitas vezes cantarolava esta canção desconhecendo completamente de onde provinha (como acontece com muitas outras canções que, por qualquer razão, nos ficam para sempre tatuadas na memória). Hoje lembrei-me e decidi pesquisar na net desconhecendo o nome da série, da canção…de tudo! Nem sequer a letra eu sabia pois confundia o peculiar refrão “why,why,why…”com “uáuáuá…”…enfim! Foi complicado e moroso mas, com um golpe de pura sorte (talvez do destino), consegui finalmente chegar lá!
A canção temática chama-se “Runaway” e é de Del Shannon (1934-1990), um “rock n’ roller” americano (que entrou na "Rock and Roll Hall of Fame" principalmente à custa desta canção e de outros hits) que foi o primeiro músico a usar uma versão simplificada do actual sintetizador. A canção de abertura da série é diferente da versão original (produzida por Al Kooper, o director musical da série) e pode ser encontrada em qualquer motor de busca de música mais especializado. A versão original da canção data de 1961 (tinha eu -20 anos:)).

“Crónicas do Crime” foi uma série produzida por Michael Mann que durou 2 épocas, começando em 1986 e acabando em 1988 (tinha eu 7 anos). Foi uma série que se passava nas cidades de Chicago e Las Vegas dos anos 60 e que lidava com os conflitos entre a mafia e a polícia. Anthony Denison representava o maléfico vilão Ray Luca, um gangster sem escrúpulos que ia ganhando poder e influência no Sindicato do Crime de Chicago (“Chicago Outfit”). Dennis Farina fazia do polícia Lt. Michael Torello, que era obcecado pelo seu ódio a Luca e determinado a travá-lo a todo o custo. Engraçado saber que Dennis Farina, antes de se ter tornado actor, era membro do departamento policial de Chicago. A série deixou muita gente frustrada pois acabou de uma maneira abrupta, sem uma conclusão objectiva. As séries foram lançadas em formato DVD mas têm de ser encomendadas pois não estão disponíveis no nosso país.
E esta, hein?
Muito bom, muito bom mesmo...
A pedido de várias famílias , aqui está a versão da série (não a original) da canção "Runaway" de Del Shannon:

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Led (comovido)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

dEUS - Casa da Música, Porto (06/12/05)

São 22h00 e a primeira grande ovação da noite das cerca de 1200 pessoas presentes na sala 1 da Casa da Música vai toda para os dEUS..
...«Pocket Revolution», a faixa que dá nome ao novo disco, abriu de forma serena a actuação com 1:45min de duração. Ao terceiro tema, Tom Barman pede às pessoas para se levantarem e arranca com «Instant Street», provocando uma migração massiva de fans para junto do palco . De notar o comentário sarcástico do vocalista às condições da sala - dizendo preferir um “dirty rock club” a um espaço com características de cinema como as do presente recinto -. Acabou contudo por adoçar a crítica feita (perante os olhares atónitos dos responsáveis) elogiando a beleza da sala lamentando-se apenas pelo empecilho da presença de cadeiras na plateia. Escusado será dizer que perante tamanha autoridade de Barman a partir daqui ninguém mais ousou sentar-se durante o espectáculo.

Daqui para a frente, os belgas, com um novo line up (Stéphane Misseghers - ex-Soulwax - na bateria; Alan Gevaert no baixo; e Mauro Pawlowski na guitarra e vozes de apoio), apresentaram temas de todos os seus álbuns, num misto de best of intercalado com novos temas de «Pocket Revolution».

Canções como «The Real Sugar» (belíssima), «What We Talk About», «If You Don`t Get What You Want» ou «Bad Timing», foram algumas das eleitas para representar o álbum que saiu seis anos depois de «Ideal Crash». Num concerto marcado por mais momentos altos que baixos é difícil optar por um ou dois mais marcantes, mas quando as luzes ficaram tão densas que a banda se transformou em vultos, e se ouviram os primeiros acordes de «Serpentine», um dos temas mais bonitos de sempre dos dEUS, a Casa da Música entregou-se mais uma vez e acompanhou timidamente o refrão, num respeito total em relação à fragilidade da canção.

«Via», «Theme for the Turnpike», «Fell Off the Floor, Man», «Roses», «Worst Case Scenario» e «Little Arithmetics» foram as mais aplaudidas e recebidas com maior entusiasmo por um público absolutamente rendido. Comunicando de uma forma hábil e despachada com o público , Barman teve sempre a plateia na mão, quer nas delicadas 'Roses' , 'The Real Sugar' e 'Serpentine', quer nos temas em que a velocidade leva a melhor sobre o pormenor e a Casa da Música se entregou a um festim de rock poderoso e frenético.

Histericamente exigido, o encore acabou com um apoteótico e eufórico 'Suds & Sodas' com muita gente a fotografar mentalmente (só podia ser assim) o momento. Considerando a entrega da banda e do público, não admira que, independentemente do álbum em promoção, um concerto de dEUS seja sempre o concerto da vida de alguém. E em Portugal, esta verdade parece ter validade eterna.

Na primeira parte estiveram os Absynthe Minded, um colectivo belga formado em 1999 por Bert Osty, já com dois álbuns na calha, estando a apresentar o mais recente «New Day». Protagonistas de um pop/rock/folk com um travo jazzy e groovy, onde contrabaixo, violino, guitarra, teclas e bateria se misturam, os Absynthe Minded podem classificar-se como um misto de Arcade Fire, Spain e Belle and Sebastian. Confuso? Nem por isso, apenas o começo agradável de mais um excelente concerto dos dEUS em Portugal.

Adaptado de Disco Digital

SETLIST:
  1. Pocket Revolution - Pocket Revolution (2005)
  2. Magdalena - The Ideal Crash (1999)
  3. Instant Street - The Ideal Crash (1999)
  4. Fell of the Floor, Man - In A Bar Under The Sea (1996)
  5. Via - Worst Case Scenario (1994)
  6. Stop-Start Nature - Pocket Revolution (2005)
  7. The Real Sugar - Pocket Revolution (2005)
  8. W.C.S (First Draft) - Worst Case Scenario (1994)
  9. If You Don’t Get What You Want - Pocket Revolution (2005)
  10. Theme From Turnpike - In A Bar Under The Sea (1996)
  11. Put The Freaks Upfront - The Ideal Crash (1999)
  12. Nothing Really Ends - Pocket Revolution (2005)
  13. Roses - In A Bar Under The Sea (1996)
  14. Assault on Magnus - Magnus -"The Body Gave You Everything"(2004)
  15. Serpentine - In A Bar Under The Sea (1996)
  16. Bad Timing - Pocket Revolution (2005)

Encore:

17. Little Arithmetics - In A Bar Under The Sea (1996)

18. What We Talk About (when we talk about love) - Pocket Revolution (2005)

19. Suds & Soda - Worst Case Scenario (1994)

Led

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Tomorrow Night


Led

5=0


"A campanha para as presidenciais é em grande medida inútil e corre o risco de se tornar, em vez de uma campanha de esclarecimento, numa "campanha de obscurecimento".
Os principais concorrentes são velhos conhecidos do povo português, frequentaram um grande número de eleições, exerceram cargos públicos durante muitos anos, deram milhares de entrevistas. É caso para perguntar o que temos para descobrir nesta campanha que não saibamos já "de ciência certa" com base na mãe de toda a sabedoria, a experiência. Nada.

Sendo a eleição para um cargo unipessoal é marcada fundamentalmente pela "personalidade e qualidades" dos candidatos; os próprios manifestos são a vários títulos irrelevantes (por causa dos limites constitucionais da acção presidencial mas também porque, como temos visto, as garantias dadas nas campanhas são fácilmente desrespeitadas com o pretexto da mudança das circunstâncias). A personalidade dos candidatos está o povo farto de conhecer.

Assim sendo devemos concluir que a campanha só pode ser usada para mistificar, para impor uma nova imagem dos candidatos que obscureça aquela que a experiência vivida construiu na mente dos eleitores.

- O Cavaco quer deixar de ser apenas o competente, mas hirto, professor de finanças para ser o avô preocupado com os desfavorecidos e com o futuro da nação.

- O Soares quer deixar de ser o padrinho da esquerda, de charuto bem almoçado, para se converter no paladino da luta contra o capitalismo (desde que seja selvagem).

- O Alegre já não será o poeta que passa a vida a planear as pescarias e caçadas para se tornar o "sem abrigo" dos partidos com que sempre pactuou.

- O Jerónimo e o Louçã, honra lhes seja feita, não mudaram o discurso. Apoiam todas as reivindicações e direitos adquiridos sem cuidarem de explicar quem vai pagar a conta (o Jerónimo chegou ao ponto, esta ouvi eu, de dizer que os juizes não são uma elite). "

Fernando Penim Redondo – “Quadratura do Círculo”
Led

The Exorcism of Emily Rose


Um filme a não perder para os apreciadores do género.
Mas…espera aí! Lembrei-me agora que este filme não tem um género característico! “Courtroom horror film”?
Para os precavidos cinematográficos vão : aqui!
Para saberem mais sobre os factos reais nos quais o filme se baseia podem ir : aqui ou aqui!
“There is no neutral ground in the universe: every square inch, every split second is claimed by God and counterclaimed by Satan.” - C.S.Lewis

Led

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Addicted


This could be the very minute
I'm aware I'm alive
All these places feel like home

With a name I'd never chosen
I can make my first steps
As a child of 25

This is the straw, final straw
In the roof of my mouth as I lie to you
Just because I'm sorry doesn't mean
I didn't enjoy it at the time

You're the only thing that I love
It scares me more every day
On my knees I think clearer

Goodness knows I saw it coming
Or at least I'll claim I did
But in truth I'm lost for words

What have I done it's too late for that
What have I become, truth is nothing yet
A simple mistake starts the hardest climb
I promise I'll do anything you ask...this time

"Chocolate" - Snow Patrol

Led

quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

D.Sebastião



Não é fácil de entender Manuel Alegre, como pode o candidato a Presidente da República explicar as suas ausências nas 2 votações do Orçamento de Estado? Independência em relação ao PS não faz sentido! Não faz Manuel Alegre parte do dito “sistema” partidário há já mais de 30 anos? Alegre candidatou-se nas listas do partido e tanto quanto se sabe não o foi na condição de independente, e, além disso, tem a obrigação de representar os cidadãos que o elegeram.

«Entrevistado na RTP por Judite de Sousa e confrontado com o facto de a “votação do OE” ser um momento crucial na função de deputado, Alegre garantiu ter enviado uma carta à Assembleia da República, dirigida a Alberto Martins, líder parlamentar do PS, disponibilizando-se a votar o OE, se “for necessário”. Isto porque, entende, “cabe a um candidato a Presidente da República contribuir para a estabilidade do País”. Desta maneira, Alegre considera justificada a falta: “As pessoas que façam o seu juízo político”.»

Se for necessário? Que quer ele dizer com isto?? Não tem ele responsabilidades enquanto deputado do hemiciclo? Qual é a sua verdadeira posição quanto ao orçamento de estado e mais genericamente, quanto à actuação global do governo? É contra? Abstém-se? É a favor? Que pensa ele realmente? A minha opinião é que nem ele sabe realmente…

A ausência de Alegre na votação do Orçamento de Estado é uma decisão que em nada abona a credulidade de um candidato a Presidente da República, comprometendo a sua candidatura e a sua credibilidade política.

Se está tão descontente com o aparelho “inflexível” partidário porque não toma a medida mais coerente (como Francisco Salgado Zenha tomou para apoiar Ramalho Eanes nas presidenciais de 1980) de se afastar dos órgãos do partido socialista de uma vez? Falta de coragem? Receio de não ganhar as eleições presidenciais e perder o “tacho” no partido? Temor de perder o eleitorado socialista se falar mal do governo ou o restante eleitorado à sua esquerda e direita se apoiar a administração liderada por José Sócrates?

Manuel Alegre é sem dúvida um político profissional! Usar o estratagema emblemático do bloco de esquerda dizendo-se anti-sistema (seja ele qual for) é de facto um slogan (não passará disso) espectacular, vistoso e cativante para o eleitorado jovem ou para o povo revoltado com o governo ou com a política em geral. Mas é uma estratégia populista fácil e cheia de fragilidades. Pior ainda quando se ainda faz parte do partido em governação…

Led

Obrigado, Capitão!

Aprendi a apreciar o Jorge Costa como exemplo de amor à camisola. Como figura é um dos últimos jogadores carismáticos num futebol em que o dinheiro conta cada vez mais. Espero que tenha sorte no Standard de Liège.

Led

A Condição Bloguista


O Blogue de Esquerda consumou-se no dia 25 de Novembro (data bastante “peculiar”) .
Concordando ou não com as opiniões expressas neste blog, para quem o frequenta diariamente sabe que este acontecimento marca uma perda irreparável na dimensão bloguística de consciência social nacional. Mas não desesperem! Deixo-vos duas novas sugestões (não substitutos) de blogues criados por Luís Rainha e José Mário Silva, antigos participantes desta voz de esquerda de eleição :

E que tal também um ensaio científico sobre a condição bloguista por Jorge Palinhos?
Aqui vai:

“Ando nos blogs vai para mais de dois anos e, depois de todo este tempo, o acto de blogar continua a ser para mim um alvo de perplexidade.
Diz-se frequentemente que os blogs são um espaço de auto-expressão, de intervenção cívica e liberdade.
De acordo quanto aos dois primeiros, mas a liberdade já me causa mais hesitação.Liberdade, liberdade é escrever para si, livre de toda a contingência ou perscrutação social.Quando alguém arrisca escrever nos blogs está desde logo a restringir a sua liberdade de expressão.
Porque a exposição pública implica ter de prestar contas, dar a cara pelo que se escreve e ter de pensar para quem se escreve. E isso implica restringir a liberdade, em troca de aceitação social.
Porque, sem eufemismos, blogar implica aceitação social, mesmo nos blogs mais umbiguistas. Para quê escrever em público, arriscando ostracismo ou indiferença, se não é para se ser lido? Mais vale continuar a rabiscar o diário em papel...
E da aceitação passa-se à tentativa de agradar. Começa-se a escrever com regularidade para satisfazer "os leitores", pede-se desculpa por não se ter tempo, avisa-se que se vai deixar de escrever temporariamente, procura-se assunto para se escrever, fazem-se "esboços de posts", fala-se de assuntos que não nos interessam ou sobre os quais não se tem nada de novo a dizer porque tememos ser acusados de "assobiar para o lado" por motivos indizíveis. Porque a palavra passa a ser um acto, que se faz quer se use a palavra ou não, blogar começa a tornar-se um fardo, as ideias acumuladas que vinham naturalmente esgotam-se e é preciso procurar novas, é preciso descobrir palavras inéditas para dizer e novas formas de o fazer.

E, de repente, quando no início blogar parecia tão fácil como sermos nós próprios, descobrimos afinal que é um casamento com um cônjuge exigente, que quer atenção, mimos, carinho, afecto, novidades, surpresas, prendinhas, jantares íntimos e sexo tórrido todos os dias, no meio da rotina mais banal e ínsipida.E então uma pessoa começa a pensar se lhe interessa mesmo manter essa relação, se não prefere procurar amantes novos, sair com os amigos, ler livros interessantes, ir a cinemas e teatros, voltar ao diário rabiscado.

E depois vem a hesitação de abandonar os filhos-posts, o receio de ficar só, a angústia de não se voltar a encontrar um cônjuge tão devoto, tão carinhoso, tão amante.

E então é preciso escolher. Às vezes persiste-se, escolhendo a segurança dos episódios felizes e dos momentos inesperados. Outras vezes divorciamo-nos, só para regressar de imediato ao conforto dos mesmos braços. Outras ainda procuramos novos braços que nos acolham. E alguns desaparecem, no sossego da vida sem compromissos.

No fim de contas, blogar talvez nos fascine e prenda porque é tão parecido com amar.
Só que, agora, o que é que fazemos?”

A resposta a esta questão encontra-se obviamente nos 2 novos blogues acima mencionados:
“Once a blogger, always a blogger!”
Led