sexta-feira, 30 de setembro de 2005
quinta-feira, 29 de setembro de 2005
Não contem comigo
“Detesto a mentira como estilo de vida. Abomino a hipocrisia. Digo o que penso e sou bastante transparente nas minhas ideias e opiniões. Durante anos, pensei que estas características tinham algum mérito. Mas descobri que não é assim. Ou melhor: eu continuo a achar que a sinceridade é uma virtude. Mas é certamente a virtude menos proveitosa que existe.
A mentira e a hipocrisia (ou o silêncio) têm lógica. São o cimento da sociedade.
Naturalmente, ganho fama de indesejável, porque a vida em sociedade exige um constante teatro. Todas as graças são engraçadas. Todas as conversas são interessantes. Todas as pessoas são excelentes. Não contem comigo. Acontece que as pessoas insistem....”
Pedro Mexia “Sinceramente”- Revista Grande Reportagem.
Led
terça-feira, 27 de setembro de 2005
Radiohead's follow up - I want all of it!
Enigmatic as always, Greenwood only makes a quick nod to Radiohead's recording duties with the opening line, "We're back in the studio and all is well." He then proceeds to write several paragraphs about blue rat shit and dub reggae. He continued: "Stanley (Donwood)'s here too, or at least in the shed out back, painting again. The rats have got in and eaten all his blue paint, and there's blue rat shit everywhere: but at least he's got a good dub cd to listen to while he's working." Greenwood said he's spent the last six months listening to "just dub reggae". He wrote: "Six solid months of nothing but Lee 'Scratch' Perry, Ken Boothe, Junior Byles, Marcia Aitkin and hundreds of others. It's to make a compilation which may or may not ever be completed - I hope I'm not just proving a point to myself - but either way, there's been nothing else on my iPod since April."
Radiohead has recently released a new track for the War Child compilation, the proceeds of which go to aid children in war torn countries. The song is called "I Want None of It" .
segunda-feira, 26 de setembro de 2005
Complacência Pública
"Os três telejornais da noite abrem com extensas coberturas do "caso do dia": o regresso triunfal de Fátima Felgueiras ao país e à sua coutada eleitoral. A alegria, o entusiasmo, a emoção são visíveis na voz dos repórteres, nas manifestações de histeria dos populares, no próprio rosto de alguns polícias que conduzem a "arguida" perante a juíza da comarca, que, em tempo absolutamente recorde, chamou a si a foragida, subtraindo-a à alçada da PJ e à prisão, e, antes mesmo da hora de abertura dos telejornais, já tinha decidido um recurso interposto horas atrás contra a sua prisão preventiva, mandando-a em liberdade. Ela própria, a "heroína" do dia, estava resplandecente, parecia um general romano regressando vitorioso de uma campanha no Oriente. E que grandes feitos de campanha cometera ela para ser assim levada em triunfo? Andara dois anos e meio fugida da justiça.
Fátima Felgueiras é acusada em justiça pelos crimes de corrupção passiva, peculato e abuso de poder, cometidos no exercício das suas funções de presidente da câmara. O povo não quer saber desses detalhes: a senhora fez obras na terra, ajudou os velhinhos e ia a pé para a câmara todos os dias, "cumprimentando toda a gente pelo caminho". Por isso, o povo adora-a, e os que o povo adora nunca podem ser culpados dos crimes que o povo atribui normalmente aos políticos: apenas são vítimas de "cabalas" e "perseguições". Os próprios jornalistas parecem ter por ela uma estima particular: em tom condescendente de quem acha que o mundo nunca poderá ser perfeito, explicam-me que ela não é mais do que o bode expiatório de um esquema largamente em uso nas autarquias e destinado a financiar o partido por debaixo da mesa. Estão a ver, coisas de somenos: uma licençazinha de construção em zona protegida a troco de uma contribuição para a campanha do partido, um contrato de fornecimento com a câmara a troco de uma subfacturação que a todos serve e permite guardar o remanescente para financiar a candidatura do camarada tal, excelente filho da terra.
Por isso, Fátima parece gozar da indulgência de todos. Quando finalmente é emitido um mandado de captura contra ela, consegue saber antes de toda a gente e, no próprio dia, foge para o Brasil, onde, durante dois anos e meio, continua a ser notícia venerada, lançando veladas ameaças à justiça e ao partido, e continuando, lá em Niterói, a receber o ordenado de autarca, porque, sendo as interpretações da lei necessariamente confusas (de outro modo, de que viveriam os autores dos "pareceres" jurídicos, que são, muitas vezes também, os autores das leis?), a lei não é clara sobre a questão de saber se alguém que vive no Brasil e que o tribunal suspendeu de funções e mandou prender pode continuar, mesmo assim, a poder ser considerado presidente de câmara em funções. Mas isso são pormenores, apenas uma gota de água no oceano dos nossos impostos. O essencial é que o povo e os seus defensores concordam com a tese dela de que, se alguém se declara inocente, tem o direito de não ir para a prisão, independentemente de a justiça pensar o contrário e insistir em julgá-la. É claro que podemos sempre apresentar as coisas de outra maneira: se alguém que exerce funções públicas é acusado por crimes patrimoniais no exercício das suas funções, deve interromper essas funções e explicar-se em tribunal, ou deve fugir e proclamar-se mártir da justiça? O povo, claro, acha que os políticos devem ser responsabilizados, sobretudo os "corruptos". Mas também acha, devido ao tal mecanismo de "proximidade democrática", de que o poder local é o exemplo máximo de méritos, que deve haver excepções. O "seu" político não é igual aos "outros" políticos. Se assim não fosse, não haveria prisão preventiva para ninguém, o que também não está certo.
Há, pois, excepções. Excepções ao bota-abaixo com que o povo classifica todos os políticos em geral. Fátima é a excepção de Felgueiras, Valentim a de Gondomar e do futebol, Isaltino a de Oeiras, o incrível Torres a de Amarante. Todos eles têm em comum o facto de a justiça, por uma razão ou outra, desconfiar que eles não são cidadãos recomendáveis para funções públicas. Todos têm em comum a circunstância de os respectivos processos (especialmente os de Ferreira Torres) se arrastarem de tal forma que nunca a decisão chega a tempo de evitar a sua reeleição. E todos têm em comum o facto de, a 9 de Outubro próximo, virem, muito provavelmente, a ser eleitos presidentes de câmara, graças ao mecanismo da absolvição democrática, que é mais rápido e mais eficiente do que a absolvição judicial.
A 9 de Outubro próximo, o país vai-se confrontar com o sintoma mais deprimente da degradação da nossa democracia. E não adianta fingir que Felgueiras, Gondomar, Amarante e Oeiras são maus exemplos que não representam o todo. Simplesmente, não é verdade. Basta olhar para muitas das caras de candidatos que enxameiam o país, de norte a sul: nem é preciso chamar o Ministério Público, está lá tudo escrito, nas caras deles. Portugal inteiro está cheio de casos semelhantes e, pior do que isso, todos sentimos que o sentimento geral do país é a complacência, quando não a veneração perante eles. Se por acaso vos aconteceu tropeçar numa coisa chamada Gala dos Dez Anos da Caras, sábado passado na SIC, talvez vos tenha acontecido perder de vez as ilusões. Nem nos mais obscuros tempos do Estado Novo se chegou ao extremo impudico de ver o povo à porta do Condes para aplaudir uma fauna indescritível de gente que de relevante tem apenas a extrema saloiice a que chamam glamour e uma comum e absoluta inutilidade social, profissional e cívica. Houve tempos em que o país se dividia - e dividia ferozmente - por ideias políticas, projectos pessoais, rivalidades empresariais, querelas culturais. Mas os simplesmente bandidos, medíocres ou nulidades patentes ficavam à porta. Dir-me-ão que em todos os países existe uma sociedade rasca, e em última análise digna de dó, que só sobrevive porque alimenta as ambições e ilusões do menu peuple, e isso, por sua vez, alimenta uma comunicação social de género que, hoje em dia, é, aliás, próspera. Isso é verdade. Mas também é verdade que, apesar de tudo, subsiste ainda um critério de selecção, quanto mais não seja o do pudor e o do ridículo. Que outra grande estação de televisão de um país a sério guardaria o prime time de um sábado à noite para um espectáculo tão degradante e tão deprimente como aquele?
É esta profunda degenerescência de valores, de referências e de símbolos, que pode parecer inofensiva, mas que vai corroendo aos poucos a nossa democracia. Acabamos a ver, a aplaudir e a eleger gente que não convidaríamos para jantar em nossa casa. Está tudo ligado. E depois admiramo-nos por ver outros com outras responsabilidades comportarem-se como se já nada fosse verdadeiramente importante e não fosse susceptível de ser apagado pela tal absolvição democrática. Como Carrilho e Carmona Rodrigues, naquele tristíssimo debate, ou como o "impoluto" Rui Rio, achando que a arrogância, a chantagem e o silêncio conveniente perante questões de gravidade extrema chegam e sobram para ganhar eleições. E o pior é que chegam."
domingo, 25 de setembro de 2005
Alegremente candidato
Sendo de Coimbra já conheço a ladainha de Alegre de cor e salteado...a utopia abstracta da etimologia esquerdista e da doutrina socialista. Muitas vezes candidato a deputado por Coimbra e em todas uma desilusão. Digo candidato a deputado por Coimbra por isso mesmo, porque da “Coimbra do verso e do sonho” restou pouco após as legislativas. O cavaleiro andante da revolução metafórica, o poeta-político da velha escola democrática republicana, alto consignatário para a moralidade, honra e honestidade intelectual...enfim, um exemplo a cumprir para qualquer político ou individualidade em geral ! É já enjoativo e extremamente injusto que tragam a “Revolução dos Cravos” para cima de mesa por cada vez que se traz à baila o nome de Manuel Alegre. A força com que resistiu ao fascismo e o seu apego à liberdade só podem merecer a reverência e admiração.Ninguém discute portanto a sua importância e relevo no processo revolucionário de há 31 anos atrás, mas caramba, é tempo de olhar o tempo presente e verificar que as necessidades e conformidades actuais mudaram. É tempo de uma resposta actualizada face aos desafios ímpares do nosso tempo!
Manuel Alegre é contudo apenas mais um oportunista como muitos tantos políticos por esse país fora , diferindo apenas na aptidão inata para a palavra e uso messiânico (subtil) do passado revolucionário para justificar qualquer decisão ou escolha tomada. É sobre esta capa de respeito e veneração geral que esconde o seu menos virtuoso secreto desejo de poder e influência. Nada difere até aqui de Mário Soares. É contudo delirante acreditar que a sua candidatura viria a reforçar a esquerda numa segunda volta contra Cavaco Silva. Este último garante por si só os votos da direita e de muitos votos do bloco central e está por isso assente que quase metade dos votos dos eleitores virão para si. Para o restante bloco central e esquerda política ficam 4 candidatos que acabarão por se comer uns aos outros, deixando o objectivo de derrotar Cavaco Silva muito distante das expectativas mais positivas.
A escolha de Soares por seu lado, foi errada e não se vislumbra o apoio massivo esperado dos militantes socialistas. Uma proposta cansativa e antagónica ao pluralismo e re-ciclamento democrático que se deseja numa sociedade em desenvolvimento. Soares já ocupou todos os cargos políticos de destaque e mais do que uma vez consecutiva. Não se trata por isso de trazer o argumento ridículo e dissuasor da idade mas sim de um argumento essencial de necessidade de mutabilidade republicana nas personagens que ocupam os cargos políticos. É por isso e sobre este nicho de argumentação que aceito (mas de espírito inquieto) a candidatura de Alegre, sob o ponto de vista do menos mau de entre os dois, ambos os únicos possíveis e credíveis candidatos da esquerda.
A campanha para as presidenciais ainda nem sequer se iniciou ( e algumas candidaturas ainda nem sequer avançaram) e por isso muito irá ainda mudar no mapa político nacional até Janeiro de 2006. Como muitos portugueses estou ainda indeciso quanto a quem vou dar o meu voto nas Autárquicas do mês quem vem, quanto mais das Presidenciais de 2006. Mas por hora, fico satisfeito que Alegre tenha finalmente avançado a sua candidatura após um período angustiante de vitimização e manipulação da opinião pública. “Por uma necessidade de coerência” – diz ele e eu também. Acabem-se portanto os equívocos e venha a candidatura!
sábado, 24 de setembro de 2005
Rewind
Guiando por uma estrada deserta numa madrugada de chuva miudinha…uma canção solta-se pelo ar e eleva-se a um apelo incerto de um tempo e espaço que já não é. Uma memória intrusiva gira então em torno, numa obsessão. Estremecer ao seu aviso, persegui-la até onde não sabemos o seu tudo,...o dejavu de uma vida inteira reinventado assim numa aurora pluvial imersa de comoção...
"Rewind"
It's your time
It's your day
It's never too late
To change lanes
How's your life?
How's your place?
Was it where you wanted
Your head to lay?
But wait, you can breathe
You can see what I can see
Don't waste your time
You can't make back
If you could rewind your time
Would you change your life?
Do you like you?
Do you love your wife?
Or did you pick what
You're told was right?
Dream and be
What you feel
Don't you compromise
What you wanna be
'Cause change is okay
What's the point in staying the same
Regrets, forget what's dead and gone
If you could rewind your time
Would you change your life?
If Jesus rode in on a camel today
With your cross on his shoulder
Time to take you away
Have you done all you wanted?
Are you happy and warm?
Do you miss someone special
You don't see anymore?
Have you blood on your hands?
Do you dream of white sands?
Can you sleep well at night?
Have you done all you can?
The place I was born in
Stays crooked and straight
I see innocent blue eyes
Go blind everyday
Rewind your time
Would you change your life
Today?
Led
sexta-feira, 23 de setembro de 2005
Last Days
'Last Days', which was made by 'Good Will Hunting' director Gus Van Sant, trails a musician called Blake (played by Michael Pitt) and his grunge band. The movie follows the tormented blonde haired singer as he hides from managers, friends and record company executives during the lead-up to his death. A decaying artist who is sinking fast under the height of fame, weight of creativity and the depth of isolation. "Last Days" follows Blake through an hour-glass of time as he haunts a wooded home, a fugitive from time and space. It is a period of random events and cold human contact that culminates in a last gasp of musicality. Introspective artist Blake is buckling under the weight of fame, professional obligations and a mounting feeling of isolation. Dwarfed by towering trees, Blake slowly makes his way through dense woods. He scrambles down an embankment to a fresh spring and undresses for a short swim. The next morning he returns to his house, an elegant, if neglected, stone mansion. Many people are looking for Blake--his friends, his managers and record label, even a private detective--but he does not want to be found. In the haze of his final hours, Blake will spend most his time by himself. He avoids the people who are living in his house, who approach him only when they want something, be it money or help with a song. He hides from one concerned friend and turns away another. He visits politely with a stranger from the Yellow Pages sales department, and he ducks into an underground rock club. He wanders through the woods and he plays a new song, one last rock and roll blowout. Finally, alone in the greenhouse, Blake will look and listen--and seek release.Although inspired by Kurt Cobain, it’s a work of fiction.
Two members of the pioneering band Sonic Youth feature in Last Days. Bass player / guitarist and singer Kim Gordon takes a came roll as a record executive whilst Thurston Moore takes a roll as music consultant.
Although the film is not about Cobain, Van Sant said it is inspired by his suicide and his previous two movies ('Elephant' and 'Gerry') , both influenced by stories of death.”Elephant” was a way to look at the wave of school shootings, like Columbine, that happened in America in the late 1990s. And 'Last Days' came out of the death of Kurt Cobain in 1994," he told the BBC. "When Cobain died, there was a real intense fascination with his last days from seemingly the entire world. It is one of those suicides, like Hunter S Thompson's or Elliott Smith's - it's always affecting."Being from Portland, we sort of lived in the shadow of that music," he explained in an interview the afternoon before the SIFF premiere. "I think that moment (Cobain's death in 1994) is where all of it just stopped abruptly. There was this big thing that came out of the sky and stopped alternative music."A year later, he started developing the film that would evolve into "Last Days."Gus van Sant calls his new movie "a meditation on isolation, death and loss."
Watch the trailer at :
"Spank Thru" (Faecal Matter)
quinta-feira, 22 de setembro de 2005
segunda-feira, 19 de setembro de 2005
Salman Rushdie: «Message to Muslims: this is not the 8th century»
«A FEW weeks ago, in an article written in response to the London bombings, I wrote about the urgent need for a “reform movement to bring the core concepts of Islam into the modern age”.The response to this article has been widespread and extremely interesting. Naturally there were those who rushed to dismiss my arguments because they came out of my mouth. “The man who lost his personality and beliefs should not speak about the great religion of Islam,” wrote Anna Tanha, of Glasgow.
However, there was an encouraging flood of more positive commentary, much of it coming from Muslims. “Absolutely right; it is time Muslims accepted that it is Islam’s 8th-century attitudes that are causing so much suffering in the 21st-century world,” wrote Mohammed Iqbal, who comes from Leeds, home of three of the 7/7 bombers. “Please keep dogma aside and let reason be part of the debate. We believers have done enough to harm ourselves. What European monarchs and clergy did in the Dark and Middle Ages is exactly what Muslim rulers and clergy are doing to the Muslim world,” argued Nadeem Akhtar, from Washington, DC.Ozcan Keles, of London, insisted that only “faith-based Muslim leaders” could perform the act of Quranic reinterpretation known as ijtihad, but Haroon Amirzada, a former lecturer at Kabul University, felt that “secular Islamic and non-Islamic Western and Eastern scholars and politicians should work together to modernise Islam to meet the realities of our time”.Dr Shaaz Mahboob, of Hillingdon, Middlesex, pointed out that: “There are hundreds of thousands of Muslims in Britain who do not follow their religion as strictly as do the older generations . . . We are the mainstream Muslims who are keen to live in peace and harmony with other faith groups, feel proud of being British and are patriotic . . . I know of no organisation that represents the secular and liberal Islam that the vast majority of Muslims follow.”
Several writers challenged me to take the next step and hypothesise the content of such a reform movement. The nine thoughts that follow form an initial response to that challenge, and focus primarily on Britain:
It may well be that reform will be born in the Muslim diaspora where contact (and friction) between communities is greatest, and then exported to the Muslim majority countries. It would not be the first time such a thing has happened. The idea of Pakistan was shaped in England, too. So were the history-changing characters of Mahatma Gandhi, Pakistan’s founder Muhammad Ali Jinnah and the pro-British Indian Muslim leader Sir Syed Ahmad Khan.British Muslims, who are mainly of South Asian origin, should remember their own histories. In India, Muslims have always been secularists, knowing that India’s secular constitution is what protects them from the dictatorship of the (Hindu) majority. British Muslims should take a leaf out of their counterparts’ book and separate religion from politics.
- Remembering history, part 2. Within living memory, Muslim cities such as Beirut and Tehran were cosmopolitan, tolerant, modern metropolises. That lost culture must be saved from the radicals, celebrated, and rebuilt. The idea that all Muslims are kin to all others should be re-examined. The truth is that, as the bitter divisions between Iraqi Sunnis and Shias demonstrate, it is a fiction, and when it deludes young men such as the British 7/7 bombers into blowing up their own country in the name of an essentially fantastical idea of Islamic brotherhood (few British Muslims would find life in conservative Muslim countries tolerable), it is a dangerous fiction.
Reformed Islam would reject conservative dogmatism and accept that, among other things, women are fully equal to men; that people of other religions, and of no religion, are not inferior to Muslims; that differences in sexual orientation are not to be condemned, but accepted as aspects of human nature; that anti-Semitism is not OK; and that the repression of free speech by the thin-skinned ideology of easily-taken “offence” must be replaced by genuine, robust, anything-goes debate in which there are no forbidden ideas or no-go areas.
Reformed Islam would encourage diaspora Muslims to emerge from their self-imposed ghettoes and stop worrying so much about locking up their daughters. It would emerge from the intellectual ghetto of literalism and subservience to mullahs and ulema, allowing open, historically based scholarship to emerge from the shadows to which the madrassas and seminaries have condemned it.
There must be an end to the defensive paranoia that led some Muslims to claim that Jews were behind the 9/11 attacks and, more recently, that Muslims may not have been behind the 7/7 bombings either (a crackpot theory exploded, if one may use the verb, by the recent al-Jazeera video).
domingo, 18 de setembro de 2005
Fugaz
sábado, 17 de setembro de 2005
sexta-feira, 16 de setembro de 2005
"You're one ugly motherfucker"
What's inside the Yautja's spacecraft...
Note the skeleton frame in the centre…what had he been slaughtering before he arrived to earth…an Alien Xenomorph!
Just a tribute from S.Hopkins to the Alien trilogy initiated by Ridley Scott.
“Predator 2” – Stephen Hopkins (1990)
Led
segunda-feira, 12 de setembro de 2005
Coimbra - Autárquicas 2005
Centro Comercial Dolce Vita*
Pavilhão Multi-Desportos*
Piscina Municipais*
Piscinas Rui Abreu (Pedrulha-Eiras)*
Piscinas de São Martinho*
Fórum Coimbra (em execução) *
Ligação Centro de Saúde de Sta Clara pelo planalto de Sta Clara à Guarda Inglesa IC2 (em execução) *
Parque de Campismo (em execução)*
Complexo Cinemacity*
Obras de restauro e conservação na alta e baixa de cidade (Câmara)
2001-2005 :Principais obras na Cidade de Coimbra ainda de responsabilidade Manuel Machado
Circular Externa (parte câmara, parte UE)
Estádio Cidade de Coimbra( parte UE, parte câmara)
Oficina Municipal de teatro (Câmara)
Retail Park - Taveiro *
Carlos Encarnação (PSD/CDS-PP/PPM)
Não precisou falar muito. Atacou o governo com a questão dos fogos e foi-se escapando ileso até ao final do debate, muito por culpa da complacência de Gouveia Monteiro, actual vereador para a habitação na Câmara Municipal de Coimbra. A falta de grandes iniciativas camarárias (com amparo económico) e a derrapagem financeira durante o actual mandato não foram postas em causa no debate e conseguiu habilmente evitar o assunto mais uma vez com a benevolência e passividade de Gouveia Monteiro. Conseguiu astutamente fazer passar a ideia da responsabilidade do governo actual no embargo do concurso (previamente aprovado) do Metro Mondego. Contudo, perdeu uma oportunidade importante de fazer campanha e mostrar aos ouvintes quais são as suas ideias novas para o concelho de Coimbra. Provavelmente porque não as tem.... Não se percebe assim qualquer concepção, plano indicador da cidade ou projecto do actual executivo camarário.
Victor Baptista (PS)
Esperava-se mais mas fez mais ou menos o que lhe competia. Podia ter evidenciado mais que grandes obras acabadas durante este executivo (ex. Ponte Rainha Santa Isabel, a Circular Externa, o Parque Verde do Mondego e o Pavilhão de Portugal, o Estádio Cidade de Coimbra , a Oficina Municipal de teatro ,o novo Hospital Pediátrico, a requalificação da Praça do Comércio e do Pátio da Inquisição, etc) devem-se tão só (ou quase) à gestão socialista que anteriormente havia governado a câmara. Falhou também, em minha opinião, na questão do Metro Mondego. Ficou-se por saber qual a verdadeira posição deste candidato quanto ao trajecto para o metro de Coimbra. Se prefere um metro inteiramente urbano ou se opta pela controversa extensão economicamente pouco viável para a Lousã e Serpins. Bem preparado na questão dos fogos no concelho realçando as falhas da câmara no que respeita à desorganização entre a protecção civil e os Bombeiros Voluntários de Coimbra e a falta de limpeza de muitas matas camarárias. De resto foi como que uma leitura entediante do seu programa eleitoral, sem nada de surpreendente a realçar. Saiu empatado do debate com Encarnação pois, apesar de não tão hábil no discurso, fiquei dele uma sensação de determinação, austeridade e credibilidade que me surpreendeu pela positiva.
Gouveia Monteiro (CDU)
O fracasso da noite. Sendo que de Encarnação e Baptista já se esperava um pouco a estratégia de disputa moderada para o debate, de Gouveia Monteiro ficou a ideia de uma enjoativa passividade e complô político com o actual presidente da Câmara. Parece esquecido de todas as suas anteriores batalhas contra o executivo camarário e o distraído telespectador dificilmente terá reparado que este senhor de longas sobrancelhas é de facto o representante do Partido Comunista para o concelho de Coimbra. Sorrisos, anuências, utopias e blá blá fatigante. De facto, a ideia de perder o lugar de vereador numa possível vitória socialista é deveras mais importante do que qualquer ideologia política. O seu pudor e aversão em relação ao Partido Socialista parecia maior do que a qualquer força da direita...incompreensível. O atraso no eléctrico rápido Metro Mondego, o esquecimento do projecto que liga a IC2 entre Cruz dos Morouços e a Ponte Açude e muitos outros projectos essenciais de acessibilidades enfiados na cartola, a invasão do betão e concentração urbana, a degradação de muitas estradas do distrito, o trânsito congestionado da margem esquerda ao centro histórico, a falta de centros culturais e de espectáculos (Teatro Sousa Bastos e o Teatro Cerca de São Bernardo sem solução à vista), os altos preços imobiliários praticados, a inutilidade do majestoso Convento de São Francisco, e a questão mais perene do concelho de Coimbra – o desemprego- , foram habilmente e hipocritamente esquecidos por este fictício candidato da esquerda que fez parte da ridícula coligação PSD/CDS/CDU durante o actual mandato.
Fez falta de facto mais uma força de oposição para contrabalançar um debate desequilibrado e pouco informativo.
domingo, 11 de setembro de 2005
Help : A Day In The Life
The album “Help: A Day In The Life”, that celebrates the ten-year anniversary of the first ’Help’ album, which featured Blur, Oasis, Radiohead and Suede and raised more than €1.85 million for children caught up in the Bosnian war will be released on CD through Independiente on September 26, already available for digital download at http://www.warchildmusic.com since 9th September. Tracks are available in MP3, WMA and AAC formats.
Proceeds benefit the War Child organization, which raises money to assist children in war-torn countries around the globe such as Bosnia, Afghanistan and Iraq .All of the money raised by the new record will be used by War Child to provide both material and psychological support and rehabilitation to children on the edge of conflict and post-conflict societies.
The ’Help: A Day In The Life’ tracklisting will run:
Antony and the Johnsons – ‘Happy Xmas (War is Over)’
Babyshambles – ‘Bollywood To Battersea’
Belle & Sebastian – ‘The Eighth Station of the Cross Kebab House’
Bloc Party – ‘The Present’
Coldplay – ‘How You See The World’
The Coral – ‘It Was Nothing’
Damien Rice – ‘Crosseyed Bear’
Elbow – ‘Snowball’
Emmanuel Jal – ‘Gua’
The Go! Team – ‘Phantom Broadcast’
Gorillaz – ‘Hong Kong’
Hard-Fi – ‘Help Me Please’
Kaiser Chiefs – ‘I Heard It Through the Grapevine’
Keane and Faultline – ‘Goodbye Yellow Brick Road’
The Magic Numbers – ‘Gone Are the Days’
Manic Street Preachers – ‘Leviathan’
Maximo Park – ‘Waste Land’
Mylo – ‘Mars Needs Women’
Radiohead – ‘I Want None of It’
Razorlight – ‘Kirby's House’
Tinariwen – ‘Cler Achel’
The Zutons – ‘Hello Conscience’
Check out also :
http://www.angloplugging.co.uk/viewPressRelease.cfm?pressReleaseID=1104
Led
quarta-feira, 7 de setembro de 2005
Quality of Life in 2005 :Click the image for a better view
It has long been accepted that material well-being alone does not adequately measure quality of life. Money matters, of course, but surveys suggest that over the decades big increases in income have translated into only a modest rise in satisfaction. Although rising incomes and expanded individual choice are highly valued, some of the factors associated with modernisation—such as the breakdown of traditional institutions and the erosion of family values—in part offset its positive impact.
But how to combine in a single, comparative statistic the factors believed to influence people’s happiness? There have been many attempts, none entirely successful: the factors selected, and the weights assigned to them, tend to be arbitrary. Subjective surveys of “life satisfaction” have been attracting growing interest—especially since the evidence is that people in different countries and cultures cite similar criteria for being contented—but getting comparable surveys across many countries is hard and there is too much margin for error for a truly objective quality-of-life index.
So ours takes a new approach. We use life-satisfaction surveys (assembling the average scores for 74 countries) as a starting point for weighting the various factors that determine quality of life. A regression analysis suggests that as many as nine indicators have a significant influence, and can be turned into an equation explaining more than 80% of the variation in countries’ life-satisfaction scores. The main factor is income, but other things are also important: health, freedom, unemployment, family life, climate, political stability and security, gender equality, and family and community life. We feed the factors into the equation, measuring them using forecasts for 2005 where possible (in four cases) and latest data for slower-changing indicators, such as family life and political freedom. The resulting score, on a scale of one to ten, gives the quality-of-life index. A full explanation of the methodology and a full country ranking are available to download here.
Ireland wins because it successfully combines the most desirable elements of the new (the fourth-highest GDP per head in the world in 2005, low unemployment, political liberties) with the preservation of certain cosy elements of the old, such as stable family and community life. Offsetting its poor climate and, by rich-country standards, gender inequality are a higher political stability and security. Even if GNP—not available for all countries, but in Ireland’s case significantly lower than GDP—is used to measure income, Ireland still wins.
Britain, by contrast, mixes high income per head with high levels of social and family breakdown; it comes bottom among the 15 countries of the pre-enlargement European Union. America ranks above the EU-15 average. Italy performs well but Germany and France do not—belying the notion that big euro-zone nations compensate for their economic sluggishness with a better quality of life than America.
China, for all the excitement over its development, still falls in the lower half of the league. Proud Russians will be disturbed to find themselves at the wrong end of the table. Bottom of the lot is Zimbabwe, where things have gone from bad to worse under Robert Mugabe.
In 1986, in response to an early attempt to measure well-being across countries, The Times scoffed: “Can anyone really assess, in mathematical or other terms, the value of living in Britain?” Well, they can try—on the basis of what people around the world themselves say about life satisfaction. No doubt critics will poke holes in this index too. Except, of course, in Ireland. "
The nine quality-of-life factors, and the indicators used
to represent these factors, are:
1. Material well-being
gdp per person, at ppp in $. Source: Economist Intelligence
Unit
2. Health
Life expectancy at birth, years. Source: us Census Bureau
3. Political stability and security
Political stability and security ratings. Source: Economist
Intelligence Unit
4. Family life
Divorce rate (per 1,000 population), converted into index
of 1 (lowest divorce rates) to 5 (highest). Sources: un; Euromonitor
5. Community life
Dummy variable taking value 1 if country has either high
rate of church attendance or trade-union membership; zero
otherwise. Sources: ilo; World Values Survey
6. Climate and geography
Latitude, to distinguish between warmer and colder climes.
Source: cia World Factbook
7. Job security
Unemployment rate, %. Sources: Economist Intelligence
Unit; ilo.
8. Political freedom
Average of indices of political and civil liberties. Scale of 1
(completely free) to 7 (unfree). Source: Freedom House
9. Gender equality
Ratio of average male and female earnings, latest available
data. Source: undp Human Development Report
http://www.economist.com/theworldin/international/displayStory.cfm?story_id=3372495&d=2005
terça-feira, 6 de setembro de 2005
I Want MTV...Off my TV!
"Noite de sábado, 3 de Setembro: Portugal ganha 6-0 ao Luxemburgo e, para não variar, os comentadores transformam o possível prazer do jogo numa lengalenga nacionalista (e, agora, também psicológica, insistindo no facto de Simão Sabrosa ter tido uma semana de muita "pressão", coitado, porque esteve na iminência de ir jogar para o Liverpool por alguns milhões de euros...). Ali ao lado, fazemos zapping para a MTV, e os Video Music Awards são outra penosa rotina: hip hop histérico alternado com toneladas de anúncios acelerados, repetidos e repetitivos... Para onde foi a MTV que, de facto, tinha um conceito de espectáculo e, mais do que isso, uma visão abrangente, versátil e criativa da música popular?
Quando começou a emitir, em Agosto de 1981, a sigla MTV era sinónimo de “Music Television”. Hoje, vinte e quatro anos após o seu aparecimento, a MTV representa muito mais do que um simples canal de música. Nos tempos que correm, MTV é sinónimo de uma das mais poderosas e influentes redes de televisão mundiais. Não deve haver ninguém no "mundo civilizado", com menos de 30 anos, que não conheça o canal, um dos mais populares da história da televisão. Penso que não exagero se afirmar que na história da música popular houve um antes e um pós-MTV. Ao longo destas últimas duas décadas, a MTV construiu algumas carreiras, destruiu outras, influenciou comportamentos, lançou modas e antecipou tendências, mas, acima de tudo, definiu a música que o mundo devia ouvir. E o mundo...ouviu! Durante largos anos, o sucesso de um determinado artista mediu-se pela quantidade de vezes que os seus vídeos rodavam na MTV.
O seu poder e influência no seio da indústria discográfica é gigantesco. Não há editora que não faça qualquer coisa para ver os vídeos dos seus artistas rodar na MTV. Actualmente, mais do que uma marca, a MTV é uma multinacional do entretenimento. Como qualquer outra multinacional, o seu principal objectivo (e único?) é obter o máximo lucro e engordar a conta bancária de todos os seus accionistas.
Mas, mais do que uma marca ou um simples canal de televisão, a MTV é hoje uma das mais poderosas e bem oleadas máquinas de propaganda da cultura norte-americana em todo o mundo. São mais de 100 os canais que a Viacom (a empresa mãe da MTV) tem por todo o mundo. Um deles é a MTV Portugal. Lançado há cerca de 2 anos, o país musical aplaudiu efusivamente a chegada do popular canal, como se este se tratasse de uma espécie de D. Sebastião da música Portuguesa. Passados dois anos após a sua estreia, há uma série de questões e dúvidas que pairam no ar: afinal, que benefícios reais trouxe a MTV à indústria discográfica nacional? Que artistas beneficiaram com a entrada da estação em Portugal (os Blind Zero? Da Weasel? Gomo?)? Que atenção tem prestado a MTV aos artistas nacionais? Quantos vídeos de artistas portugueses rodam na playlist do canal? Quantos artistas ou bandas portuguesas vimos actuar nos ecrãs da MTV? (Apenas me lembro dos Blind Zero e The Gift...) E quantas entrevistas foram feitas com artistas “tugas”? E quantas reportagens de concertos? E, já agora, em quantas bandas novas apostou a MTV desde que aterrou entre nós? Não as suficientes, garanto-vos!
Sejamos claros, com menos meios, e apesar dos equívocos que viriam a condenar o seu futuro, o Sol Música fez bem mais e melhor pela música produzida neste país. O caro leitor poderá sempre questionar: mas será essa a “obrigação” da versão lusa da MTV, dinamizar a indústria dos discos local e empenhar-se na divulgação dos artistas e as bandas que (com as dificuldades que se conhecem) fazem música em Portugal? Assim a cru, a resposta é “claro que não”! Porque o deveria fazer? Afinal, a MTV não é nenhum canal financiado pelo Estado Português, logo não tem qualquer obrigação de fazer serviço público (o que quer que isso seja). Certo. Mas, e segundo essa lógica, alguém me explica o que justifica a existência de uma MTV exclusivamente dirigida ao mercado Português? Não tinha mais sentido continuarmos a receber o “feed” da MTV Europe?
Afinal, e bem vistas as coisas, tirando a “voz-off”, a publicidade local, alguns programas legendados em Português e a passagem de um ou outro vídeo de artistas nacionais, será que existem assim tantas diferenças entre a MTV Europe e o seu “franshising” lusitano? Enfim, cada um que descubra as diferenças.
Nos últimos anos, a MTV alterou a sua orientação e apostou forte numa estratégia de renovação do seu público. A “televisão da música” que todos conhecíamos transformou-se num canal de “lifestyle”, destinado a um público adolescente, com idades compreendidas entre os 14 e os 24 anos. Não critico esta opção. É perfeitamente legítima de um ponto de vista empresarial e estratégico.
Como melómano e espectador da estação, aquilo que me incomoda, e me faz alguma confusão, é que um canal que insiste em chamar-se “Music Television” ter relegado a música para um plano secundário, para não dizer decorativo. Por favor, corrijam-me se estiver errado, mas um canal chamado “Music Television” não deveria dedicar-se 100% á divulgação de música? E não deveria ter na sua grelha exclusivamente programas de e sobre música (entrevistas, concertos, reportagens...) em vez de “reality shows” idiotas e concursos absurdos? No meio de tanto lixo, alguém me diz onde pára a música? Alguém imagina o Eurosport a transmitir “reality shows” com antigas estrelas do desporto ou programas onde vedetas do Atletismo nos mostrariam as suas belas casas, os seus potentes carros e o seu magnífico guarda-roupa? Pois..., não me parece! Desculpem o meu “conservadorismo” em relação a esta matéria, mas cresci a ver a MTV e programas como o “120 Minutes”, “Alternative-Nation”, “Most Wanted” , “Headbangers ball” e “MTV Unplugged”. Programas de música para quem gosta de música. De certa forma, e não me custa admiti-lo, eu pertenço à geração MTV. Foi através do canal que descobri muitas das bandas que hoje admiro. Noutros tempos, a divulgação de novos nomes era uma prioridade para a estação. Hoje, com a excepção de um pequeno “oasis” chamado “Brand: New”, acontece precisamente o contrário. A MTV não divulga, não antecipa tendências, não cria fenómenos. Decididamente, esta não é a minha MTV! " I want my MTV! "
Planeta POP
Led (finalmente alguém o fez por escrito)
A procura...
O Palácio da Ventura
Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busca anelante
O palácio encantado da Ventura!
Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formusura!
Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas d'ouro, ante meus ais!
Abrem-se as portas d'ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão -- e nada mais!
Sonetos Completos, 1886