sábado, 19 de novembro de 2005

Sensacionismo



Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo
....
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo,
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu um enxovalho,
Nunca foi senão - princípe - todos eles princípes - na vida
...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana,
Quem confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde há gente no mundo?
...

Álvaro de Campos - "Poema em linha recta"

segunda-feira, 14 de novembro de 2005

Human Mating Strategies


“Humans have evolved a complex menu of mating strategies. These include long-term committed mating, brief sexual encounters, and extramarital affairs. Long-term mate preferences are complex, reflecting desires for many different qualities such as kindness, intelligence, mutual attraction, love, dependability, and good health. Two universal clusters
of sex differences are the desire for youth and beauty (men value more than women) and the desire for a mate who has good financial prospects and elevated social status (women value more than men).

These profound sex differences have been documented not just in studies of expressed preferences; they have also been confirmed in studies of actual marriages, responses to personals ads, and tactics of mate attraction, mate retention, competitor derogation, and intersexual deception. The empirical evidence is strong that men have evolved a more powerful desire for a variety of sex partners. The evolutionary logic for this sex difference is clear-cut – men who succeeded in securing sexual access to a variety of women would have achieved greater reproductive success than men who did not. Nonetheless, there is a hidden side to female sexuality, and some women some of the time also pursue short-term matings. These must have been beneficial for women in the currency of good genes, increased access to resources, or the ability to switch to a superior mate. Nonetheless, women who cuckold their husbands historically have inflicted large reproductive costly on their regular mates. Cuckolded men risk diverting years or decades of parental resources to a rival’s offspring.

The principle of co-evolution predicts that men will have evolved adaptations designed to defend against the diversion of their mate’s sexual and reproductive resources. Jealousy as an emotion has been proposed as one such evolved defense mechanism. The empirical evidence strongly supports several evolution-based hypotheses about the psychological design of jealousy. Male jealousy, more than women’s, is engaged by signals of sexual infidelity and rivals to exceed them on the qualities that women are known to want in a mate such as good financial prospects.

Women’s jealousy, more than men’s, is activated by signals of emotional infidelity (and hence potential long-term diversion of commitments) as well as by rivals who exceed them on facial and bodily attractiveness. Much more research needs to be conducted on the complexities of human mating strategies. At this point in evolutionary science, however, we have some of the broad outlines of the fundamentals of human mating strategies and the ways in which they are designed differently in men and women. Further research is needed on the context-sensitive nature of human mating strategies. Precisely which circumstances might cause a person to shift from a long-term mating strategy to a short-term mating strategy and vice-versa? Which circumstances might trigger an extramarital affair, or conversely, cause someone to forgo an alluring sexual opportunity? How do the various desires combine, given social contexts and a person’s own level of desirability, to form actual mate choices? These and other complexities of human mating are currently being explored by scientists who have grasped the centrality and importance of human mating to so many different dimensions of social living.”

Taken from here!

This cruel pattern can also confirmed here or here or…here!
You can also simply go to a fashionable or high-standard disco (where long-term mating is most happen to kick off) and check out with whom the most attractive girls tend to be. It’s different for each different individuality, but common, this prototype truly exists! It’s not political correct nor it is at all romantic (I praise this above all), but animal sexual selection never was a pretty sight to see.
Yep, this world’s a bitch!Good luck for any of you sexual competitors out there! :)

Led (I wanna be loaded)

domingo, 13 de novembro de 2005

Inevitabilidade Causal ?

“Se se pensa que está consolidada nas democracias a condenação da violência como instrumento político, pensa-se mal. Desde que os movimentos radicais da extrema-esquerda e extrema-direita, que defendiam a violência "revolucionária", perderam influência e se desintegraram nos anos 80, com o fim do surto terrorista que das Brigadas Vermelhas italianas, às FP portuguesas, atravessou toda a Europa, que parecia haver um consenso político de intransigência quanto ao uso da violência nos sistemas democráticos. O caso da ETA e do IRA eram excepções que confirmavam a regra de que em democracia a violência estava de todo excluída.
Mas desenganemo-nos. Bastou surgir uma nova violência, com novos actores e novas causas, ocupando, mesmo que ilusoriamente, o local e a memória dessa violência radical do passado, para se verificar que importantes sectores políticos da nossa sociedade democrática mostram uma enorme complacência com a sua utilização como instrumento político. Nos sectores tradicionalmente da "esquerda", e numa "direita" complexada e temerosa, volta de novo a haver um caldo cultural para que a violência política surja como aceitável, como "justificada".
O mecanismo fundamental de aceitação da violência nos nossos dias é uma espécie de sociologia de pacotilha, mais herdeira do marxismo do que parece, que explica a "revolta dos jovens" (bem-aventurado eufemismo) pelas condições sociais da sua vida. É uma "explicação" que tem muito de voluntarismo político e pouco de ciência, embora, como também acontecia com o marxismo no passado, pretenda fornecer uma inevitabilidade causal. Antes, os proletários deveriam fazer a revolução violenta porque eram explorados e a sua "mais-valia" apropriada pelos capitalistas, agora os jovens revoltam-se porque não têm "esperança no futuro" e são marginalizados. Em ambos os casos há sempre uma explicação social útil, que ilude o adquirido político do pensamento democrático, dissolvendo-o nas mesmas perigosas ideias sobre a "justificação" da violência pela causalidade social.

De novo, aqui se está num terreno de dupla ilusão: nem a "revolta" é tão "social" como parece, e inclui dimensões criminais, de vandalismo juvenil, de "mentalidade", que não são redutíveis à economia, como são deliberadamente minimizadas as motivações de ordem cultural, religiosa e civilizacional, bastante mais importantes do que parecem. É evidente que há factores "sociais" que explicam o que se passa, mas não é por aqui que se vai longe. Há desemprego, guetização, marginalidade, exclusão e racismo, mas há também outras causas de que se evita falar, tão "sociais" como as anteriores, como seja o efeito em populações deprimidas da intensa subsidiação do providencialismo do Estado, gerando expectativas artificiais e um direito permanente de reivindicação, cada vez mais incomportável numa Europa em declínio, da recusa do trabalho por uma "vida de rua" sem controlo, nem "patrão", de discriminações sexuais de origem cultural e religiosa que têm a ver com a ideia patrimonial da mulher muçulmana pelos homens da sua família. O urbanismo dos HLM é culpabilizado, mas cada uma das cités que agora se inflama - e pouco sabemos, porque ninguém nos quer dizer, se é significativo o número de "jovens" envolvido - é um verdadeiro paraíso comparado com os bidonvilles onde os emigrantes portugueses viveram.
Que a explicação "social" circulante é um passe-partout simplista, torna-se evidente quanto ela se centra na condenação da acção policial, na recusa da criminalização dos actos de destruição e violência, na ênfase na culpabilização do Estado, do Governo e dos políticos, na sucessão até ao infinito das desculpas para o que acontece, como se fosse inevitável que acontecesse. Abra-se um jornal, ouça-se uma rádio ou uma televisão, assista-se a um debate e é desculpa sobre desculpa, tudo isto culminando com a conclusão que os "jovens" têm razão em "revoltar-se". Ora isto tem mais a ver com a política do que com a sociologia.
É por isso que nenhuma desta mecânica explicativa se usaria se os tumultos tivessem origem em grupos racistas da extrema-direita, ou de grupos neonazis. Aí, o que se ouviria de imediato era o apelo à repressão, a criminalização ideológica, a exigência de acções punitivas drásticas. Ora, tanto quanto eu saiba, a proliferação de grupos neonazis, na Alemanha de leste, por exemplo, também traduz a mesma "falta de esperança" de uma juventude que tem elevadas taxas de desemprego. Só que aí ninguém avança ou aceita explicações "sociais", e ai de quem minimizasse qualquer violência desses "jovens" que nunca teriam direito a este tratamento tão simpático, mesmo quando também são jovens...
Outra variante da desculpa "social" para a violência é o factor identitário, a crise da segunda geração entre dois mundos culturais muito diferentes. Só que também muito voto para Le Pen e muito da violência racista alemã traduz igualmente a crise de identidade dos nacionais, quase sempre mais velhos e encurralados, face a um mundo que lhes parece estrangeiro, agressivo e hostil.
O que está em jogo não é o pastiche sociológico carregado de culpa que nos querem vender, num daqueles sobressaltos de unanimismo explicativo, a que estamos a assistir cada vez mais desde a guerra do Iraque, feito de pouco pluralismo, simplismos brutais e ideologia dominante do politicamente correcto.
O que está em jogo é o primado do Estado de direito - contam-se pelos dedos de uma mão as pessoas que tiveram a coragem de falar das leis - e, com ele, as nossas liberdades e direitos adquiridos. Sim, são as nossas liberdades e a nossa democracia que ardem nos arredores das cidades francesas, não é Sarkozy, que, se fosse demitido, seria o melhor atestado da fragilidade do Estado francês e a receita para muitos mais tumultos em que ninguém teria mão. A oposição socialista em França e a cizânia dentro da maioria andam aqui a brincar com o fogo.

A minha geração namorou o suficiente com a violência política para a conhecer bem. Tinha as melhores das razões para esse namoro, havia um Estado ditatorial que conduzia uma guerra iníqua. Mas, como muitas vezes acontece, há uma mistura entre as melhores das razões e as piores das ideias, e há que reconhecer que o impulso terrorista que levou aos crimes das Brigadas Vermelhas também existia por cá. Se o 25 de Abril não se tivesse dado em 1974, vários grupos da extrema-esquerda portuguesa teriam caminhado para o terrorismo político que se prolongaria mesmo em democracia. Felizmente, a alegria e a força da liberdade reconquistada varreu tudo e todos e essa mesma geração tornou-se um pilar da democracia portuguesa, a que trouxe outras experiências de vida e luta.

Por isso, podemos perceber bem o que se está a passar na Europa. Os "jovens" são de facto os filhos dos imigrantes, cuja demografia salva e condena a Europa ao mesmo tempo, salva-a da extinção demográfica e condena-a a ser uma Europa em cujo espelho a antiga Europa greco-latina e judaico-cristã, a única que há, não se reconhece. Este dilema não está apenas a fazer arder os carros, está também a incendiar a democracia política com ideias que lhe são alheias e hostis.

Este dilema só pode ser superado com intransigência na defesa da lei e do direito e na proclamação, sem dúvidas, de que não é legítima em qualquer circunstância, insisto, em qualquer circunstância, o uso da violência para obter objectivos políticos quando se vive em liberdade. Este é um adquirido de muitos anos de luta, que custou muito sacrifício e muito sangue, mas é das coisas em que a Europa deve ter orgulho e não culpa. O modo como se está a ser complacente com os tumultos franceses mostra que onde devíamos ter orgulho passamos a ter vergonha, e passamos a ter culpa.

Estamos velhos e com medo, este é o estado da Europa.”

Pacheco Pereira


Led

sábado, 12 de novembro de 2005

Fósforo

Finalmente, dois anos e meio após a invasão, foram encontradas armas de destruição maciça no Iraque.

Mais concretamente, descobriu-se que as forças armadas norte-americanas utilizaram fósforo branco, uma arma química, aquando do seu ataque à cidade de Faludja, há uns meses atrás.
Foram encontrados em Faludja diversos corpos, entre os quais de mulheres, crianças e idosos - não-combatentes - cujas partes expostas se encontravam completamente queimadas por um agente que se supõe ser fósforo branco, hipótese que é confirmada por pelo menos um soldado norte-americano que participou no ataque a Faludja.

Sabemos agora que, tal como o exército iraquiano bombardeou nos anos 80 a cidade de Halabja com químicos, para matar, de forma bárbara, a sua população civil, o exército norte-americano fez o mesmo, em 2004, na cidade de Faludja.
Pormenores...
Led

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

Album of the week: In Your Honor - Has Dave Grohl stretched himself too far?



"As Dave told NME a few weeks ago, it was never part of the Foo Fighters game plan to end up in Planet Rock's premier league, either. In Dave's head this is the same band that began as the few demos that he threw together while bored in the fall-out from Nirvana. Over the years, the line-up has stabilised into guitarist Chris Shiflett, bassist Nate Mendel and, of course, everybody's favourite peroxide party lieutenant, Taylor Hawkins on drums. Sure, they've happened upon a few pan-generational anthems along the way, the best of which being 'Everlong' from 1997's 'The Colour And The Shape', a song so preternaturally uplifting that I want it at my wedding and funeral. But Dave remains fully aware that his place in history remains as a drummer, proved post-Nirvana by electrifying stints with Queens Of The Stone Age, Garbage and Nine Inch Nails. Both of those factors have meant the guy has become a demigod; and when he found himself headlining Reading for the second time, it forced a rethink.

"It was amazing how popular we'd become. We'd reached a level and it meant something," he said. In other words, Dave's decided he wants a piece of the pie in his own right. And who on God's earth could blame him?

'In Your Honour' sets out to blow apart the perception of Foo Fighters as a glorified side-project in the same way that 'American Idiot' destroyed the notion that Green Day were thick. And Dave has done such a great PR job of talking up this record as 'definitive' that there's a heftier weight of expectation surrounding it than any record he's been involved in since 'In Utero'.

Everything about 'In Your Honour' is over the top. For starters they built their own 8,000 square-foot warehouse. Next they decided to use it to make that most preposterous of labours, a double album, one half formed from their heaviest metal, the other an acoustic disc so slight that it's barely even there. No more mixing of messages. This is where they have become great.

Disc One features loads of thundering guitars and manic drum breakdowns, classic Foo structures (brash verse, anthemic chorus) and aggressively contemplative lyrics. Single "Best of You" muses furiously about the frailty of the human heart, asking clunky questions ("Were you born to resist, or be abused?/ Is someone getting the best of you?"), Grohl's chest-screams barely seeping through his bandmates' soupy guitars. The song fades out where it should climax, bleeding into "DOA", a twisty, death-obsessed cut ("It's a shame we have to disappear/ No one's getting out of here/ Alive") with docile vocals (that almost sound as if they were snatched from another song.) Meanwhile, the 70s rock-infused "Resolve", a dynamic call for tenacity, is memorable-- but still weirdly reminiscent of nearly every Foo Fighters single ever shot to radio
It's the quiet half that really makes you point and look. We've been here before of course, their starting point clearly being the solemn 'Walking After You', again from 'The Colour And The Shape'. And there was a lone moment of sublime contemplation that really did deserve a revisit. Here, finally, is the sound of a band pushing themselves, in its very restraint. If you were in Foo Fighters, it really must be difficult to resist the temptation to rock out with your cock out, but they manage it here. Disc Two opener 'Still' wafts in on a cushion of opium reverb and its feet never quite touch the ground; it's apparently the tale of a teenage suicide Grohl witnessed back in Virginia at the age of ten. Already you get the feeling that after having a rip-roaring good time of the rock half, this is actually the new Foo Fighters album. The seriousness continues on 'Friend Of A Friend', a harrowing story of wasted youth that dates back to Grohl's earliest days in Nirvana. But there's light as well: Taylor Hawkins, the band's resident funboy, gets a go at fronting the band on the zippy, handclappy 'Cold Day In The Sun', the closest cousin of vintage acoustic Foos tracks like 'Big Me'. But most striking of all is the fabled Norah Jones collaboration 'Virginia Moon', a lilting bossa nova smooch that's all the more lovely for being played totally straight.

Dave wanted this to be remembered as the definitive Foo Fighters album. Well, we're afraid that one's still 'The Colour And The Shape'. 'In Your Honour', on the other hand, feels a bit like your bedroom partner trying on all kinds of flash costumes and gadgets to try and excite you, and the realisation that it wasn't really necessary and they wouldn't have had to bother had you just shown them a little more love in the first place. But then you still have a rip-roaring session anyway, even if you do now have to live with the image of your girlfriend having the face of Dave Grohl.
There is a ten-on-ten single album lurking somewhere within this record's mammoth tracklisting but even that wouldn't be the sort of Green Day-style reinvention that silly us were expecting; because you don't want that from Foo Fighters. Like New Order or the post-Richey Manics, they've always been the sound of survival, and survival is a dependable, workmanlike thing that, just like Uncle Dave, is never supposed to be too dangerous. At least when he isn't behind the drumstool, Grohl is never going to make your spine do somersaults and you wouldn't want him to. The guy that once did that - his mate, our Messiah - is dead. Instead, Grohl can rest easy simply being the everyman. 'In Your Honour' is fine, but Dave didn't need to try being superhuman, because there goes my hero: he's ordinary. "
From Pitchfork and NME

Led
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quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Analepse

E uma saudade mais funda, uma instantânea dissolução de todas razões de existir. Então ergo-me sem me erguer, porque na imaginação é que é tudo. Ou na memória. As coisas transcendidas à pureza da sua verdade nesta súbita opressão de uma casa vazia. Dou a volta ao escritório todo com um olhar, os móveis quietos no seu lugar, o sofá, os quadros, o vaso de vidro verde, os cortinados suspensos, filtrando a luz da noite até à intimidade comigo, tudo à espera de continuar a ser quotidiano, apelando a atonia...
...Eis que porém me recomponho, te arrebato à minha violência, rebento os ferros cruzados da nossa cumplicidade mútua, do nosso pecado comum, da nossa distância interposta. Corro liberto ao longo do areal deserto, o sol ainda ao alto, disparado de fulgor, o mar raiado no horizonte, injectado de grandeza às minhas veias, sou livre! Poderoso! Absoluto! Como poderia errar a juventude do meu sangue? Largo atrás o rasto do meu signo mortal e os meus olhos iluminam-se à evidência da luz oblíqua...corro desembaraçado e deixo toda a trampa metafísica opressiva para trás...vejo-te no extremo da rampa de areia e acenas sorridente...corro para despojar-me de uma vez, íntegro e esclarecido, todo no ar. Efémera a vida, eterna, tu – como poderia mentir-me a beleza feroz da minha raiva? Tu aérea, no horizonte da minha vida, my love, e a comoção do teu sorriso doçe desdobrado a um apelo infantil...
...Pelos vidros da janela deste escritório te relembro mais um pouco...No silêncio audível das coisas a noite cai devagar, uma aragem recompõe a respiração da terra...
Led

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

The Holy Grail of Rock and Roll



“In May 2002, Courtney Love bragged to Rolling Stone: "I have the Holy Grail of rock and roll," referencing the already-legendary box of 109 unreleased Nirvana and Kurt Cobain demos, outtakes, and experiments. "Not all of it's great," she admitted. "On those tapes are everything from shitty collages to some pretty stunning, awe-inspiring acoustic songs to stupid, fucked-up shit." In 2004, just in time for Christmas, bits from Love's infamous cache of cassettes appeared on the With the Lights Out box set, a collection of 61 tracks with a list price of $60-- the supposedly definitive postscript to Kurt Cobain's April 1994 suicide.

Sliver: The Best of the Box is a pared-down version of With the Lights Out, adding three tracks that didn't appear on that set. Without getting too deep into shifty-eyed corporate conspiracy theories (the previously unreleased demos included here are said to be "freshly" unearthed), it's difficult to see Sliver as anything more than a sneaky swindle designed to aggravate Nirvana completists who already own the box set and don't otherwise require another non-self-compiled best-of. But no matter how much slack you're willing to cut Geffen, Sliver reeks of manipulative marketing. Granted, posthumous releases are always delicate ground-- publishing Cobain's private journals, for instance, made plenty of his followers squirm-- but this is excessive.

What's worse, none of Sliver's three new songs are particularly revelatory or dynamic: The long-sought-after rendition of "Spank Thru"-- which, strikingly, has never even been available on bootlegs-- is pure artifact, hinting at an embryonic Nirvana. While diehard fans are no strangers to the song itself (a later version appeared on the legendary Sub Pop 200 compilation, while 1996's From the Muddy Banks of the Wishkah-- already the second posthumous Nirvana release-- featured a live cut), Sliver's version appeared on 1985's infamous "Fecal Matter" demo tape, and features a throaty, 18-year-old Cobain on guitar and vocals, backed by the Melvins' Dale Crover on drums and bass. Oddly, the quality of the recording is stellar in contrast to the rest of the album's material, and every vocal tic and nuance is instantly palpable. Still, complete with mid-song coughs and ridiculous electric guitar wrestling, "Spank Thru" was obviously never destined to hit record stores, and while it's an interesting anthropological bit (and a charming ode to jerking off), Sliver's melodramatic unveiling of the track is somewhat insulting to Nirvana's devoted legions.

Sliver also offers a demo of "Come as You Are", supposedly recorded for Butch Vig in 1991 before he began working on Nevermind. Unsurprisingly, it sounds shitty, and nothing new or particularly interesting transpires in its four minutes.
The most worthwhile of the three bonus tracks is a 1990 studio demo of "Sappy", a version of which appeared as an unlisted track on the 1993 charity compilation No Alternative. (The song, which had no official title on that disc, was often referred to as "Verse Chorus Verse"-- even now, dissenters wrestle over which version of the song deserves which title). Here, it's studio-quality, and, though slightly more plodding than the No Alternative version, still a great track.

Chances are, most Nirvana fans are hungry for rare and unreleased songs, not scrappy demos of singles or semi-absurd teenage wankery. Still, there is a bit of good news. As plenty of critics and fans agreed in 2004, With the Lights Out was overstuffed, curated without care, and bloated by poorly recorded, destined-for-the-recycling-bin demos and unflattering vocal portraits. Sliver fulfils its promise to cull "The Best of the Box" (see: "Do Re Mi", "Old Age", and a live "Floyd the Barber"), and though it may be irritatingly superfluous, as a collection of B-sides, demos, and outtakes, it lives up to its subtitle.

Sliver: The Best of the Box will be the fourth Nirvana album to be released following the suicide of singer/guitarist Kurt Cobain in April 1994.

According to Rolling Stone magazine, the title and cover photograph for Sliver: The Best of the Box were chosen by Frances Bean, the daughter of Cobain and Courtney Love. The cover photograph shows a pile of Nirvana and Cobain tapes strewn about, including a copy of the Fecal Matter demo.”

From Pitchfork and Wikipedia
Led
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sábado, 22 de outubro de 2005

Groovin' world beat lounge



Quatro extraordinárias sugestões para quem gosta de trance chill-out fundida com música tradicional indiana e paquistanesa:
Chill In India, vol.1 (2003) - A personal voyage to downtempo lands
Chill In India, vol.2 (2004) - A personal voyage to downtempo lands
Buddha Lounge, vol. 2 (2000)
Buddha Café (2005)

Altamente recomendável.
Abraço.

Led (hipnotizado)
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sexta-feira, 21 de outubro de 2005

First Impressions of Earth



"First Impressions of Earth", the highly awaited third album from The Strokes, is expected to come out to the market in January 2006. The Strokes are currently mixing 14 tracks with producer Andy Wallace in New York. The track list is:
"You Only Live Once",
"Juicebox",
"Heart in a Cage",
"Razor Blade",
"On the Other Side",
"Electricityscape",
"Killing Lies",
Fear of Sleep",
"15 Minutes",
"Vision of Division",
"Red Light",
"Evening Sun",
"The Eyes Of The World",
"Ask Me Anything".

Frontman Julian Casablancas has given fans the inside story on the band's eagerly-awaited third album. Since 2003's 'Room On Fire', the band have ditched long-term producer Gordon Raphael in favour of David Khane, who has worked with [a][/a] and Sugar Ray. Now with the record nearing completion, Casablancas told the Alone, Together fanclub that Khane has taught the band to expand their canvas musically. He said:

"I think (Khane is) really cool. I think when you first meet him though, you can get caught in the façade. He has a very technical knowledge and he'll be very quick to casually spew it out. You might think he's just some serious slick hit-maker and that he doesn't care about music, but that's what he's all about: music. He cares about it so deeply that if you change a little part, and you're hurting the song, he'll cry. "He likes that atonal modern stuff, so he doesn't mind being weird and original, and that's what he prays for. "But then, sometimes something that just has a cool thing that's not popular, he'll want to transform it into something that could be more accessible, but all its coolness is erased. That's the main compromise that we have trouble with. I mean sure, I understand on every mindless level why it's like, pleasant, but no, it's not what I want to sing. It's the difference between lame and cool."

Casablancas continued: "Some things on the drums are going to be tricky, and Albert (Hammond Jnr, guitars) may have to mimic two rhythms at times, but it's all do-able. It's not like we have a lute and a harp and it's going to be there live. There's delay on it. I never liked it, but now it's sort of everywhere on the record. Not crazy eighties reverb, just enough to give a lot of the instruments space so it sounds fuller, bigger, and louder, and what I used to call 'More professional'."

The songs see the band moving into more experimental areas, something drummer Fab Moretti believes is down to the relaxed atmosphere created by building their own studio into their Midtown Manhattan Music Building rehearsal space.

He revealed: "To get where we are right now we couldn't have the pressure of hearing the fucking change fall in the bucket every time seconds passed (in the studio). So instead of using the money they (the label) were going to give us to make the third record at a studio, we just bought our equipment and now we have it permanently and we don't feel that guillotine falling. It really helps us to explore."

Album three marks a distinct shift from the serious and sometimes anxious attitude that has previously surrounded The Strokes camp, and credit has been given to producer David Kahne, who brought a different side out of the band.

"I feel like this was the perfect amount of time and it's gonna be the perfect set up for the record," Moretti said, "because we'll be able to go to all the places we want to go and not feel like we don't have the best possible record we could have on our hands."
First single Juice box” already came out in the end of September and the album is now being mixed at Soundtrack Studios.
Led
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A morte do tabu



"Bastariam os tiques autoritários de Cavaco Silva ou aquela postura de salvador da Pátria para eu rejeitá-lo, o contacto com a história deste país levou a que tivesse alergia a este tipo de personagens. Mas há mais razões, muitas mais razões para rejeitar Cavaco Silva e ainda muitas mais para detestar o cavaquismo:

Cavaco o ministro das finanças competente que encaixa no imaginário ruralista da direita portuguesa? Mas não foi um Cavaco que quando foi ministro das finanças que revalorizou o escudo com objectivos eleitorais, obrigando o país a ir mais uma vez mendigar para a porta do FMI?

Cavaco o presidente que velaria pelo bom desempenho do governo? Mas não foi Cavaco que teve ministros com uma Manuela Ferreira Leite na Educação, Braga de Macedo (o do oásis) nas Finanças, o Borrego das anedotas de mau gosto no Ambiente, e muitos outros que só o tempo levou a que já não façam parte do anedotário?

Cavaco o homem que vela pelos interesses da Nação? Mas não foi Cavaco que governou em função das sondagens eleitorais, que inventou as corridas às inaugurações e os aumentos da pensões no fim dos mandatos?

Cavaco o candidato não partidário? Mas não foi com Cavaco que todos os que eram nomeados para cargos dirigentes na administração Pública era “convidados” a inscreverem-se no PSD, para depois participarem em mega-cerimónias de boas-vindas ao partido?

Cavaco está preocupado com a situação difícil do país? Mas quando abandono o governo não deixou as finanças públicas num estado bem pior do que o actual, muito devido à nomeação do pior director-geral que passou pela DGCI? Mas a crise profunda que o país atravessa não resulta do seu modelo económico?

Cavaco quer ajudar o país? Mas não teve uma excelente oportunidade de o fazer apostando no ensino ou outros sectores como a investigação em vez de estoirar os fundos comunitários em cimento, alcatrão e automóveis de luxo para os que enriqueceram á sombra do seu poder?

Cavaco o homem honesto? Mas não foi com Cavaco que gente que nunca foi nada na vida se transformaram rapidamente em banqueiros? Não foi com o cavaquismo que a corrupção, fuga ao fisco e o enriquecimento rápido se tornaram fenómenos asfixiantes do desenvolvimento do país?

Cavaco o respeitador da democracia e da Constituição? Mas não era ele que designava todas as instituições por forças de bloqueio? Desde a Presidência da República ao Tribunal de Contas não eram todas forças de bloqueio?

Cavaco o estadista com conhecimento internacional? Mas alguém, além de Durão Barroso, o conhece depois de passar a IP5? Que se saiba na Europa só deverá ter uma leve ideia do ex primeiro-ministro português a pensionista Margareth Thatcher.

Cavaco o candidato por imperativo de consciência? Também foi por imperativo de consciência que ajudou à derrota eleitoral de Fernando Nogueira e que derrubou o governo de Santana Lopes, para que não houvessem impecilhos no caminho da sua ambição presidencial?
Cavaco? Quem não o conhece que o compre…" de o Jumento

Led (Cavaco não é tão mau como a esquerda pensa e é muito menos do que a direita deseja)
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quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Angustiante


Angustiante!
Tinha imensas ideias novas e geniais (e utópicas, como vim a saber mais tarde) para a disposição deste blog infame mas acabei por sucumbir à fastidiosa linguagem html...Arghhh...estou completamente farto de tentar descortinar códigos e regras opacas e inanimadas!
Tirada populista: Porque será que ainda não inventaram uma maneira de isto tudo responder à voz?....
Marracocheco chocatita....
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Preciso desenfreadamente de ar puro...ou então vou mesmo é ver o “Trio de Ataque” repetido que está agora a passar na caixinha milagrosa (a verdadeira).
Um abraço alienado!

Led (não percebo nada disto)
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14 anos depois



"Poucas vezes uma derrota com o Benfica, mesmo que no Porto, me causou tão pouco abalo como a de sábado passado. Primeiro que tudo porque eu troquei uma ida ao Dragão por um fabuloso fim-de-semana de caçada às perdizes, na zona beira do Tejo Internacional. E, quando se está a caçar perdizes, entre amigos e naquela paisagem despojada e selvagem, tudo o resto toma uma importância relativa: como escreveu Shakespeare no Hamlet, com aplicação directa à paixão futebolística, «há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que a tua vã sabedoria supõe». Segundo, porque eu percebi, ao minuto zero do jogo e quando vi a equipa escalada por Adriaanse, que as coisas não iam correr bem, e logo me preparei para o pior; e percebi, por volta do minuto 20, que só o Benfica poderia ganhar aquele jogo. Em terceiro lugar, porque aquilo que verdadeiramente me faz sofrer é quando o FC Porto joga bem e perde, ou quando factores externos conduzem à derrota, sem mérito para o adversário. Mas, desta vez, nem a criteriosa escolha de Lucílio Baptista (just in case...) se revelou necessária: a defesa portista, as asneiras de Adriaanse e o mérito do Benfica foram mais que suficientes para um desfecho que se revelou perfeitamente natural. E, para que conste, justíssimo e sem contestação possível.

Mas, tomem nota, também: numa semana em que, como habitualmente, a minha estimulante colega de coluna, Leonor Pinhão, fez questão de relembrar acidentes passados da última vez que o Benfica ganhou no Porto, revelando que o seu presidente de então, Jorge de Brito, teve de sair do estádio de ambulância e disfarçado de doente (estaria mesmo disfarçado ou estaria mesmo doente?), desta vez os selvagens do Porto receberam o Benfica sem a mínima razão de reclamações, excepto as de má-fé. Parece que, no hotel onde a equipe lisboeta dormiu, dois petardos (e não «três ou quatro», como disse o presidente benfiquista) foram lançados na rua por energúmenos de passagem, que existem infelizmente em todas as cidades e todos os clubes. E nada mais. Nem as provocações lançadas em Gaia no próprio dia do jogo por Luís Filipe Vieira encontraram qualquer eco ou qualquer resposta de dirigentes ou gentes portistas, que se mantiveram alheios ao ambiente toda a semana e assim continuaram depois. Nem o aparato policial requisitado pelo Benfica para se deslocar ao estádio encontrou qualquer justificação no ambiente vivido. Os adeptos benfiquistas compraram todos os bilhetes a que tinham direito e não os 1008 que a direcção benfiquista quis instituir para os adeptos portistas na Luz. Viram o jogo tranquilamente e sem quaisquer incidentes, antes, durante ou depois, e festejaram pacificamente a vitória com os seus jogadores, mesmo apesar da atitude desafiadora de um tal José Veiga, que consegue a proeza de, tendo servido dois clubes rivais, ser igualmente detestado pelos adeptos de ambos. E, tal como anunciara previamente, o presidente do Benfica viu o jogo no camarote presidencial, sem direito a insultos, a cartazes ofensivos, a cânticos hostis ensaiados ou a conferências de imprensa improvisadas no final para o ofender pessoalmente. Para que conste, também. E para comparação futura.

Ronald Koeman derrotou Co Adriaanse em toda a linha e com laivos de maquiavelismo. Koeman estudou bem o FC Porto e montou uma estratégia para vencer. Adriaanse, tal como já sucedeu outras vezes esta época, deu ideia de não conhecer o adversário e limitou-se a mandar 11 lá para dentro e esperar até ao 0-2 que eles resolvessem o assunto a golpes vadios de inspiração. Depois de ver como um e outro encararam o jogo, não me admira que Koeman esteja a ganhar 7-0 nos confrontos com Adriaanse.

Mas não esperem de mim que, por causa de uma derrota, ainda que exemplar, venha desdizer tudo o que de bom já disse sobre Co Adriaanse. O meu lenço branco continua no bolso. E eu continuo a pensar que ele tem razão em privilegiar o jogo ofensivo - não apenas em teoria mas no concreto, atendendo aos jogadores que tem, para atacar e para defender. Continuo a pensar que ele tem razão em ser um dis-ciplinador e muitas das suas ideias têm toda a lógica e fazem todo o sentido. Mas também não posso deixar de reforçar as críticas que já lhe fiz e cujo único erro de que me penitencio foi ter pensado que eram detalhes corrigíveis e afinal estarem-se a revelar problemas de fundo. Adriaanse é teimoso até ao absurdo, é autoritarista até ao ponto de isso prejudicar as suas boas ideias em matéria de disciplina e tem um excesso de autoconfiança e um défice de humildade que facilmente se transformam em autismo e arrogância, com evidente prejuízo da equipa. Dá que pensar e é matéria de séria preocupação que só o treinador não consiga ver o que qualquer um vê à vista desarmada. Os três erros fatais cometidos por Adriaanse no jogo contra o Benfica foram demasiado gritantes para serem desculpáveis e foram causa decisiva da derrota. Poucas vezes se poderá dizer com tamanha segurança que uma equipa foi derrotada pelos erros do seu treinador.

O primeiro erro fatal de Adriaanse foi, obviamente, a defesa. Talvez ele não tenha a culpa toda pelo facto de o FC Porto não ter um único grande central e jogar com dois laterais adaptados: ou seja, de não ter um único bom defesa de raiz. Mas, se prefere jogar com Bosingwa adaptado que com Sonkaya, por ele indicado para a função, então tem de explicar a Bosingwa o mínimo que é de esperar de um lateral - por exemplo, que, se o avançado contrário pode cabecear a bola para golo e ele está por ali, é de esperar que tente também cabecear a bola, em lugar de ficar a olhar. Depois, tem de dizer aos centrais que não podem subir os dois nos cantos, proporcionando contra-ataques como o que deu a vitória ao Artmedia e o que ia dando o 3-0 ao Benfica. E, finalmente, não pode, sob pena de suicídio continuado, insistir nos dois piores centrais dos cinco que tem ao seu dispor. Ricardo Costa já teve sobejas oportunidades para mostrar o que valia e já deu suficientes provas de que a sua vontade e a sua ambição não têm correspondência no seu valor. Quanto a Bruno Alves, esse só pode ser um caso evidente de erro na origem: se realmente tem talento para jogar futebol, de certeza que não é a defesa-central. E, depois daquela vergonhosa atitude para com Nuno Gomes, a questão é a de saber se pode voltar a ter lugar na equipa principal do FC Porto. Como quer que seja, os factos falam por si: esta dupla de centrais em que Adriaanse se fixou encaixou sete golos nos três jogos que fez, dois dos quais jogados em casa. Tremo só de pensar que lhe estará reservada a tarefa de amanhã enfrentar Adriano e companhia.

O segundo erro do homem que disse que não iria mudar nada por se tratar do Benfica foi ter mudado o que não devia e não ter mudado o que devia. Não mudou a defesa, que tão más provas vinha dando, e ela enterrou a equipa. Não deu descanso ao Lucho González, que grita desesperadamente por alguns dias de repouso, ao fim de um ano inteiro a jogar sem pausas, e que regressara 24 horas antes do Uruguai, depois de dois jogos e duas viagens intercontinentais em sete dias. Tirou o Diego, que estava a jogar bem, e meteu finalmente o Jorginho na sua verdadeira posição, só que tarde e a más horas, porque salta à vista que o Jorginho atravessa uma crise de forma a pedir banco urgente. E, finalmente, mexeu no ataque, que era a sua melhor defesa face à incompetência larvar da defesa, e, fazendo-o, quebrou as rotinas adquiridas, sem que a alternativa tivesse mostrado um mínimo de inspiração ou trabalho de casa.

O terceiro erro já é um clássico e um mimetismo típico de treinador português, que Co Adriaanse parece ter assimilado até ao âmago: quando o jogo é complicado olha-se para a lista de jogadores e tira-se o mais criativo deles, o desequilibrador nato, aquele que o adversário mais teme, a benefício da suposta consistência da equipa. Ganhei, infelizmente, duas apostas feitas com um amigo: uma, que Adriaanse iria deixar o Ricardo Quaresma de fora da equipa inicial; outra, que o meteria à pressa, assim que estivesse a perder, porque também isso é um clássico: os génios não servem para ganhar jogos, só servem para salvar jogos perdidos. Só não esperava é que a sua parcimónia fosse tamanha que, quando finalmente meteu o Quaresma em jogo, depois de longos minutos a dar-lhe instruções inúteis, já houvesse 2-0 e nada a fazer.

Eu sei que o mister Co Adriaanse, para além da sua teimosia flamenga, também não fala e não lê português, o que muito contribui para o autismo em que vive. Talvez seja altura de Pinto da Costa começar a aprender holandês, antes que, por delicadeza, como disse o Rimbaud, tudo esteja perdido."

Miguel Sousa Tavares (18-10-05)

Led (amanhã lá estarei nas bancadas do dragão e com o lenço branco no bolso a apoiar a equipa até ao final vitorioso)
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quinta-feira, 13 de outubro de 2005

Compulsive game



Turn your sound speakers on at a high volume before starting the game; it’s a great music! Drive the blue point through the labyrinth without touching the walls. See if you can finish the match!
Enjoy!:)
Led (thanks Rubbish)
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Festa das Latas 2005



O meu único comentário ao cartaz:
Porquê abrir o precedente a bandas internacionais se o que se escolhe é sempre tão vulgar?
Orishas e Skin? Bahhh...


PS:
Bilhete Geral - 28 euros
Quinta-Feira - 2 euros
Sexta-Feira - 8 euros
Sábado - 10 euros
Domingo - 8 euros
Segunda-Feira - 10 euros
Terça feira - 5 euros

Led
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terça-feira, 11 de outubro de 2005

Autárquicas


“Não a vale a pena a tentativa do PS de negar que uma parte da desfeita eleitoral tem a ver com efeitos colaterais da acção do Governo. É patente que assim é; e nem sequer é surpreendente. Surpreendente seria que não tivessem efeitos nem a grave situação económica e financeira do País nem as medidas de austeridade que atingiram a generalidade das pessoas (como a subida do IVA), ou largos sectores sociais, como são os funcionários públicos, em geral (como o aumento da idade de reforma), ou certos segmentos deles, em particular (como os beneficiários dos regimes especiais), isto sem falar de outros aspectos menos positivos da acção governamental, como algumas nomeações mal-avisadas e decisões controversas insuficientemtente fundamentadas (como os grandes investimentos públicos).

Não faz nenhum sentido negar essa natural repercussão, nem é por acaso que o principal beneficiário dela é o PCP, como sucede sempre em períodos de contestação social. O que faz sentido, pelo contrário, é assumir esse efeito como fenómeno natural e reafirmar que só a continuação das reformas poderá trazer, a prazo, uma inversão do sentimento negativo da opinião pública. O pior que poderia suceder era, para além de negar o inegável, interiorizar a ideia de que é preciso suspender ou interromper o caminho das reformas, só para recuperar a curto prazo o favor dos descontentes. Para além de um mais eficaz esclarecimento público das políticas adoptadas, o voto de protesto que explica uma parte dos resultados eleitorais só deve suscitar um reforço do ânimo para levar a cabo a obra de disciplina das finanças públicas, de reforma administrativa, de recuperação económica do Pais e de salvamento do Estado social.” Vital Moreira
Sendo uma expressiva vitória do PSD quanto ao número de câmaras municipais conquistadas (uma parte delas em coligação com o CDS/PP), e uma concomitante derrota do PS, as eleições locais estiveram longe de ser um triunfo da direita em toda a linha. Pelo contrário: por um lado porque o PS foi o partido mais votado com 35,82% dos votos nacionais contra 28,27% do PSD (mesmo depois de desagregados os resultados das coligações PSD-CDS/PP); por outro lado, a direita continua a ser minoritária, pois a soma dos votos do conjunto da esquerda supera por boa margem o conjunto da direita. Por isso, também não procedem as ilações apressadas que alguns tentaram tirar quanto às próximas eleições presidenciais, embora a vitória do PSD constitua um inegável tónico para a candidatura de Cavaco Silva.

A ver :
Led

domingo, 9 de outubro de 2005

Toca a votar


Led
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Switch your radio on


Another day, another garage rock revivalist... Power chords, adrenaline-amped rhythms, and safe melodies all combined together.
Yep! The second wave of smelly 80’s revivalist post-punk-pop-rock opportunistic bands has landed:
PROTOCOL – EDITORS – MAXIMO PARK - THE CLOUD ROOM - THE PRESETS - BLOC PARTY- KASABIAN – THE CHALETS - ARCTIC MONKEYS - THE BRAVERY - HOT HOT HEAT – CLINIC- ELECTRIC SIX – THE ZUTONS – KAISER CHIEFS - THE FUTUREHEADS – RAZORLIGHT - THE RAKES – BABYSHAMBLES- THE WALKMEN …and yada yada yada.

I have had a hard time thinking of anything to say about these brandish type of bands because even if I like some of them at the moment I am listening to it, usually it goes completely out of my head. Right now I cannot for the life of me, think how any of their songs go, what they are called, anything about them. It's weird ... it makes it hard for me to get into them, since most of the time I get hooked on bands by getting their songs in my head (in a good way). Maybe because they’re all insanely dull, void and repetitive? Maybe…

There are some few but good exceptions, such as "The Killers", "The Arcade Fire", or even "Franz Ferdinand" (not real my type but I understand why many people like them. But if I hear another reference to them as the "British Strokes", I swear I'm jumping off!).

I think you (informed people) know as well as anybody that there is an awful lot of good music out there right now, but you have to go looking for it, which most people aren't willing to do. When an average good band like one of these 3 comes along and gets a lot of popular press, it sounds incredibly fresh next to most of the forgettable rubbish that camps out on the radio and Billboard charts right now. However, in general terms the accompanying "rock 'n' roll is back" hype is a bit baffling to folks that know it never really left in the first place. I am sure we will all be thoroughly sick of them in a few months, at which point everyone will move onto the next "next big thing". They are all particularly vivid examples of bands that the music industry picks up, chews on and then spits out a little bit later ("The White Stripes" and "The Libertines" imagery came suddenly into to my head…don’t know why).

Honestly, complaining about commercial rock these days is just silly and useless. It sucked hard for about five years ago. What would happen if all these hypster bands weren't around? Would there be 10 times as many Creed/Limp Bizkit/ Kid Rock/ Nickel back/ Avril Lavigne bands in the world instead? To tolerate one or two of these present bands that do it better than the rest wouldn't actually hurt. If this “indie–turns-commercial” wave hadn’t happened, would we knew about any decent stuff such as The Strokes or Interpol? I don’t think so! So…moderation and filtration I supose? I guess so.
Led
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sábado, 8 de outubro de 2005

Ele tem razão


"Nas semanas em que há jogos europeus a desvantagem de escrever no início da semana, como eu, é que os jogos europeus já estão desactualizados face aos jogos do campeonato que, entretanto, tiveram lugar ao fim-de-semana. É o caso, agora: para um portista o grande tema de meditação, esta semana, não pode deixar de ser a incrível derrota europeia frente àquela equipa com nome de agência de publicidade, e as subsequentes declarações que, sobre ela, fez o treinador Co Adriaanse, bem como as inúmeras reflexões que essa derrota e os comentários do treinador portista inspiraram. Só que, entretanto, houve o jogo da Madeira, susceptível ou não de mudar as conclusões que já teriam sido tiradas. Ora bem. Sucede que, por acaso, eu acho que nem é assim.

A derrota contra o Artmedia, o empate contra o Marítimo e as declarações de Adriaanse de que não iria mudar a sua filosofia e o seu estilo de jogo, apesar das sucessivas desilusões motivadas pelos descalabros defensivos dos portistas, permitem um julgamento comum sobre as razões do treinador do FC Porto. Os factos (os resultados) dão-lhe ou não razão, na sua crença de que o futebol de ataque é a solução adequada — em geral e, em particular, para o caso desta equipa do FC Porto? Há ou não razão para lenços brancos? A minha opinião é que Co Adriaanse tem razão — e julgo que comigo está a generalidade dos adeptos portistas. No geral porque é mil vezes preferível, como espectadores, um futebol de ataque, que traz espectáculo, emoção e beleza ao jogo, que aquele futebol completamente estéril e passivo que a equipa jogava no ano passado. No particular porque, olhando para a actual equipa do FC Porto, é fácil perceber que, face àquela defesa de gelatina, a melhor defesa possível... é o ataque. Muita gente criticou Adriaanse por ele não saber defender os resultados, ter uma estratégia suicida de ataque, nunca parar em busca do maior número de golos possível. Para esses espíritos desassossegados por tanta coisa nova e diferente Adriaanse deveria ter posto o FC Porto à defesa assim que chegou ao 2-2 em Glasgow e deveria ter parado de atacar assim que chegou ao 2-0 contra o Artmedia, em lugar de continuar à procura do 3-0. Pois, mas os factos podem ser vistos de outra perspectiva, onde os críticos perdem a razão: mesmo a jogar com 10 o FC Porto teve duas oportunidades de chegar ao 3-2 em Glasgow e, se o tem conseguido, pelo menos não acabaria a perder o jogo; teve uma oportunidade inacreditavelmente desaproveitada de chegar ao 3-0 contra o Artmedia e, se o tem conseguido, pelo menos não perdia o jogo; e, da única vez que recuou e defendeu o resultado — no Funchal a jogar contra 10, a um quarto de hora do fim —, acabou por consentir o empate. Moral da história, do meu ponto de vista: com uma defesa que, seja contra quem for, sofre habitualmente dois ou três golos, a única salvação possível é que o ataque e o meio-campo ofensivo consigam pelo menos marcar três e, de preferência, quatro.
Deixemos de parte o recente e estranho jogo contra o Marítimo, em que, a par da pior exibição da época, o FC Porto foi surpreendido (como todos fomos) por um Marítimo que, em quatro dias de treinador novo, ressuscitou da nulidade e apareceu pujante de futebol e de energia, correndo sem parar, ao ponto de, a jogar com 10, ter conseguido encostar o FC Porto lá atrás a 15 minutos do fim. Vamos ver se esta extraordinária e instantânea ressurreição se confirma e em que termos nos jogos seguintes. (Só dois apartes, para contrariar as verdades feitas: o golo anulado ao Marítimo foi, tal como o golo anulado ao FC Porto, bem anulado, porque entre o jogador do Marítimo e a linha de golo só havia um portista no momento do passe—o Bruno Alves; o invocado penalty que terá sido sofrido por um sujeito do Marítimo que se viria a distinguir por cuspir na cara dos adversários e entrar a matar sobre eles depende da vontade de cada um — para mim trata-se de uma penalty à João Pinto, um estafado número que consiste em adiantar a bola para onde já não se pode ir buscá-la e depois arrastar a perna deliberadamente para encontrar a perna do defesa que tenta cortar a bola.) Mas, à parte esse atípico jogo com o Marítimo, o que o marcante jogo contra o Artmedia mostrou foi apenas aquilo que já se sabia. O que falta a este FC Porto, em minha opinião, é aquilo que aqui escrevi a seguir ao jogo contra o Glasgow Rangers: o fim do azar e uma defesa minimamente capaz. Compare-se com o Sporting, contra o Halmstads. Perdeu também por 2-3 mas o adversário ainda poderia ter marcado outros três. Já o Artmedia e o Rangers chutaram, cada um deles, quatro vezes à baliza do FC Porto, acertaram três vezes e das três foi golo. Em contraste, o FC Porto chutou 28 vezes à baliza do Artmedia, 25 à do Rangers, perdeu quatro ou cinco oportunidades flagrantes emcada um dos jogos, teve 62% de posse de bola no primeiro jogo e 68% no segundo, teve seis vezes mais ataques e seis vezes mais cantos que ambos os adversários... e perdeu os dois jogos. Independentemente dos erros defensivos, é forçoso reconhecer que apenas um pouco menos de azar e as histórias teriam sido outras. Agora sobeja a outra verdade incontornável. O FC Porto tem o terceiro melhor ataque entre as 32 equipas da Liga dos Campeões, é a equipa que mais ataques fez, mais remates fez, mais posse de bola teve. E a pior defesa. Nenhuma equipa com aspirações europeias se pode dar ao luxo de marcar quatro golos em dois jogos e perder ambos. Ou de sofrer oito remates à baliza e encaixar seis golos. É simplesmente impensável.

Ao longo das últimas décadas o FC Porto habituou os seus adeptos a ter sempre um ou dois grandes defesas-centrais em acção. De trás para a frente, foram os ciclos de Ricardo Carvalho, Jorge Andrade, Aloísio (10 anos!), Geraldão, Celso, etc. Nunca, que me lembre, o FC Porto iniciou uma época sem ter um grande central, pelo menos. Aconteceu este ano, em que o melhor deles, Jorge Costa, está, ainda por cima, encostado ou lesionado. A dupla dos últimos jogos — Ricardo Costa e Bruno Alves — é a pior de todas, com a agravante de ter nos flancos dois laterais adaptados. E, quando assim é, não há milagres. Ricardo Costa bem se pode justificar dizendo que a responsabilidade de defender é de todos e não apenas dos defesas: é tão verdade como dizer que a responsabilidade demarcar golos é de todos. O que sabemos é que a frieza dos números demonstra que o ataque tem cumprido a sua obrigação, a defesa é que não. O problema só tem solução de fundo e esta só pode chegar em Dezembro e cara. Daqui até lá, porém, decide-se o destino do FC Porto na Liga dos Campeões. Para que ele seja feliz é preciso que a sorte mude e a defesa portista seja capaz, ao menos, de não encaixar dois ou três golos todos os jogos. Entretanto, não vejo que vantagem possa haver em pedir a Co Adriaanse que ponha a equipa a jogar com base num sistema que depende do sector em que ela é mais fraca. Se não sabe defender, a única coisa que o FC Porto pode fazer é atacar. E quanto mais melhor."


Miguel Sousa Tavares (04/10/2005)

Led
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quarta-feira, 5 de outubro de 2005

terça-feira, 4 de outubro de 2005

Para o lixo com isso tudo


Do alto da tua petulância ofensiva...

A quem queres tanto desenfreadamente chamar a atenção com esses constantes actos de exibicionismo colegiais? Porque queres tanto que os outros te vejam assim nessa ilusão recalcada de seres diferente? Diferente de quê ou de quem? O tempo passa e vais-te tornando previsível e fatigante, acredita em mim! Não sabes da boa-nova? Sim, agora é - se mais na moda por não se ter moda nenhuma! Ter apenas uma moda ou um conceito predefinido para te embutires durante o dia-a-dia já não é suficiente. Há que ultrapassar esse múltiplo emaranhado confuso de modos ou maneiras de ser enfadonhas e renascer livre e emancipado. É ridículo e infantil vires apregoar aos outros que tens uma maneira de pensar radical se não fores verdadeiro contigo...tanto mais que antipático e saloio. Destruir! Anular tudo isso! Desconstruir as modas até aos seus fundamentos mais ridículos e inúteis. A arte mais difícil está em ser-se maduro e natural simultaneamente. Fora então com todas essas máscaras e ficções. Fora com as hipocrisias e os cinismos transitoriamente convenientes. Chega de juízos morais de valor. Diletância intelectual altaneira para o lixo. A baixo com os prós e contras e preconceitos e conjurações e facções e convencionalismos sobre um possível modo de ser de alguém ou de algo. Fora com a adequação a classes e categorias. Educa-te e informa-te sobre a história do universo e do mundo e do homem nele até hoje. Arranja as tuas próprias referências e não tomes as dos outros por comodismo. Liberta-te da moratória psicossocial adolescente e vê se ages como um adulto. Livra-te da crítica sensasionalista reactiva, podes crer que isso é o mais fácil! Não digas que é “fixe-cool-nice” sem saberes “como” e “porquê”. Chega da humildade utópica e comercial de fachada, aprende o que ela quer realmente dizer começando por ti. Vê se cresces e deixas o biberão da cultura contemporânea rasca . Valores de conveniência do mais popularucho ignorante ao avant-garde insipiente, filosofias importadas e estrangeirismos - tudo alegremente ao caixote! Tira dos lugares-comuns aquilo que te interessa e vê se tens coragem em enfrentares os tabus invioláveis da tua vida social no grupo. Deixa-te de carneirismos e desmarca-te do rebanho se assim precisares. Não precisas de chocar ou de gritar encolerizado, bastará seres moderado, coerente e translúcido como a água. Sê um bom ouvinte. Procura a aceitação e reconciliamento com outras maneiras de ser e pensar, não sejas intransigente e injurioso. Justifica-te com palavras compostas e não arremessando arrogantemente os clichés ou slogans desprendidos e frívolos do costume. Acima de tudo, amigo, vê se ages com coerência e ...flexibilidade!
Arre, sê adulto de uma vez por todas!

Led
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domingo, 2 de outubro de 2005

É Noite



É noite.
A noite é muito escura.
Numa casa a uma grande distância
Brilha a luz duma janela.
Vejo-a, e sinto-me humano dos pés à cabeça.
É curioso que toda a vida do indivíduo que ali mora, e que não sei quem é,
Atrai-me só por essa luz vista de longe.
Sem dúvida que a vida dele é real e ele tem cara, gestos, família e profissão.
Mas agora só me importa a luz da janela dele.
Apesar de a luz estar ali por ele a ter acendido,
A luz é a realidade imediata para mim.
Eu nunca passo para além da realidade imediata.
Para além da realidade imediata não há nada.
Se eu, de onde estou, só veio aquela luz,
Em relação à distância onde estou há só aquela luz.
O homem e a família dele são reais do lado de lá da janela.
Eu estou do lado de cá, a uma grande distância.
A luz apagou-se.
Que me importa que o homem continue a existir?

Alberto Caeiro - É Noite - Poemas Inconjuntos (1914)

Led
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sábado, 1 de outubro de 2005

Band of the week :GYBE!


Godspeed You! Black Emperor (formerly known as Godspeed You Black Emperor!) is a Canadian post-rock band based in Montreal, Quebec. They take their name from Godspeed You Black Emperor!, an obscure 1976 Japanese black-and-white documentary by director Mitsuo Ynagimachi, which follows the exploits of a Japanese biker gang, the Black Emperors. The band is most commonly classified as post rock, but they exist outside any established scene and take influences from a range of styles including progressive rock, punk, classical music and the avant-garde .Their records each consist of a few fairly long tracks (mostly between 10-20 minutes), divided into "movements" which are sometimes specified in the record sleeve.

The band formed around 1994 with three members, but its lineup has changed frequently. The band has had as many as fifteen members at one time, but has tended to settle down to a group of nine. The instruments played vary with the lineup, but the music tends to be based around electric and bass guitars, strings and a percussion section. Other instruments such as the glockenspiel h horn more occasional appearances. The music on some of their records is accompanied by spoken samples recorded by the band across North America , including an apocalyptic street preacher from Providence, Rhode Island, an announcement at a gas station, and a group of children talking and singing in french.

The band members have in the past been reluctant to go in for the traditional self-publicising interviews, and have openly expressed their distaste for the mainstream, corporation-owned music industry. This has given them a reputation as shadowy, even anti-social figures, and not a great deal is known about them personally. They did, however, become considerably more widely known after appearing on the cover of NME in 1999.

The member who interacts with the press the most is Efrim Menuck, and for this reason he is sometimes presented as a front-man. However, he has strongly repudiated this label.

Members of the group have formed a number of side-projects, including A Silver Mt. Zion, Fly Pan Am and Set fire to flames . The band contributed the song "East Hastings" to the soundtrack of theUk film 28 days later , although it is only featured in the film and not on the soundtrack available for purchase.

The band released the cd versions of its first two albums on the Kranky record label, with the Lps being published by Constellation Records ; the contract with Kranky having run out, both the LP and the CD of Yanqui U.X.O were produced by Constellation.

In 2004, long-time guitarist Roger-Tellier Craig left the band on amicable terms and to devote more time to Fly Pan Am.

The band has often played an unrecorded song entitled "Albanian" when touring. Efrim has said that when the band reform they will record it for their next release. Another unreleased song, "Gamelan," may also be recorded. However, due to the band's open taping policy, both these songs are available as high quality audience recordings. It has frequently been the case, in fact, that new material is released through the fans before its official recording.

Godspeed you black emperor! are currently on extended hiatus but the collective has not disbanded.
GYBE! DISCOGRAPHY:
Lights Fucked On The Hairy Amp Drooling LP - No label (1994)
TRACKS:
Side 1:
1. Drifting Intro Open
2. Shot Thru Tubes
3. Three Three Three
4. When All The Furnaces Exploded
5. Beep
6. Hush
7. Son Of A Diplomat, Daughter Of A Politician
8. Glencairn 14
9. $13.13
10. Loose The Idiot Dogs
11. Diminishing Shine
12. Random Luvly Moncton Blue(s)
13. Dadmomdaddy
Side 2
1. 333 Frames Per Second
2. Revisionist Alternatif Wounds To The Hair-Cut Hit Head
3. Ditty For Moya
4. Buried Ton
5. And The Hairy Guts Shine
6. Hoarding
7. Deterior 23
8. All Angels Gone
9. Deterior 17
10. Deterior Three
11. Devil's In The Church
12. No Job
13. Dress Like Shit
14. Perfumed Pink Corpses From The Lips OfMs. Celine Dion
(cassete only, limited to 33 copies)
F# A# (Infinity) EP - Constellation Label (1997)
TRACKS:
Side1
1. Nervous, Sad, Poor...
Side 2
2. Bleak, Uncertain, Beautiful...


F# A# (Infinity) LP – Kranky Label (1998)
TRACKS:
1. The Dead Flag Blues
1. The Dead fag Blues (intro)
2. Slow moving trains
3. The Cowboy…
4. (;Outro)…
2. East Hastings
1. Nothing’s alrite in your life/dead fag blues (reprise)
2. The Sad Mafioso…
3. Drugs in Tokyo/Back Helicopter
3. Providence
1. Divorce & fever…
2. Dead metheny…
3. Kicking Horse on brokenhill
4. String loop manufactured during downpour…
4. JLH (John Lee Hooker)
Outro Re-Issue of the Constellation LP. Remastered and changed in some areas, with some new material, and some missing material.
Fly Pan Am/Godspeed You Black Emperor! x7" - aMAZEzine! label (1999)
TRACKS:
Side A
1. (L'espace au sol est redessine par d'immenses panneaux bleus)
Side B
2. Sunshine + Gasoline
Side A (L'espace au...) is by Fly Pan Am, Side B (Sunshine..) by gybe!
Though they were on the B-Side, GYBE! were given top billing. This was the first official release of FPA material. Given away free with Amazezine magazine.
Slow Riot For New Zero Kanada EP - Both Constellation and Kranky Labels (1999)
TRACKS:
Side1
1. Moya
Side2
2. BBF3 ("Blaise Bailey Finnegan" 3)
Lift Your Skinny Fists Like Antennas To Heaven LP - Both Constellation and Kranky Labels (2000)
TRACKS:
Side1
1. Storm:
1. Lift Yr. Skinny Fists, Like Antennas To Heaven...
2. Gathering Storm
3."Welcome to Barco AM/PM"
4. Cancer Towers On The Holy Road Hi-Way
2. Static:
1. Terrible Canyons Of Static
2. Atomic Clock
3. Chart #3
4. World Police and Friendly Fire
5. ...The Buildings They Are Sleeping Now
Side 2
3. Sleep:
1. Murray Ostril:"...They Don't Sleep Anymore On The Beach"
2. Monheim
3. Broken Windows,Locks Of Love Part
4. Antennas To Heaven:
1. Moya Sings "Baby-O"
2. Edgy Swingset Acid
3. Glockenspiel Duet Recorded On A Campsite In Rhinebeck, N.Y.
4. "Attention...Mon Ami... Fa-Lala-Lala-La-La"
5. She Dreamt She Was A Bulldozer She Dreamt She Was Alone
6. In An Empty Field
7. Deathkamp Drone
8. Antennas To Heaven
Again, as with the F#A# LP album, each track is made up of several pieces.
Yanqui U.X.O. LP - Constellation Label (2002)

TRACKS:

1 - 09-15-00
2 - 09-15-00
3 - Rockets fall on Rocket Falls
4 - Motherfucker=redeemer
5 - Motherfucker=redeemer

Azadi! (various artists) - Fire museum records (2003)
Compilation cd for the revolutionary association of the women of afghanistan (rawa).
A diverse 2-cd set of avant-rock, electronic, world, experimental, jazz, folk, noise, improv, hip-hop, dancefloor, and modern classical music, featuring 34 artists from the sf bay area and other corners of the globe, over 2 hours of music.
Track 1,17 : george bush cut up while talking
Other parallel projects to check in:
- Silver Mt. Zion
- Bottleskup Flenkenkenmike
- Bakunin's Bum
- L-Speed Bike
- Exhaust
- Fly Pan Am
- Et Sans
- Set Fire to Flames
- Hrsta
- Molasses
- Esmerine
- Valley of the Giants
- Balai mécanique
- 'Gypt Gore
- Sam Shalabi
- Shalabi Effect
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Physics


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