terça-feira, 4 de outubro de 2005

Para o lixo com isso tudo


Do alto da tua petulância ofensiva...

A quem queres tanto desenfreadamente chamar a atenção com esses constantes actos de exibicionismo colegiais? Porque queres tanto que os outros te vejam assim nessa ilusão recalcada de seres diferente? Diferente de quê ou de quem? O tempo passa e vais-te tornando previsível e fatigante, acredita em mim! Não sabes da boa-nova? Sim, agora é - se mais na moda por não se ter moda nenhuma! Ter apenas uma moda ou um conceito predefinido para te embutires durante o dia-a-dia já não é suficiente. Há que ultrapassar esse múltiplo emaranhado confuso de modos ou maneiras de ser enfadonhas e renascer livre e emancipado. É ridículo e infantil vires apregoar aos outros que tens uma maneira de pensar radical se não fores verdadeiro contigo...tanto mais que antipático e saloio. Destruir! Anular tudo isso! Desconstruir as modas até aos seus fundamentos mais ridículos e inúteis. A arte mais difícil está em ser-se maduro e natural simultaneamente. Fora então com todas essas máscaras e ficções. Fora com as hipocrisias e os cinismos transitoriamente convenientes. Chega de juízos morais de valor. Diletância intelectual altaneira para o lixo. A baixo com os prós e contras e preconceitos e conjurações e facções e convencionalismos sobre um possível modo de ser de alguém ou de algo. Fora com a adequação a classes e categorias. Educa-te e informa-te sobre a história do universo e do mundo e do homem nele até hoje. Arranja as tuas próprias referências e não tomes as dos outros por comodismo. Liberta-te da moratória psicossocial adolescente e vê se ages como um adulto. Livra-te da crítica sensasionalista reactiva, podes crer que isso é o mais fácil! Não digas que é “fixe-cool-nice” sem saberes “como” e “porquê”. Chega da humildade utópica e comercial de fachada, aprende o que ela quer realmente dizer começando por ti. Vê se cresces e deixas o biberão da cultura contemporânea rasca . Valores de conveniência do mais popularucho ignorante ao avant-garde insipiente, filosofias importadas e estrangeirismos - tudo alegremente ao caixote! Tira dos lugares-comuns aquilo que te interessa e vê se tens coragem em enfrentares os tabus invioláveis da tua vida social no grupo. Deixa-te de carneirismos e desmarca-te do rebanho se assim precisares. Não precisas de chocar ou de gritar encolerizado, bastará seres moderado, coerente e translúcido como a água. Sê um bom ouvinte. Procura a aceitação e reconciliamento com outras maneiras de ser e pensar, não sejas intransigente e injurioso. Justifica-te com palavras compostas e não arremessando arrogantemente os clichés ou slogans desprendidos e frívolos do costume. Acima de tudo, amigo, vê se ages com coerência e ...flexibilidade!
Arre, sê adulto de uma vez por todas!

Led
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1 comentário:

Lunapapa disse...

Cada vez mais acredito no Homem como UNIDADE; uma unidade sem barreiras, sem modas nem juizos, nem nada que destrua a individualidade. Cada um de nos e' tao ignorante, mas igualmente tao precioso. A nobreza e' o objectivo, despir td o q n e' nosso e procurar incessantemente a pura verdade. E ai tocarei a verdade na unidade e ficarei unida para sempre com a Humanidade e nenhuma moda me vai tirar esta verdade.