sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Do mar

Tenho saudades do mar. Lembro-me do sol num qualquer dia de céu límpido, a sublimação da terra na hora estática do meio-dia, a extensão marinha ao meu apelo de infinitude. Lembro-me do frescor das águas aquietando-me o mal-estar, revertendo-me a uma idade de pureza, de convicções e de força e plenitude. Tenho saudades do mar. Mesmo à tarde, quando as águas repousam e uma aragem resfriada vem das suas profundezas. Tenho saudades. Mas o que me resta para elas é apenas a irrealidade da distância a que as relembro, numa memória que eu despojo até à inteira disponibilidade.


Led

4 comentários:

Bárbara disse...

Lindo o texto, acompanhar a nova máscara do teu blog.

Kiss

Mooncry disse...

Eheh por acaso estive hoje junto ao mar, com uma visão semelhante à das tuas palavras.
E já estou novamente com saudades :)
*

Unknown disse...

Para o "mar", temos que ter sempre disponibilidade! :))

Hugzz!

Ledbetter disse...

:)
O mar sem fim ergue-se para uma distância intransponível onde o real e o irreal não se distinguem. Mas é uma evocação. Não existe, ainda que nos exista no arrepio salino mais vertiginoso.

Bjos e Abraços