quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Thursday stain

Thursday I don't care about you

Thursday doesn't even start

Thursday never looking back

Thursday watch the walls instead

Enough of this stuff

It's friday I'm in love


Led

Com que desplante?

Será só de mim ou mais alguém se apercebeu do quão irritante é o novo anúncio da Optimus, com aquela música de fundo a competir por uma das cópias mais desavergonhadas de um canção dos The Cure (In Between Days) de que alguma vez me recordo? A canção em causa (Tonight I have to leave it) é dos suecos Shout Out louds que julgaram ser mais espertos que o resto do mundo. Tresanda a tanto decalque que só dá mesmo vontade mudar de canal! Penso que não era este o objectivo primário da campanha publicitária, estimular a aversão. Mas sempre podiam ter pago os royalties para uma demo mais infeliz dos The Cure e tinham-se saído melhor. Ridículo, patético. O anúncio. A canção.

E eu.

Led

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Late Night

Não leio, não escrevo, não trabalho, não produzo.A minha actividade nocturna rendeu-se (ou “a minha vida reduziu-se”) em absoluto a isto:


Ou a coisas deste género:

''The California legislature announced that they have moved their state's presidential primary from June to February. When asked why, a California lawmaker said, 'Because it's really fun to hear Governor Schwarzenegger try to say 'February.'''

Ou ainda…

“…Apparently the new high-tech Star Wars toys will be in stores any day now. The toys can talk and are interactive, so they can be easily distinguished from Star Wars fans. (...)Several hard-core Star Wars fans who had tickets for the first showing actually said that when the movie finally began, they started crying. Mainly because they realized that it's 22 years later, and they still haven't lost their virginity.”

Ou mesmo...

"Yesterday American and British troops handed out food to hundreds of Iraqis. Not surprisingly, the Iraqis handed the British food back."

Obrigado Conan.

Led

Good times, Sour Times

Não fui à primeira edição do sudoeste (1997) nem à segunda. Fui às 4 seguintes. Mas dizem os veteranos que a segunda foi a melhor de sempre. Parte pelo espírito inovador de um certame (adoro esta palavra) único na área, parte por culpa de um cartaz verdadeiramente delicioso para os melómanos alternativos da altura quando a palavra indie ainda era um charada radiofónica. The Cure, PJ Harvey, Placebo, Sonic Youth, Ash, etc traziam pela segunda vez as maravilhas sonhadas à realidade de uma campina alentejana esquecida debaixo de uma imensa estratosfera estrelada, como só ali é possível. Perdeu-se muito desse espírito desde então, ganhou-se em comodidade. O festival afrouxou na música como sua principal finalidade. Investiu em tudo o que não devia interessar. O Paredes de Coura veio substituí-lo e mais tarde o Super Bock. Mas enfim, isso são contas de outro rosário. De qualquer maneira, segundo os mesmo especialistas calejados, houve um concerto que marcou definitivamente essa edição mítica de 98, um concerto que fechou em chave de ouro o fim-de-semana deixando no espírito dos festivaleiros o característico trago de arrebatamento colectivo. Geoff Barrow e Beth Gibbons traziam-lhes o enlevo vaporoso e catártico de temas como “Numb”, “Mysterons” “Glory Box “,“All Is Mine” e fechavam com a inconfundível “Sour Times”. “O melhor concerto de sempre do Sudoeste!”, dizem os entendidos. Não fui, mas arranjaram-me no mês seguinte uma bootleg do concerto. As guitarradas atmosféricas e psicadélicas de Adrian Utley deixaram-me boquiaberto. Jurei jamais deixar escapar a hipótese de os rever. Passaram-se 10 anos e mantenho a promessa.

Led ("certame " é uma palavra lindíssima)

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Trova fácil do vento que passa

... monitores, desfibrilhadores automáticos, oximetrias de pulso, electrocardiógrafos, imagiologia com angiografia digital e RMN, equipamento para imobilização e transporte do traumatizados, condições e material para pequena cirurgia, laboratório de análises rápidas, radiologia simples, ecografia simples, TAC e patologia química/química seca, médicos especialistas, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, auxiliares de acção médica, administrativos, etc, etc, etc...Gostaria de saber se o Manuel Alegre acha que para pagar isto tudo por cada serviço de urgências a cada esquina basta o estado servir-se dos mais maravilhosos desígnios quiméricos. Também gostaria de saber se a defesa da rentabilização e centralização de recursos humanos e equipamentos médicos num número menor de serviços de urgência é apenas uma declaração de retórica e demagogia ou se realmente entende as repercussões dessa política inevitável no mundo real do século 21. Mas que esperar senão a estratégia rancorosa e oportunista de sempre? O cavalgar bonacheirão na onda da contestação popular quando o governo ou um ministro se torna impopular. Podia pelo menos informar-se melhor antes de ir para uma entrevista, já tinha com que defender o ministro que diz estimar (nem a brincar...) mas que queria ver na rua. Mas o conhecimento é claramente selectivo.
Como eu desejava que tudo fosse apenas um capítulo de um épico quixotesco. Já virava a página.
Led

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Light up the stage

Boa tarde!

Team Sleep - Ever (Foreign Flag)

Led

Do mar

Tenho saudades do mar. Lembro-me do sol num qualquer dia de céu límpido, a sublimação da terra na hora estática do meio-dia, a extensão marinha ao meu apelo de infinitude. Lembro-me do frescor das águas aquietando-me o mal-estar, revertendo-me a uma idade de pureza, de convicções e de força e plenitude. Tenho saudades do mar. Mesmo à tarde, quando as águas repousam e uma aragem resfriada vem das suas profundezas. Tenho saudades. Mas o que me resta para elas é apenas a irrealidade da distância a que as relembro, numa memória que eu despojo até à inteira disponibilidade.


Led

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

A leira...


...dos saudáveis. Começa logo pela adolescência. É um ajuntamento fundamentalista como a dos grupos de jovens cristãos, dos femininistas, das testemunhas de Jeová, dos positivistas ecológicos da Oprah, dos comunistas e bloquistas e assim. Não beber, não fumar, evitar a carne, o café, os doces e sobretudo as gorduras saturadas, lavar as mãos 30 vezes ao dia, dar preferência aos vegetais e às frutas, comer pouco e várias vezes ao dia mesmo sem apetite, beber muita água (ou não, segundo os novos rigorosos cálculos científicos), deitar cedo e cedo erguer, fazer exercício, evitar o sedentarismo, vigiar o peso, a glicémia, a tensão arterial... São vegetarianos, ou macrobióticos, ou não comem carne ou não bebem refrigerantes ou cerveja. Todos os alimentos são canonizados ao grau de medicamentos e sabem de cor toda a nomenclatura nutricionista calórica, e vitamínica. Prostram-se submissos à mais pequena divindade anti-oxidante. Estão por isso atentos aos mais recentes desenvolvimentos da indústria médico-cosmética nas revistas disponíveis ao grande público e especializadas para cada sexo e para cada idade. Anestesiam a mais pequena ameaça de incómodo físico. Não se enervam, não levantam a voz, não discutem. Gostam de conversas calmas, de sentimentos controlados, de comida sem cheiro... São filhos da nova geração do dogma da ciência e do corpo. Gente insípida, espalmada e incontestável...impossível descuidarem na sua cruzada messiânica pelo mundo com boas intenções e desígnios de vida... Acreditam na possibilidade de um mundo perfeito, sempre a verdade mais perigosa para a existência humana. É verdade que eles estão certos e viverão mais 5-10 anos do que os outros, monte depressivo e abjecto de vícios, pecados, defeitos e excessos. São felizes na sua maneira controlada e inexcedível. Sim. Sim. Sim. Mil vezes sim. Ou talvez não. Depende do que recomenda o “Haja Saúde”! Mas para é que querem a vida, se não é para a usarem? Lembram os que compram livros mas guardam-nos na estante para não sujarem as folhas. O seu objectivo na vida não é viverem-na mas cifrar a felicidade ao simples facto de a conterem. São exemplares à vista – magros, direitos, correctos, musculados, impolutos. Glória ao culto do corpo! Mas não tiram proveito disso, excepto o de serem saudáveis à custa de muito calvário. Ou seja, de poderem gozar a vida na sua maior extensão, que apenas é poder. A leira dos saudáveis. Vejo-os com frequência eufóricos e exuberantes pela TV. Mas baixo-lhes o volume e ficam logo mais achacados.


E agora vou dormir, queria evitar as olheiras.


Led

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O 16º vinil

A tradição da chegada daquela prenda especial na minha segunda semana de Janeiro voltou a repetir-se ontem pela 10 vez consecutiva. A mesma alegria de sempre! Funcionasse tudo como o Ten Club e o mundo seria bem melhor!



Pearl Jam - Santa God (Ten Club Christmas Single 2007)

Bom natal!;)

Led

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O melhor jogo de sempre



Espero não acabar assim...

Led

Floreados

Conta uma mentira extravagante elaborada de detalhes e minúcia e serás abonado com adulação. Diz sempre o contrário do que seria natural dizeres e serás julgado profundo e entendido. Deverá estar aí parte da razão para o certo fascínio e complacência de alguma juventude ocidental mimada pela democracia com as causas dos fascistas islâmicos. Porque não é o que se diz que importa, que está sempre fora de nós. O que se defende é apenas um excelente pretexto para a petulância individual que precisa de sobressair. Porque toda a verdade natural corroeu-se e portanto não atrai a importância da nossa pessoa. E uma falsidade original e exótica cintila mais do que uma verdade arcaica e segura.
Led

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

O Carácter de uma nação por Pedro Arroja


“…And yet, despite their contributions to civilization, when you visit Portugal for the first time you might be impressed by the overtly critical tone of the Portuguese about themselves and their country. They seem to be constantly complaining, criticizing and protesting against their own fellow citizens and government. They never seem confortable with their country, as they consider it one of the most backward in the World.

The intellectuals, in particular, seem to rejoice in despising their own traditions, and are always fascinated with what comes from abroad, whatever it may be. The Portuguese seem permanently eager for change - reformas, desenvolvimento, modernização -, as they call it. Yet, if you try to suggest them to do things differently, they pause for a moment, and rapidly find an excuse to keep doing things as they ever did.”

Link

Led

Da escravidão moral

“O meu problema com o discurso «moral» em política é que esse discurso faz necessariamente de todas as outras ideias «imorais». E esse processo contém as sementes do autoritarismo.

É por isso que me oponho ao populismo taxista de direita, a algum ecologismo mais destemperado, ao discurso padreca do Bloco, aos católicos integristas, ao alegrismo e ao basismo 1975.

A vida dos outros é tão moral (ou imoral) como a nossa.”


de Pedro Mexia
A anexar, o moralismo caótico e freudiano do nosso portuguesissímo Vasco Pulido Valente.
Led

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

AVP-Requiem

Desaconselhável, gratuito, sanguinário, previsível, medíocre e infantil.

Adorei.

Led

Behind every successful man, there is a woman. Behind every dead man, there is Chuck Norris.

O vencedor republicano Mike Huckabee nas primárias do Iowa com um inesperado argumento de peso...
Led

Top 15 2007

Apesar do blog estar ainda em convalescença de mais um período de moratória psicossocial eriksoniana (assim como o seu autor sempre esteve), não resisti a cumprir a tradição anual de eleger os melhores álbuns e canções saídos do ano transacto. Para ser diferente e desempatar algumas situações pendentes, acabei por fazer um top 15 onde figuram unicamente os discos e temas mais ouvidos pela minha pessoa e onde o único critério tido em conta foi exclusivamente de índole emocional. Com isto quero dizer que consigo entender casos de discos afamados extremamente bem conseguidos tecnicamente mas que, misteriosamente, não se me transmigraram para o âmago emocional com o mesmo enlevo lógico. Álbuns ambiciosos quase perfeitos (lembro-me por exemplo dos casos do “Sound of Silver” dos LCD Soundsystem ou do “We Were Dead...”, dos Modest Mouse), apurados ao mínimo da sua imperfeição, ordenados num crescendo de arrebatamento, engrenados ao suporte do que os demonstra perfeitos, todas as roldanas trabalham na sua evidência axiomática – consigo reconhecê-los. Saúdo-os de longe. Mas não serviram os pobres desígnios ocultos da minha sensibilidade.
Assim, e para quem se interessar:
Top 15 - álbuns de 2007

1. Radiohead - “In Rainbows” (como seria de esperar...)
2. Silverchair - “Young Modern”
3. U.N.K.L.E. - “War Stories”
4. Explosions in the Sky - “All of a Sudden I Miss Everyone”
5. NIN - “Year Zero”
6. The Shins - “Wincing the Night Away”
7. Bloc Party - “ A Weekend in the City”
8. Arcade Fire - “Neon Bible”
9. Iron & Wine - “The Shepherd’s dog”
10.Oceansize - “Frames”
11. Elliot Smith - “New Moon”
12. Stars - “In Our Bedroom after the War”
13. PJ Harvey - “White Chalk”
14. Smashing Pumpkins - “Zeitgeist”
15. David Fonseca – “Dreams in Colour”
Top 15 - canções de 2007

1. Smashing Pumpkins - “Gossamer” ( bootleg retirada das sessões de gravação do álbum “Zeitgeist” e elejo a mais sensacional interpretação na extensa versão de quase 23 min tocada no Rock-am-Ring 2007.)
2. Radiohead - “15 Step”
3. U.N.K.L.E. - “Chemistry”
4. Silverchair - “If you keep losing sleep”
5. Radiohead - “ Nude”
6. NIN - “In this Twilight”
7. Interpol - “Pioneer to the Falls”
8. Explosions in the Sky - “The Birth and Death of the Day”
9. David Fonseca - “Kiss me, oh kiss me”
10. Sigur Rós - “Hljómalind - Rokklagið (The Rock Song)”
11. Eddie Vedder - “Guaranteed”
12. Bloc Party - "Song for Clay (Disappear Here)"
13. Radiohead - “All I Need”
14. Battles - “Tonto”
15. Editors - “An End Has A Start”

Led