Sobretudo a imbecilidade e o descaramento de pensarem que nós, a assistência, somos otários como esses chico-espertos. A Madeira não passa de uma fachada, infelizmente. É só afastarmo-nos alguns quilómetros do centro do Funchal, e ver o que por ali anda.
Já não há de facto pachorra para tanta hipocrisia e tanta falta de sentido de estado. Os “Mendes”, “Rebelos de Sousa” e “Jerónimos de Sousa” por esse país fora, que acham que exigir responsabilidades financeiras ao governo da Madeira é atentar contra a autonomia constitucional da Região, representam ou exacerbam a mentalidade instalada na maioria dos portugueses, inconsciente e oportunista. A convicção de que o Estado deve tudo a todos, mesmo que não receba de todos o que lhe é devido, que o dinheiro do estado provém de um filão misterioso inesgotável. Na minha opinião, muito provavelmente o principal factor do nosso atraso económico e estrutural, a irresponsabilidade e a falta de uma sentido de solidariedade nacional. Ora o actual nível de riqueza da Região Autónoma da Madeira é 21% acima da média nacional, actualmente a terceira região mais rica do País, a seguir a Lisboa e Algarve. Este facto é bem demonstrador da espécie de estranho direito adquirido que os autarcas da Madeira têm feito prevalecer ao longos dos últimos 28 anos de governação, para poderem gastar livremente o que lhes apetece e depois virem exigir que os outros lhes paguem as contas. Mas agora que se acabou a chantagem, o choradinho persecutório e a manipulação (apesar de depender ainda da deliberação do Tribunal de Contas) na Assembleia da República ou nos congressos do PSD onde Jardim obtinha dos governos o perdão da dívida, com a enfática jura de ser a última vez - para logo recomeçar no ano seguinte exsudando ameaças de separatismo e insultos dirigidos ao ‘continente’, naqueles comunicados populistas que bem gosta de publicar no propagandista “Jornal da Madeira”; Agora que vai ter de se habituar a viver com as regras do mercado e as da gestão pública; Agora que vai ter de se confrontar com os eleitores sem bonificações extra-orçamentais vindas do “governo de Lisboa”, zombando da crise orçamental e alargando o cinto que o resto do país apertava; Agora que os portugueses do continente e açores começam a aceitar com alívio o esboço de uma possível independência do arquipélago que tem vindo ser ressuscitada periodicamente e convenientemente pelos próprios deputados do PSD/Madeira sob a forma do fantasma da organização terrorista FLAMA; Agora que Jardim deixou de ser uma piada para passar a ser um estorvo sério a que já não há pachorra que aguente; Agora que acabou o banquete financeiro a carácter excepcional e o abuso de poder, agora sim, é que se vai ver se ele sabe governar ou se é só conversa fiada auto-promocional.. Espero mesmo que se tenha acabado a mama...e já estou como dizia o outro; “Jardim, queres crédito? Vai ao Totta!” Abraço
2 comentários:
Sobretudo a imbecilidade e o descaramento de pensarem que nós, a assistência, somos otários como esses chico-espertos. A Madeira não passa de uma fachada, infelizmente. É só afastarmo-nos alguns quilómetros do centro do Funchal, e ver o que por ali anda.
Hugzz
Já não há de facto pachorra para tanta hipocrisia e tanta falta de sentido de estado. Os “Mendes”, “Rebelos de Sousa” e “Jerónimos de Sousa” por esse país fora, que acham que exigir responsabilidades financeiras ao governo da Madeira é atentar contra a autonomia constitucional da Região, representam ou exacerbam a mentalidade instalada na maioria dos portugueses, inconsciente e oportunista. A convicção de que o Estado deve tudo a todos, mesmo que não receba de todos o que lhe é devido, que o dinheiro do estado provém de um filão misterioso inesgotável. Na minha opinião, muito provavelmente o principal factor do nosso atraso económico e estrutural, a irresponsabilidade e a falta de uma sentido de solidariedade nacional. Ora o actual nível de riqueza da Região Autónoma da Madeira é 21% acima da média nacional, actualmente a terceira região mais rica do País, a seguir a Lisboa e Algarve. Este facto é bem demonstrador da espécie de estranho direito adquirido que os autarcas da Madeira têm feito prevalecer ao longos dos últimos 28 anos de governação, para poderem gastar livremente o que lhes apetece e depois virem exigir que os outros lhes paguem as contas. Mas agora que se acabou a chantagem, o choradinho persecutório e a manipulação (apesar de depender ainda da deliberação do Tribunal de Contas) na Assembleia da República ou nos congressos do PSD onde Jardim obtinha dos governos o perdão da dívida, com a enfática jura de ser a última vez - para logo recomeçar no ano seguinte exsudando ameaças de separatismo e insultos dirigidos ao ‘continente’, naqueles comunicados populistas que bem gosta de publicar no propagandista “Jornal da Madeira”; Agora que vai ter de se habituar a viver com as regras do mercado e as da gestão pública; Agora que vai ter de se confrontar com os eleitores sem bonificações extra-orçamentais vindas do “governo de Lisboa”, zombando da crise orçamental e alargando o cinto que o resto do país apertava; Agora que os portugueses do continente e açores começam a aceitar com alívio o esboço de uma possível independência do arquipélago que tem vindo ser ressuscitada periodicamente e convenientemente pelos próprios deputados do PSD/Madeira sob a forma do fantasma da organização terrorista FLAMA; Agora que Jardim deixou de ser uma piada para passar a ser um estorvo sério a que já não há pachorra que aguente; Agora que acabou o banquete financeiro a carácter excepcional e o abuso de poder, agora sim, é que se vai ver se ele sabe governar ou se é só conversa fiada auto-promocional.. Espero mesmo que se tenha acabado a mama...e já estou como dizia o outro; “Jardim, queres crédito? Vai ao Totta!”
Abraço
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