10 notas a reter :
1) “Os muçulmanos têm, evidentemente, o direito todo de se indignarem com os referidos "cartoons". Só que o problema não está na indignação. O problema está - como devia ser mais do que óbvio mas afinal parece que não é - na forma como essa indignação se manifesta. Aqui o princípio democrático estrutura-se em várias coisas e uma delas, basilar, é o princípio da liberdade criativa. E podemos indignar-nos com tudo o que quisermos. Só que há limites às manifestações dessa indignação. E o limite são as leis. Não vale portanto assassinar realizadores de cinema (como aconteceu na Holanda), nem lançar penas de morte sobre escritores (Salman Rushdie) nem chantagear governos democráticos de países democráticos para que estes violem as próprias regras base da democracia (como está agora a acontecer na Dinamarca). Aqui, pelo menos, isso não vale. E, perante as chantagens islâmicas, surgirem vozes ocidentais com peso político pregando o "bom-senso" na tal liberdade criativa, representa, só por si, um condicionamento dessa liberdade. Por outras palavras: é fazer o jogo daqueles que querem transladar para aqui a sua maldita cultura ditatorial (que é, afinal de contas, uma cultura de morte). Portanto, a solução para impedir a contaminação no Ocidente do pior da cultura radical islâmica não se faz por cedências ao "bom senso". Pelo contrário: tem é que se repetir à exaustão o gesto alegadamente criminoso, até que o fascismo islâmico perceba que quanto mais chantagear e mais ameaçar mais ofendido ficará.”
1) “Os muçulmanos têm, evidentemente, o direito todo de se indignarem com os referidos "cartoons". Só que o problema não está na indignação. O problema está - como devia ser mais do que óbvio mas afinal parece que não é - na forma como essa indignação se manifesta. Aqui o princípio democrático estrutura-se em várias coisas e uma delas, basilar, é o princípio da liberdade criativa. E podemos indignar-nos com tudo o que quisermos. Só que há limites às manifestações dessa indignação. E o limite são as leis. Não vale portanto assassinar realizadores de cinema (como aconteceu na Holanda), nem lançar penas de morte sobre escritores (Salman Rushdie) nem chantagear governos democráticos de países democráticos para que estes violem as próprias regras base da democracia (como está agora a acontecer na Dinamarca). Aqui, pelo menos, isso não vale. E, perante as chantagens islâmicas, surgirem vozes ocidentais com peso político pregando o "bom-senso" na tal liberdade criativa, representa, só por si, um condicionamento dessa liberdade. Por outras palavras: é fazer o jogo daqueles que querem transladar para aqui a sua maldita cultura ditatorial (que é, afinal de contas, uma cultura de morte). Portanto, a solução para impedir a contaminação no Ocidente do pior da cultura radical islâmica não se faz por cedências ao "bom senso". Pelo contrário: tem é que se repetir à exaustão o gesto alegadamente criminoso, até que o fascismo islâmico perceba que quanto mais chantagear e mais ameaçar mais ofendido ficará.”
2) “O direito à manifestação da indignação faz parte também da liberdade de expressão. Mas "cá" a manifestação da indignação faz-se dentro dos limites da lei. Com manifestações de rua (mas sem violência) e/ou nos tribunais e até doutras formas (não me chocaria, por exemplo, que os muçulmanos decretassem um boicote ao jornal em causa). No caso dos "cartoons" não foi só isso que se viu. Viu-se isso e muito mais. Ameaças, coacção física e, por exemplo, destruição de embaixadas (que são território de "cá", embora no estrangeiro). Os humilhados e ofendidos do islamismo - os que "cá" vivem - têm de, nomeadamente, perceber que não é pressionando um Governo (no caso o da Dinamarca) e chantageando-o economicamente que se impõe limites à liberdade de expressão. "Cá" não são os governos que vigiam a liberdade de expressão; são os tribunais. "Cá" é assim que se funciona - "lá" é como eles quiserem. Ou seja: nos países islâmicos eles que se organizem como quiserem. Eu, indo lá, respeito as regras de "lá". Mas "cá" respeitam-se as regras de "cá".”
3) “Daniel Oliveira , o mesmo Daniel Oliveira do Bloco de Esquerda, especialista nos vícios da Igreja e na denúncia dos seus escandalosos abusos, apareceu ontem na SIC-Notícias como o grande defensor do direito à indignação por parte dos que se sentem justamente ofendidos nos preceitos da religião. O direito à indignação explica tudo o que se passa no Islão: multidões em fúria, exigindo vingança e queimando bandeiras dinamarquesas; retaliações diplomáticas; ameaças de bomba; destruição de embaixadas; sanções económicas. Para Daniel Oliveira, são simples manifestações de quem se sente ultrajado nas suas mais profundas convicções. Qual é o problema de se queimar, aqui e ali, uma bandeira, num legítimo acesso de indignação? Os que se sentiram ofendidos com a caricatura do Papa com um preservativo no nariz, não fizeram também…um abaixo-assinado? Se uns se entregam à violência de um abaixo-assinado por que não hão-de os outros queimar pacificamente umas bandeiras e destruir duas ou três embaixadas? Pois é! Não perceber isto é não perceber o essencial de uma esquerda complexada que faz gala no ataque à Igreja para melhor poder… respeitar o Islão.”
4) “Ó Daniel, lembras-te de ter disto isto? "Cristo não é familiar ou amigo de ninguém aqui. É uma personagem histórica. Pode ser gozada, sem que isso tenha de ofender ninguém." http://barnabe.weblog.com.pt/arquivo/050990.html Se calhar foi um clone, só assim se compreende.”
5) “A história das caricaturas dinamarquesas é extremamente simples e começa e acaba numa linha: é uma questão de liberdade. Ou há, ou não há. O que é novo e precupante são as toalhas de palavras e justificações que começam a ocultar o que devia ser absolutamente simples e onde qualquer palavra a mais é demais.”
6) “A questão essencial é a da desproporcionalidade dos meios de reacção, destruir as embaixadas dos paises mais tolerantes, solidários e fraternos é uma declaração de guerra da barbárie contra a civilização. As democracias não podem envergonhar-se, nem têm que se justificar ou pedir desculpa por defenderem a liberdade de expressão. O jornal Jyllands-Posten e o governo dinamarquês pela voz do primeiro-ministro Anders Fogh Rasmussen só erraram no momento em que decidiram pedir desculpas por algo que nada tinha de errado. Foi abrir um precedente sem sentido, foi consentir a ideologia fanática radicalizada do mundo islâmico, uma humilhação completa e cobarde. Pena que o petróleo e os restantes abonos económicos mais uma vez estejam à frente da intransigência na defesa dos valores morais que constituem a nossa sociedade.”
7) “Incitações ao ódio, violentas, puras e explícitas podem perfeitamente não ser abarcadas no conceito de liberdade de expressão de uma sociedade democrática, e sempre na medida em que esta, querendo preservar-se como democrática, creia que proibir a liberdade de expressão de anti-democratas a coloca menos em risco que, permitindo-a. E, por outro lado, os cartoons sobre Maomé não podem ser consideradas incitações explícitas ou violentas ao ódio anti-islâmico. Tal como um preservativo no nariz do Papa tão pouco o é. O discurso nazi dos anos 20 e 30 esse sim estava plegado de infinitas incitações ao ódio, violentas e explícitas até a exaustão. É absurdo querer comparar uma coisa com a outra. O que talvez não seja tão absurdo é comparar o ódio contra Ocidente nos discursos dos imanes radicais do mundo muçulmano com o discurso da propaganda hitleriana contra o sionismo.”
8) “Sem Erasmo, a Reforma, o iluminismo e o socialismo; e sem a arte, a ciência e a crítica bíblica, a Europa ocidental, para sossego e conforto do seu espírito, seria agora quase oriental e, com sorte, até talvez muçulmana. Uma hipótese que aparentemente agrada a toda a gente que por aí rasteja para não ofender ou amansar a conhecida susceptibilidade do Islão. A tirania do "politicamente correcto" já não permite pensar que a civilização greco-latina e judeo-cristã da Europa e da América é uma civilização superior; e superior, muito em especial, à civilização falhada muçulmana e árabe. Mas, quer se pense quer não, o facto permanece e a subserviência do Ocidente perante a intimidação islâmica, a propósito dos cartoons da Dinamarca ou de qualquer outro pretexto, envergonha e humilha.”
9) “Lamento, mas esta não é uma questão de gosto. O valor ou a oportunidade dos cartoons publicados no Jyllands-Posten, o já famoso jornal dinamarquês, não são para aqui chamados. Defender o direito de publicação de uma dúzia de cartoons sobre Maomé não me obriga a defender o seu conteúdo e muito menos a concordar com os objectivos explícitos (ou não explícitos) dos seus autores: obriga-me apenas a defender uma coisa tão simples como a liberdade de expressão. Se a liberdade de expressão se mantivesse sempre nos limites do “aceitável”, como alguns pretendem, não precisaria de ser defendida. São precisamente os excessos que a põem à prova. E são quase sempre esses excessos que nos parecem deploráveis. O mundo não é perfeito.”
10) A liberdade, a igualdade e a tolerância são princípios dos quais não estou disposto a abdicar, mesmo que por vezes tal me provoque alguns dissabores. Os benefícios ultrapassam, seguramente, as desvantagens.
Uma colecção de excertos de textos publicados pelos intervenientes e comentadores anónimos de vários blogues:
http://esquerda-republicana.blogspot.com/
http://gloriafacil.blogspot.com/
http://www.aspirinab.weblog.com.pt/
http://ablasfemia.blogspot.com/
http://www.abrupto.blogspot.com/
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http://origemdasespecies.blogspot.com/
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http://www.aspirinab.weblog.com.pt/
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