O combatente pela Liberdade antes e depois do 25 de Abril de 74. O homem da nossa adesão à UE. O homem da Fonte Luminosa. O homem que teve a espinhosa missão de acabar com 14 anos de guerra colonial, fazendo uma descolonização com década e meia de atraso. O homem que foi PM duas vezes nos momentos mais difíceis do pós-25 de Abril. O homem que salvou o país duas vezes da bancarrota. O homem que fez já dois mandatos como PR. O homem que melhor encarna o espírito socialista nacional de resistência anti-fascista, de tolerância e de laicismo. Um defensor dos Direitos Humanos, do Estado de Direito democrático e do Direito Internacional. Um Europeísta de gema. E o político português mais prestigiado além fronteiras.
A força dos números não deixa lugar a outras interpretações, a direita e Cavaco Silva ganharam com toda a legitimidade democrática. A esquerda e todos os seus candidatos perderam com toda a justiça e demérito próprio.
Não alteraria contudo o meu sentido de voto de modo algum mesmo perante as circunstâncias. Mário Soares arriscou-se a perder desde o início porque era simplesmente igual a si mesmo. Correu porque está vivo. Correu porque não vira as costas à luta política ou ao jogo político, porque ele é também isso mesmo e sem qualquer desonra, um político. Mas correu porque entendeu, e bem, que Portugal ainda precisava (e precisa) dele. Correu sem vergonha ou constrangimento de ser apoiado pela máquina partidária que sempre esteve com ele desde 1973, data da sua implantação em clandestinidade. Combateu de igual para igual aos seus 81 anos, com uma frescura mental e física invejável.
Para mim, e justamente nesta hora triste de derrota eleitoral, constato que este não foi um voto qualquer. Foi um voto de afecto, de reconhecimento, de excelência.
Subscrevendo o próprio:
A força dos números não deixa lugar a outras interpretações, a direita e Cavaco Silva ganharam com toda a legitimidade democrática. A esquerda e todos os seus candidatos perderam com toda a justiça e demérito próprio.
Não alteraria contudo o meu sentido de voto de modo algum mesmo perante as circunstâncias. Mário Soares arriscou-se a perder desde o início porque era simplesmente igual a si mesmo. Correu porque está vivo. Correu porque não vira as costas à luta política ou ao jogo político, porque ele é também isso mesmo e sem qualquer desonra, um político. Mas correu porque entendeu, e bem, que Portugal ainda precisava (e precisa) dele. Correu sem vergonha ou constrangimento de ser apoiado pela máquina partidária que sempre esteve com ele desde 1973, data da sua implantação em clandestinidade. Combateu de igual para igual aos seus 81 anos, com uma frescura mental e física invejável.
Para mim, e justamente nesta hora triste de derrota eleitoral, constato que este não foi um voto qualquer. Foi um voto de afecto, de reconhecimento, de excelência.
Subscrevendo o próprio:
Só é vencido quem desiste de lutar...
Led
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