quinta-feira, 30 de junho de 2005

Album da semana : Autolux - Future Perfect


“Redefining what noise means within the context of pop, Autolux doesn't believe in boundaries when it comes to experience and expression. It's been a good decade since a band with this much musical depth, melodic diversity, and straight-up style has driven through our world. Autolux is Eugene Goreshter (vocals/bass), Greg Edwards (guitar/vocals), and Carla Azar (drums/vocals). Although they have garnered comparisons to My Bloody Valentine, Sonic Youth, Mercury Rev, one really can't compare them with ease.


Future Perfect is a work of unimpeachable brilliance, an album that takes its listener hostage and doesn’t release him until each of its 11 demands has been voiced and met. Its very first mandate, Turnstile Blues,” is one of the finest opening salvos in recent memory, an ornery purple bruise of a song that knocks down even the most cynical doors of resistance with a drumbeat so powerful, every hit approximates a sonic depth charge. It’s monumental percussion work — When the Levee Breaks” on amphetamines — and from the moment it reaches the speakers, before the serpentine vocals, molten guitar work and grinding bass distortions even kick in, it’s all over: Autolux’s seemingly harmless pixie in the homemade drop-cloth dress has you — by the balls, the throat, wherever your flesh is most pliant and vulnerable.

The music on Future Perfect cries out as if tortured and beaten into submission, bent unwillingly into the proper keys, then flung out of the register altogether on icy chains of echo. Built on raucous experimentation in the tradition of Sonic Youth, fine-tuned with the grunge-pop sensibility of bands like Smashing Pumpkins and channeled through racks of effects that would make My Bloody Valentine envious, Autolux’s sound is visual and hallucinatory: Tommy-gun guitars keep a suspicious lookout on Robots in the Garden” or cut and run in bank-robbery fashion on the flight-themed chorus of “Angry Candy”; the bass skids out as if taking a sharp corner at unsafe speeds on Blanket”; the drums are foot soldiers fanning out to balance the melodic carnage. Future Perfect is the sound of escape, unseen pursuers nipping at the heels of violent exodus. And even in moments of relative calm like Great Days for the Passenger Element,” Edwards’ lone take at the microphone, Autolux’s rest is fitful, its world-weariness evident. Only on Asleep at the Trigger,” Azar’s wistful vocal soliloquy, does the band ever seem to let down its guard. . The serious rocking out begins towards the end of “Sugarless”. It's noisy and chaotic, but again it's accessible in a good way. Maybe that's the defining notion of Autolux, they are great at bringing the fringe together with accessibility. And then comes the big single – Here Comes Everybody”. This is a great mix of the Autolux everything. It's got all of the best parts of the band in one song:

Noise, pop, a little rocking out, and that every-present spaciness.
Granted, the formula employed by the ensemble isn’t entirely unique, but the manner in which it is performed screams with a hallucinogenic fury that far and away exceeds the multitude of other indie acts that, for the better part of two decades, have been mining the same territory with significantly inferior results. Of course, only time will tell if Autolux can move beyond the stylistic emulation of its heroes, but if Future Perfect is any indication, it will be an intriguing process to witness.”
Fuckin'brilliant!
Led
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quinta-feira, 23 de junho de 2005

Uma país de poucos deveres mas muitos direitos


O Governo anunciou medidas de controlo de baixas dos professores.
(...) Mas é necessário fazer muito mais nesta área.Porque pouco ou nada se tem feito.Poucos arriscam a discutir a Educação e o respectivo sistema. Da Saúde, alguns vão falando. De Educação…nada. Basta ler jornais, ouvir a rádio e ver a TV. Um deserto de ideias e discussões sobre o assunto. Apenas os professores dão pareceres. No sentido que lhes interessa. Um beco sem saída.
A profissão docente não é assim tão má.Afinal, são dezenas de milhares os que, todos os anos, a ela procuram aceder...A primeira grande medida a tomar: todos os Educadores e Professores passariam a cumprir o seu horário no seu local de trabalho. Para um leigo, nada de mais, não é verdade? Mas não é assim? Perguntará a maioria.Não!Os horários dos docentes têm duas componentes: a lectiva (aulas) e a não lectiva que deve ser utilizada para preparação das referidas aulas, para exercer cargos vários, construir, preparar e dinamizar actividades extra-lectivas, etc. Infelizmente, os sindicatos fazem uma interpretação abusiva da legislação, tentando (e conseguindo) colar a ideia que componente lectiva é o período de trabalho... e, fora desta, não há responsabilidades, controlo, regras, nada… Um professor do ensino secundário em final de carreira dá 12 horas semanais de aulas. Se tiver uma qualquer redução horária para ser, por exemplo, director de turma, ainda menos horas sobram…Dizem que nas escolas não há condições de trabalho. Pois. Não as criam. Não interessa… Mesmo quando a escola vai reduzindo os seus alunos (e turmas) tratam logo de destinar os espaços sobrantes para mais uma qualquer actividade inútil, a que os alunos não aderem pois é “criada” para ocupar mais umas horas do tal horário de um qualquer (mais um) professor. Afinal são eles que mandam nas escolas (a tal gestão “democrática”) e orientam-na para os seus interesses.A componente lectiva fica "suspensa" durante determinados períodos: Natal, Páscoa, Carnaval, Verão.
Mais uma vez, infelizmente, os sindicatos fazem uma interpretação abusiva da legislação, colando a suspensão de actividades lectivas a período de férias, pelo que, novamente, é o descontrolo absoluto.Outra interpretação abusiva: ligam suspensão da actividade lectiva (aulas) a uma suspensão da actividade docente (ou educativa para a Educação Pré-Escolar). O que pressuporia aquilo que querem: férias gigantescas. Errado.A interpretação correcta: é actividade docente (ou educativa) a actividade que apenas os docentes podem executar. Mais ninguém. O que não significa que o trabalho dos docentes se limite a estas funções (as que são exclusivamente suas). Mas é isto que argumentam os sindicatos, branqueando, desta forma os atropelos sucessivos ao cumprimento das leis. Aos docentes compete executar outras funções que não aquelas que são exclusivamente da sua responsabilidade (por motivos técnicos e formativos). Mas poucos as executam ou se sentem obrigados a executá-las.
O Estatuto do Pessoal Docente é um absurdo. Não existe em muitos países europeus, tal como não existe o Estatuto de muitas outras Carreiras em Portugal.Mas, curiosamente, parece não haver capacidade para corrigir este estado de coisas.
Os professores portugueses ganham muito (mesmo muito).(...) São, na Europa, os que mais ganham. Logo desde o início da carreira (139% do PIB) e cujo ordenado mais cresce ao longo dessa carreira (até 320% do PIB). Isto para não falar do automatismo da mesma (sobem todos ao topo, sem excepção) e da ausência total de avaliação (será que os professores trabalham?) e controlo de produtividade (será que os alunos aprendem?).
(...) A profissão é atractiva (por muito que se fale, são dezenas de milhar que se candidatam todos os anos sem sucesso).Até concordaria que os sindicatos lutassem por alguma excepcionalidade no que se refere às férias dos docentes. Não há dúvida que é uma profissão de risco e cansaço. Mas daí ao descontrolo actual...Mas não há que generalizar. Há muitos professores competentes. Mas, até muitos destes, fecham os olhos, tapam os ouvidos e viram a cara para o lado quando os sindicatos (os mais esquerdistas e corporativos que existem) dos professores falam. Não concordam, mas serve-lhes... e vão usufruindo do estado das coisas.
Coragem precisa-se. Sócrates já mostrou muita. No pacote actual, caberia bem esta medida: docentes nos estabelecimentos durante as 7 horas por dia. E, todos os dias, com excepção das (verdadeiras) férias, formações, etc. E estas (as formações) devem ser realizadas fora dos períodos de actividades lectivas. E, como sugerido, deve ser feita uma reverificação (a sério) das baixas por doença. Principalmente as que se colam a fins-de-semana longos, a pontes e a períodos de interrupção de actividades lectivas...E mais: há tanto tempo disponível (no horário de trabalho dos docentes). Porque “acertam” sempre no (pequeno) período de actividades lectivas (aulas) as consultas do médico, as acções de formação e as actividades sindicais?
O prejuízo é sempre dos alunos e dos jovens Portugueses. Os que menos sabem e aprendem na Europa.
Acabemos com os álibis e os privilégios acomodados. Agir é preciso. Pelo nosso futuro, como País.

Nuno Monteiro
in "Quadratura do Círculo"
Led ( eu não tive estágio remunerado como muita gente e não me queixei)
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quarta-feira, 22 de junho de 2005

Troubled souls unite, we got ourselves tonight..

In yesterday’s edition of the Chicago Tribune, former Smashing Pumpkins/Zwan frontman Billy Corgan took out a full page ad. What was in the ad, you ask? Well, nothing much; just Corgan declaring that he wants to reunite the Pumpkins.
Yeah, we didn’t see that coming, either.
Coincidentally (or maybe not), Corgan’s first official solo effort, TheFutureEmbrace, hit the stores yesterday. You can get more information at BillyCorgan.com. Oh, and what’s that, you want to see the ad? No problem; you can download it right here.
See for yourself!

Led

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segunda-feira, 20 de junho de 2005

Album da semana - "Loveless" by My Bloody Valentine



"If you ask any indie rock connoisseur from ages 16-30, what the top ten greatest albums of the last 20 years are, more than likely, Loveless will be near the top of that list. A near perfect album, made through the painstaking perfectionism of Kevin Sheilds and company, and the bankrupting of Alan McGee's Creation Records (from which they never recovered from until Oasis), Loveless had an entirely original, and, at the same time, amazingly simple sound which blew away anyone who ventured to listen.

The rush of sound from Sheilds mind-blowingly effect-laden guitar, and the soft cooing of Bilinda Butcher, seems to envelope one's body and carry them away on a cloud of pink haze. It begins with four seemingly benign drumbeats and suddenly, in one of the greatest moments of music history; you're drowned in a vast ocean of sound, and thus the Shoegazer sound was defined forever. As 'Only shallow' comes to a close, the music segues into another part of the continuing sound that is Loveless, with 'Loomer', which gives the feeling of flying into the sun, bathed in golden light. 'Touched', an otherworldly instrumental, writhes and undulates like a snake sliding across the desert, and sounds like signals from an alien ship. 'To Here Knows When', which first appeared on the Tremolo Ep, has Bilinda on vocals, with a quiet tambourine shaken in the background, makes way for 'When You Sleep', with its instantly memorable melody, is definitely one of the best tracks on the album (which is saying a lot, this being a perfect album). 'I Only Said' builds on the motif used in the last seconds of 'Touched', and features Kevin on vocals, which fades into the gigantic-sounding 'Come In Alone'. The next track, undoubtedly the most emotional of the album, 'Sometimes', which has made its way recently onto the Lost In Translation soundtrack, has Kevin singing tenderly of a love lost, and is one of MBV's best. 'Blown a Wish', with Shield's guitar playing the role of ambient texture and Bilinda's tracked vocals, makes one feel like they are being surrounded by a friendly mass of bees, humming quietly. 'What You Want', has a happy yet melancholy sound that evokes memories of friends and loved-ones, which ends with a minute long loop of a flute/synth. The finale of the album, 'Soon', has an acid-house dance beat, and has been praised by many as one of the greatest singles of all time, namely by Brian Eno.

So, after reading this, I hope that if you haven't heard this perfect album, you will run out of your house like a madman and BUY it, otherwise, you'd be cheating yourself out of a musical experience without equal."

Led
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OK Computer the top album of the past 20 years. KID B on the way?


“Spin magazine named Radiohead's "OK Computer" the top album of the past 20 years, praising a futuristic sound that manages to feel alive "even when its words are spoken by a robot."

The British band's album edged out Public Enemy's "It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back" and Nirvana's "Nevermind" on a list in Spin's 20th anniversary issue, currently on newsstands.

"Between Thom Yorke's orange-alert worldview and the band's meld of epic guitar rock and electronic glitch, (`OK Computer') not only forecast a decade of music but uncannily predicted our global culture of communal distress," reads the editorial note on what separated the 1997 disc from the other 99 ranked albums.

Sandwiched between Radiohead's straight-ahead rock disc "The Bends" and the more experimental, electronic "Kid A," "OK Computer" was the album that propelled Radiohead to worldwide, stadium-sized popularity. Though it never went higher than No. 21 on the Billboard charts, it won critical raves and a Grammy for best alternative music performance.

Spin's Chuck Klosterman says the album "manages to sound how the future will feel. ... It's a mechanical album that always feels alive, even when its words are spoken by a robot."

Years earlier, Spin ranked Nirvana's "Nevermind" the greatest album of the nineties. In the time since, however, editor-in-chief Sia Michel and others simply found they were reaching for "OK Computer" more than the slightly less relevant "Nevermind."

"Whereas when Nirvana came out, everybody was talking about negation and slackers and everything like that -- seven years later, it was the dot-com boom and 22-year-olds were making $80,000 on Web sites," Michel recently told The Associated Press.

Meanwhile, Radiohead have broken the silence over their new album.
Singer Thom Yorke has told to the press that the sessions for their new album remind him of working on ‘Kid A’.
The band recently regrouped to start rehearsing and recording new songs for the follow-up to 2003’s ‘Hail To The Thief’.
The album, not due until next year, will be the band’s seventh. Yorke told that the early sessions had seen the band changing the way they work, reminding him of the change between 1997 LP ‘OK Computer’ and 2000‘Kid A’.
He said: “It’s going well. It’s a bit like ‘Kid A’ – we’re going through a period of change. But that’s good. We’ll get there”
Songs touted for the record include ‘House Of Cards’, ‘Glass Flowers’, ‘Reckoner’ and ‘Arpeggi’.

As reported earlier, Radiohead have declined the invitation to play at the second edition of Live Aid (Live 8 - July 2nd). BBC's Jo Whiley spoke to U2's Bone before their gig in Belgium - Bono said he hoped Thom Yorke would change his mind. The band, which has been vocal on many of the global development issues that the shows are aiming to raise awareness about, were given the chance by organiser Bob Geldof, according to BBC News.
But guitarist Jonny Greenwood’s recent parenthood is among the reasons why the band were unable to take part.”

Led

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sábado, 18 de junho de 2005

As mulheres e a Latada...tudo de enfiada!


Ai,ai,ai...Este vai ser um post controverso...bem, o que quero discutir aqui é que, segundo a minha experiência, as mulheres (entre os 15 e os 30 anos) são muito pouco selectivas quanto à música que ouvem. Já discuti isto com alguns amigos meus e todos concordam, inclusivé amigas minhas em momentos de honestidade total!
Segundo a minha opinião, uma mulher pode apresentar-se como muito perfeccionista a nível musical, dizendo-se fã desta e daquela banda mais alternativa. Faz questão de mostrar-se inteligente e irredutível no que respeita a escolhas musicais. Contudo, após contacto com o som mais ritmado de uma brasileirada parola (vulgo termo “latada”) numa qualquer discoteca vulgar, essa selectividade e complexidade é completamente posta de parte e a verdadeira mulher generalista e sem sentido musical nenhum surge finalmente. Vai tudo de enfiada!
É um padrão que tenho observado em muitas amigas minhas e que tem o seu sentido devido à sua anatomia e seu comportamento a nível animal. A mulher procura o ritmo pelo ritmo, um modo de poder balancear o seu corpo de modo a poder (conscientemente ou inconscientemente) aliciar o(s) homem(ns) mais próximo(s). O raciocínio e as manias são postas de parte neste halo quase hipnotizante e sexual de ritmos tribais.
Em qualquer festival de verão, em qualquer queima das fitas, em qualquer latada, aí estão as mulheres em frente à barraca de vodka à procura dos sons brasileiros ou congéneres. Netinho, Shakira, Ricky Martin , Ivete Sangalo, Fafá de Belém, Maria Bethânia, Daniela Mercury são todos cantores parte de uma vasta categoria de lixo musical brasileiro ( e sul-americano, mais genericamente) foleiro à brava mas que são capazes de suscitar esse sentimento mais irracional nas mulheres, o vulgar “tira o pé do chão!”.Não há mulher que resista a este apelo latino parolo.
Os homens, por outro lado, são mais intransigentes, mais teimosos e críticos em relação à música. Procuram e compram aquilo que lhes dá mais prazer e normalmente não se descartam na pista de som. Devo dizer que os homens vão habitualmente a essas discotecas mais parolas apenas porque se podem divertir a ver as mulheres completamente desinibidas à dançar esse som desprovidas de qualquer contrariedade. Às mulheres atrai-lhes o som ritmado, aos homens o balancear suave das ancas.
Obviamente que esta não é uma regra geral e existem ainda muitas excepções (tanto para os homens como para as mulheres). Não queria parecer demasiado sexista, mas obviamente que as mulheres e os homens não são iguais a nível biológico e psicológico. Os tabus foram feitos para serem desvendados e o padrão existe e é incontornável! Verifiquem-no num qualquer dos festivais de verão que aí se aproximam.
Ritmo, ritmo, ritmo...é suficiente para elas!
Que me desculpem as ofendidas e as que não se vêem nesta concepção!
Led
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quinta-feira, 16 de junho de 2005

Til Kingdom come


Steal my heart and hold my tongue
I feel my time,
My time has come
Let me in
Unlock the door
I never felt this way before

And the wheels just keep on turning
The drummer begins to drum
I don’t know which way I’m going
I don’t know which way I’ve come

Hold my head inside your hands
I need someone who understands
I need someone, someone who hears
For you I’ve waited all these years
For you I’d wait till kingdom come
Until my day, my day's done
And say you'll come and set me free
Just say you'll wait, you'll wait for me

In your tears and in your blood
In your fire and in your flood
I hear you laugh, I heard you sing
And I wouldn’t change a single thing
And the wheels just keep on turning
The drummers begin to drum
I don’t know which way I’m going
I don’t know what I’ve become

For you I’d wait till kingdom come
Until my days, until my days are gone
Say you'll come and set me free
Just say you'll wait, you'll wait for me
Just say you'll wait, you'll wait for me
Just say you'll wait, you'll wait for me

Led (image Scotland 05/03/05)
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quarta-feira, 15 de junho de 2005

Temporau di amô



Uma relíquia do século passado....
Aí está a letra da canção perdida no tempo que melhor exemplifica o termo “latada”:

Chuva no telhado, vento no portão
E eu aqui nesta solidão
Fecho a janela, tá frio o nosso quarto
E eu aqui sem o teu abraço
Doido pra sentir seu cheiro
Doido pra sentir seu gosto
Louco pra beijar seu beijo matar a saudade
É esse meu desejo
Vê se não demora muito, coração tá reclamando
Traga logo o seu carinho, tô aqui sozinho
Tô te esperando
Quando você chegar, tire essa roupa molhada
Quero ser a tolha e o seu cobertor
Quando você chegar, mando a saudade sair
Vai trovejar vai cair um temporal de amor
Um temporal de amor...

Artista: Leandro e Leonardo
Música: Temporal de Amor

Ohhh yeah!!!
Parolada total...
Led
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segunda-feira, 13 de junho de 2005

Incontornáveis ilustríssimos


Led
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Snowden


DOVES - O segundo single ( o 1º designado “Black and White Town”) retirado do album “Some Cities” intitulado “Snowden” saiu agora:


7" Vynil:
A. Snowden (Rich Costey Mix)
B. Black Circus Of Prague (exclusive new b-side)


Two-Track CD:
A. Snowden (Rich Costey Mix)
B. Son Of A Builder (exclusive new b-side)


Maxi CD (includes two new remixes) :
A. Snowden (Rich Costey Mix)
B. Black And White Town (David Holmes Remix)
C. Almost Forgot Myself (Doves vs. 69Corp)


Snowden is one of the few tracks from the album Some Cities that takes a break from the city. It owes its vastness to being directly inspired by the mountain range from where it (almost) takes its name. With celestial strings, Snowden has an otherworldliness that is unique to this track.

Cinematic in atmosphere, Snowden captures Doves at a high point that once again illustrates the sheer quality of the band. The single version of Snowden is distinct from that of the album, being a new mix by Rich Costey who has previously worked with Secret Machines, 22-20s and The Mars Volta. Also appearing on the track is Guy Garvey of Elbow who sings backing vocals.

Following on from a sell-out UK tour and playing to thrilled crowds at SXSW, Doves will be playing the prestigious Coachella Festival in California before returning to the UK to play Glastonbury, the V Festival and T In The Park. They will also be seen supporting Coldplay at the Reebok Stadium in the summer.
Some Cities is an album that captures the essence of returning to your home town to find parts unrecognisable, the heartbeat led astray. A diverse album then, Some Cities deserves its plaudits and Snowden will undoubtedly introduce it to more.”
Led
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domingo, 12 de junho de 2005

Pacheco Pereira: Crime, Violência, Raça, Sexo, Cultura e Nação

«A ideia politicamente correcta de que não se deve nomear a cor, nacionalidade (no caso de imigrantes) ou qualquer outro pormenor que possa ser considerado racista, sexista ou xenófobo, nas notícias dos crimes, é só e apenas isso: politicamente correcta. Na prática, censura-nos uma informação que devíamos ter: a relação entre a criminalidade e os factores sociais e culturais onde ela encontra raízes. Nos crimes não há (não deve haver) desresponsabilização individual por razões "sociais" e muito menos "explicações" colectivas que desvalorizem o acto criminoso, e é insensato pensar que não há "meios" de cultura favoráveis que incluem hoje a cor da pele, a idade, os padrões de consumo "cultural", e o "ambiente", a ecologia dos sítios. É verdade para os lavradores que matam por águas e marcos do terreno, para os perdidos do mundo dos escritórios e da função pública que matam por ciúmes; para os mil e um "espertos" de todas as economias fora do fisco, sempre na linha entre a corrupção activa e passiva; para os ciganos, eternos vendedores e compradores de tudo o que se compra e vende; para as máfias da imigração, que exportam métodos expeditos de "protecção" e punição; e para os desenraízados violentos dos subúrbios negros e, a prazo, islâmicos.

As recentes mortes de polícias não foram obra de "bandos de pretos", mas uniram no assassinato duas realidades do crime: a nova criminalidade violenta e agressiva dos bandos negros de segunda geração, ou seja, portugueses filhos da primeira geração de imigrantes das nossas antigas colónias de África, e o submundo da "noite" do subúrbio, bares, casas de alterne, prostituição, tráfico de tudo, drogas e armas, economia paralela, ainda dominantemente caucasiano branco, ainda dominantemente português, embora a nova imigração de leste lhe dê um braço armado mais pesado.

Em ambos os casos as explicações "sociais" são mais que conhecidas, em particular para a nova criminalidade violenta ligada a grupos de jovens negros: vida de gueto, segunda geração sem a vontade de integração dos pais, sem a subserviência da emigração que veio da miséria absoluta e aceitava tudo, sentindo o racismo da sociedade branca como ninguém e respondendo-lhe com uma procura de identidade no crime e na violência. Muito centro comercial, muito filme americano, muito rap, muito jogo de vídeo, nenhuma escolarização, e, na cabeça, a violência como afirmação de força e identidade. É um problema sério cuja versão light se encontra todos os dias nos bandos que habitam o Colombo e outros centros comerciais, ou em que míudos assaltam míudos à porta de tudo o que é escola.

Depois há os grandes negócios clandestinos de sempre, a prostituição, a droga, as armas (este em crescendo), e todo um mundo de oportunidades na "indústria da noite", a dos ricos e a dos pobres. Uma nova riqueza consumista, dinheiro mal ganho por todo o lado, no "estado social", na economia clandestina da construção cívil, nos jeitos e "biscates", nas lojas que nascem e desaparecem sem que ninguém as perceba, na lavagem de muito dinheiro, tudo isto atrai uma competição sem tréguas, onde habitam personagens não muito distintas das da Quinta das Celebridades, quer as vindas de Cascais quer as da Brandoa.

Aqui Portugal mudou, e muito, e precisa de o compreender sem ser aos sobressaltos televisivos de cada crime. Precisa de outros polícias, outros magistrados e, num ou noutro caso, de novos procedimentos adoptados a uma realidade mais cruel. Mas precisa também de outras escolas e outros subúrbios, porque estes, feitos pela ilegalidade consentida de autarcas e governantes, vieram do crime e da pobreza e perpetuam o crime e a insegurança.»
José Pacheco Pereira
In "Sábado" nº 47, 31 de Março de 2005
Led

O "Arrastão" em Carcavelos - 15 ideias

1. A fragilidade da nossa democracia.

2. A Europa sem fronteiras “arrastada” pela emigração ilegal.

3. Um dos porquês do não à Constituição Europeia por esse continente fora

4. A ausência de autoridade.

5. A desresponsabilização individual por razões "sociais".

6. O Sistema judicial e penal arcaico e proteccionista do criminoso infractor.

7. A dependência do rendimento mínimo.

8. Os políticos politicamente correctos seguros nos seus bairros de luxo e o seu silêncio perante a evidência.

9. As perguntas de um jornalista da TVI que acusavam um polícia de alegadamente ter agredido uma pessoa que não pertencia ao bando....no meio da enorme confusão de 500 indivíduos a assaltarem e a baterem em dezenas de pessoas esta foi a questão perene para esta estação de televisão...enfim...sem novidades!

10. O porquê do alastramento de conceitos xenofóbicos.

11. A selva da linha Lisboa-Cascais.

12. As medidas sugeridas pelo bloco-de-esquerda que ainda visam o desarmamento policial e a diminuição do n.º de agentes.

13. A falta de meios e condições das forças policiais.

14. O dinheiro gasto em submarinos.

15. O simbolismo da data, 10 Junho, dia de Portugal
.

Led
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sábado, 11 de junho de 2005

Comercial é fixe?


O que significa intitular uma musica ou banda de comercial ou não comercial? Significará, na sua essência, realmente algo de negativo?
É errado usar o termo comercial neste sentido. Assim como existem várias definições para música, existem muitas divisões e agrupamentos da música, muitos dos quais são contestados por argumentos sobre a definição musical. Entre os muitos gêneros existem os mais conhecidamente abrangentes:música erudita (também conhecida como clássica) e música popular (música comercial).
Comercial é então todo o tipo de música que não a clássica. O termo “comercial” é mal empregue e reflexo de uma falta de visão e arrogância por parte de quem o apregoa. Ora a música sempre fugirá de categorizações artificiais. Uma banda que comece a aparecer demasiado nas rádios, televisão e revistas, começa a ser encarada por alguns como desprestigiante...dizem as pessoas que a magia da sua musica desapareceu porque se tornaram demasiado comerciais, convencionais, muito pop...ora, eu acho que se trata apenas de uma questão de elitismo, confusão ignorante de conceitos e de suposta superioridade musico-cultural.
Nunca haverá consenso em relação à música produzida por uma banda mas penso que as bandas não perdem por si as suas qualidades só porque aparecem mais vezes nas capas de revistas ou porque as suas canções possam passar em excesso em rádios mais mainstream. A qualidade e a análise de uma canção deve-se basear em critérios de isenção e, essencialmente, em critérios de sensibilidade sensorial intrapessoais. Quando se fala de música fala-se, de género, de grupos e de artistas mas nunca falamos o que é a musica e o que nos transmite .
As pessoas que tenho conhecido ás vezes me perguntam que tipos de músicas gostas? … eu respondo-lhes gosto de boa musica! Quando me refiro ao gostar de boa musica estou a englobar todo o tipo e género de musica que me transmita algo de bom e que me transmita algo que mexa com os meus sentimentos. Assim, para mim, só existem mesmo dois tipos de bandas, as que fazem boa musica e as que fazem má música. Pouco me interessa se passam em abuso nas rádios ou na televisão. O facto de uma banda conseguir chegar a muitos mais ouvidos avulsos e ser apreciada só poderá significar algo de positivo.
Num país pequeno como Portugal é horrorosamente fácil ser-se alternativo. Pouca gente, poucas bandas, mercado pequeno e vulnerável...muito fácil seleccionar-se bandas que não se ouvem muito por cá e considerá-las como parte de algum movimento alternativo global do qual nós (apreciadores requintados) fazemos parte. O que é alternativo cá felizmente não o é no Reino Unido ou nos USA, principais geradores do mercado musical mundial. È urgente dizer-se que esse movimento não existe nem tem estilo nenhum!
No outro dia ouvi alguém dizer que para se apreciar melhor musica e alternativa dever-se-ia educar musicalmente. O termo “educação musical” parece-me a mim, nestes termos, de altamente fascista apenas porque não podemos obrigar ninguém a seguir os nossos gostos musicais. Não podemos impor a ninguém as nossas condições mesquinhas e princípios avarentos do k realmente é bom ou mau numa canção ou banda.
A música é uma forma de arte, sem princípios ou regras esquematizadas. O mais maravilhoso desta forma de arte é que qualquer um poderá fazer a sua avaliação diferencial. A espontaneidade com k se selecciona e aprecia determinada banda ou canção se perde quando nos limitamos a seleccionar e ouvir apenas o que ainda n é conhecido. Esta é uma regra estúpida e que apenas nos impede de retirarmos o máximo da música para nós. A obrigação de ser diferente e ouvir música diferente é apenas um tipo de moda e que, segundo a minha opinião, é o auge do comercialismo, o apogeu do vendível . Ser o oposto ao geral , a diferença só pela diferença, o hype só pelo hype não tem sentido nenhum e então a nível musical, rotularmo-nos como alternativos é apenas ridículo e tremendamente provinciano.
Uma canção atinge-nos de uma maneira própria, de acordo com as nossas raízes e experiência musical. Mas nunca poderemos considerarmo-nos como donos de uma suposta elevação cultural ao classificarmos uma banda como comercial apenas porque pessoas com um alegado menor conhecimento musical gostam de um grupo mais mainstream. Ouvir música é unicamente uma forma de prazer e não um estrado para marcarmos a nossa diferença musical. A música não se pensa nem se raciocina, ouve-se!

Led
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sexta-feira, 10 de junho de 2005

Coldplay's ‘X&Y’


“Since ‘A Rush Of Blood To The Head’, there have been very obvious changes to Coldplay’s life. There’s the Hollywood star wife, the baby, Chris Martin emerging as a surprisingly effective anti-paparazzi punch-thrower. But equally as telling are the similarities between life around the recording of that one and of ‘X&Y’. Again, exhausted after a relentless, punishing tour, Coldplay had to sit down and decide if they still wanted to be a band. Having sold more than anyone ever dreamed, broken bigger in America than thought possible for a British band, they decided to retreat and come up with something even more mighty than before – to reinvent the wheel, as Chris Martin must now regret saying.Have they succeeded? Well, there are no tracks on ‘X&Y’ as immediate as ‘The Scientist’ or ‘In My Place’ or ‘Yellow’. It takes time to seep in and get to you. But then – and its easy to forget – ‘A Rush Of Blood…’wasn’t immediate either. Those songs might feel like part of the fabric now and that record might have opened with the slam-dunk of ‘Politik’ but it was an album that took a lot of listens.Here, ‘Square One’ ,the first album song, a brilliant evovcative atmos-rock track with New Orderish overtones and Eno-like outro,picks up where ‘Politik’ left off. It’s Coldplay doing Radiohead, hoking round the studio for new sounds and shapes. It starts quietly before Chris chimes in with that broken glass voice, now as identifiable as any in music, and Johnny Buckland works through The Edge’s collection of effects pedals. It’s about cracking puzzles and codes, solving riddles – a recurring Coldplay obsession. It’s about this record – once you get it, it makes perfect sense - and its about Chris Martin.Lucky for Coldplay and for us he remains riddled with self-doubt. He also remains absolutely intangible. The more he says and the more that is revealed about him, the less sense he makes. There were stories about Martin putting in 18-hourdays to get this record right. There were stories at the same time about problems at home and much of this album could easily by read as an open letter to his wife. ‘What If’, with its cry of ‘What if you don’t want me there by your side/What if you don’t want me there in the light’ is, on the face of it, a simple message to Gwyneth Paltrow. The gentle, pulsing big ballad backing does little to change the idea. But that’s too obvious and too trite for Martin. It’s no leap to see it as a message to fans. Martin, ever the pessimist, is unsure if he has pushed things too far, if Coldplay have been front and centre too long and if he might lose the muse and never write another word or note of worth.This nagging doubt is at the core of ‘X&Y’. It’s a record about how we end up with the perfect one and the fear of keeping that intangible light burning. It’s also about a bunch of middle class boys lucking out, creating alchemy and becoming the biggest band of their generation while still scared shitless they’ll end up working in a call centre. It’s a brilliant record of paranoia. Oasis third album was an overblown opus to the excesses of cocaine and the good-life. Radiohead’s was a claustrophobic, intense look at the end of the world. Coldplay ’s is about love and fear. When Fix You’ kicks in, which NME will concede must be about Paltrow (‘Tears stream down your face/When you lose something you can’t replace… and I will fix you’), it’s an old-fashioned hair on the neck moment. It’s a wonderful song that shifts from simple stark piano and voice to a ringing, clattering burst of intent and proto-prog four-part harmony. It will become a massive live track. There’s the typical Coldplay drums and piano-led revisit to Clocks territory's ‘Speed of Sound’, the first single, about an astronaut who’s watching our planet from a satellite and is inspired by the simple miracles of our life like love, friendship and earth landscapes, in spite of all the astonishing technologic development that brought him to where he is now. Elsewhere, you don’t have to dig too deep to find the influences Coldplay have mined. There’s the Kraftwerk lift (from ‘Computer Love’) on ‘Talk’, a nod to Prince’s ‘When Doves Cry’ on ‘White Shadows’, some Lennon-driven Beatles rocking through on A Message’ and Echo & The Bunnymen here and there. They even sneak in ‘Til Kingdom Come’, the song they wrote for Johnny Cash that he never got to record, as a simple acoustic secret track. But it is U2, now Coldplay’s natural peers, who loom largest of all. Their shadow falls on every note, in the complete confidence the band have playing together– and Buckland is not backward about emulating The Edge on half a dozen tracks. Confident, bold, ambitious, bunged with singles and impossible to contain, ‘X&Y’ doesn’t reinvent the wheel but it does reinforce Coldplay as the band of their time. The MD of Parlophone and his shareholders can sleep easy. This is a great, great record that has just raised the bar for everyone. That’s probably of little consequence for Chris Martin. The worries for our great self-doubting hero about how to better have started now.”
Global grade : 9/10

Tirado de New Musical Express, http://www.nme.com/reviews/11894.htm
Led
Posted by Hello

Olarilolela

Pois é...pois é....estou de volta! Para satisfação de alguns e infelicidade de outros muito provavelmente! Pois é...apesar da dificuldade de manter um “solo-blog” activo vou tentar ver se ponho aqui os pés mais vezes. Para conforto de alguns devo assegurar-vos que continuarei a falar de “futebolada e politiquices” e a escrever no tom mais imbecil do mundo sobre imbecilidades e a desejar que imbecis como eu (mesmo estruturas pré-embrionárias) possam ler e reagir de uma forma efusiva e cheia de coragem .
Um bem haja!

Led