sexta-feira, 27 de março de 2009

sábado, 21 de março de 2009

Déjà vu

Não vale a pena falarem-me desse muro opaco e nadificante das evidências, probabilidades, estatísticas, conjecturas e previsões. A grandeza consiste em tentar ser grande. Não há outro meio. Entremeado nisso tudo, a orla ténue e irrefragável da esperança em suor e lágrimas. A última, derradeira, absoluta, fundamental, supervivente. E depois, talvez, possivelmente, quiçá, porventura, a exultação da humildade.

Led

sexta-feira, 20 de março de 2009

quarta-feira, 18 de março de 2009

YYY's - It's Blitz


Led

De volta à Idade Média

"Não se espera que o Papa, este papa, ajude a resolver os problemas dramáticos que afligem a humanidade mas podia esperar-se que, ao menos, os não agravasse. Para este pontífice é mais fácil diagnosticar um milagre no olho de D. Guilhermina de Jesus do que pressentir o perigo de países que morrem sob o efeito da SIDA. A África precisa mais de médicos, medicamentos e comida do que de conselhos pios. "


Led

terça-feira, 17 de março de 2009

Dá-me lume

Nunca fiz publicidade a isto por aqui, mas hoje é o dia. Falo da primeira biografia de Jorge Palma que foi editada no passado dia 4 de Dezembro. A autoria é do meu primo e amigo Pedro Teixeira que andou a recolher informação e depoimentos do próprio Jorge Palma, de familiares, críticos, apreciadores e de músicos (e.g. Zé Pedro e Tim, Flak e Alex (R. Macau) Rão Kyao, Paco Bandeira, Paulo Gonzo, João Gil, Vitorino, Sérgio Godinho, Mafalda Veiga, Carlos Tê, Rui Veloso, etc) que, de algum modo, se cruzaram na carreira do criador de “Deixa-me Rir”, "Frágil" ou “Bairro do Amor”. A biografia terá uma apresentação televisiva no próximo domingo no programa “Só Visto”, da RTP1.

Mais informações no blog do palmaníaco Tiago Branco.

Passo a publicidade.

Update: Afinal a entrevista no programa "Só Visto" com Marta Leite de Castro terá lugar apenas no dia 29 de Março.


Led

sábado, 14 de março de 2009

Ainda da melancolia

“Um ser vagamente melancólico, com predisposição para a nostalgia dos gloriosos tempos dos seus egrégios avós, enquanto acumula pequenas derrotas diárias que aceita com resignação.”

A descrição do Português, segundo a "Ípsilon" desta semana.

À parte dos "egrégios avós", sinto-me tristemente reduzido nesta frase que aceito com resignação.

Led

quarta-feira, 11 de março de 2009

De novo nos quartos!


5 anos depois, estamos novamente entre as 8 melhores da Europa!

E que dizer do que se passou no Dragão? Basicamente que, mais uma vez, Leo Franco conseguiu ser o homem do jogo. Que houve mais Porto nos primeiros 25 minutos da primeira e na generalidade da segunda parte, segmento do jogo onde o Atlético se apresentou estranhamente cauteloso e acanhado. Uma justificação possível para o abatimento dos colchoneros na segunda parte poderá estar na saída de Maxi Rodríguez e na entrada de Diego Fórlan, situação que deixou o meio campo do Atlético muito menos arrojado e permissível às entradas dos médios ofensivos do FCPorto. De resto, isto é dizer pouco. O que é facto é que o FCPorto, por mérito próprio, conseguiu inverter a cadência do jogo e ser muito superior. Contei pelo menos 6 jogadas promissoras de golo para os azuis e brancos (além de 2 bolas à trave) que passaram pela cabeça de Rodríguez e pelos pés de Hulk, Meireles e Lisandro. Por seu lado, o Atlético apareceu quase sempre sob a forma de contra-ataque desfeito na defesa do FCPorto, com muitas dificuldades em alcançar a grande-área de Helton e só conseguindo criar verdadeiro perigo em remates longínquos e de bola parada. Ainda uma pequena nota para Abel Resino que, no final do jogo, conseguiu queixar-se do pénalti não marcado no lance entre Simão e Bruno Alves e convenientemente esqueceu o toque com a mão de Ufjalusi na grande-área após remate do Hulk e do empurrão de Perea (Ibáñez?) sobre Lisandro. Esta memória selectiva...

E agora?
Agora deposita-se 1,1 milhões de euros no banco (que não o BPN) e os outros 1,4 para pagar os prejuízos desta época.

E a seguir?
Venha o Villarreal? O Bayern?...

E amanhã?
Quero ver a capa dos candongueiros do Rascord...

Led

terça-feira, 10 de março de 2009

PMC - To Serve and Protect

A polida e instruída Polícia Municipal fez mais uma vítima na sua demanda sequiosa por comissões de multas em veículos mal estacionados:

“(...)
- Vai receber uma carta em casa com a respectiva referência multibanco!
- Maravilhoso...Entendo perfeitamente a razão da minha multa, mas fico sem perceber porque razão, anos após anos, a zona da praça da Sé Nova com as suas fiadas monstruosas de carros em segunda-mão, parece estranhamente imune aos preceitos rigorosos da lei. Será porque a generalidade dos veículos pertencem aos respeitosos docentes da Fac.Medicina?
(pausa para reflexão da Sra. polícia)
- O senhor trabalha na Fac.Medicina?
- Sim…
(pausa para reflexão da Sra. polícia)
- Vou analisar a sua questão mas agora já não posso fazer muito para alterar esta situação.
- A minha imagino que não...mas os carros continuam mal estacionados na Sé Nova e a dificultar verdadeiramente o tráfego de terceiros…
- Nós é que definimos os critérios das autuações.
- Imagino…”

- Obrigado e volte sempre!

Humpff…

Led

Estimada embirração:

Os Franz Ferdinand andam a tocar a mesma canção há quanto tempo?

Led

segunda-feira, 9 de março de 2009

Os dois discos de 2008 mais estupidamente idiotamente obscenamente ignorantemente esquecidos na lista dos melhores neste blog

Dear shadow alive and well
How can the body die
You tell me everything
Anything true

Fleet Foxes - Tiger Mountain Peasant Song.mp3 (in Fleet Foxes, 2008)

“I met you in the middle of a dustcloud
Hoping then to lose you like a ship in fog
But palms across the desert crossed the sea
Were my last words not quite as sobering as my epitaph”

The Envy Corps - Rhinemaidens.mp3 (in Dwell, 2008)

Fica a reverência melodiosa em jeito de pedido de desculpas.

Led

sexta-feira, 6 de março de 2009

6 canções para o fim-de-semana


Muse - Muscle Museum (funky take).mp3
Deftones - Knife Party.mp3
A Perfect Circle - Orestes.mp3
I Can’t Believe It’s Not Rock! - Rain.mp3
Radiohead - Talk Show Host (live Berlin, 2000).mp3
Pearl Jam - You Are.mp3

P.S: Caso alguma canção dê problemas no leitor do blog: “right click” + “open in a new tab”.

Led

quinta-feira, 5 de março de 2009

Perpétuo horizonte

Como explicar-te...Estar-se cheio, tenso, farto, às vezes no limite da loucura. Cintado da moral, da vigilância dos princípios, do acomodamento paternalista, do “parece mal” generalizado. E sobretudo, a constatação que esse conformismo deriva de um receio, de um medo incerto de se falhar com personalismo. Como explicar-te...Estamos predispostos antecipadamente a querer explicar tudo, evitando o descontrole do indecifrável. Esquecemos a própria significação da interrogação, cobrindo-a com a falácia urgente da resposta. Como as prescrições fáceis do vendedor da banha-da-cobra. Mas só as perguntas têm resposta. As interrogações não se resolvem e muito menos se controlam. Como explicar-te... Acomodados nos nossos bunkers de saber especializado e da utilidade prática, de costas voltadas para a essencialidade do incrível gratuito e excessivo que é o estarmos aqui. Corremos a solidão a pontapé como sarna. Preferimos o bulício da incorporação em manada. Esquecemos o indizível melancólico do tudo e que nos apela à sensibilidade mais profunda em proveito da segurança das palavras decoradas. Das palavras dos outros. Olvidámos o encantamento, a fina e profunda comoção. Falo dos candeeiros lôbregos, da estrada silenciosa, das luzes distantes, do vento que cresce, de um céu nublado, das vozes ocultas que se evolam, desta hora supensa de eternidade. De uma melancolia do fim. De um silêncio de abandono. Já o sentiste? Sem outros por ti? Prisioneiros dos convencionalismos do provisório. Semideuses iludidos de imortalidade. Estamos completamente desarmados de valores, já o pensaste profundamente? Respira-se a medo neste desterro movediço onde todos os mitos há muito se esvaíram. Agarramo-nos com afinco frenético ao que ainda parece seguro e portanto ao transitório mais material. Como explicar-te... Homens de acção. Homens superficiais. De couraça programática e mecânica. Circunscritos pelo acautelamento à desilusão. Mundo asséptico, individualista, frio, de plástico. Enfadonho. Tecnologia. Ciência. Questionamento de betão. Estruturalismo sintético. Morte da imaginação.

E uma vontade oculta de se rebentar com tudo. Ser-se livre, como quem já nada tem a arriscar. Só a liberdade absoluta é um perpétuo horizonte, para lá de todos os outros horizontes, que é o horizonte do impossível.

Como explicar-te...

Escrevo isto, e não sei (a)o que escrevo.

Led