quarta-feira, 11 de março de 2009

De novo nos quartos!


5 anos depois, estamos novamente entre as 8 melhores da Europa!

E que dizer do que se passou no Dragão? Basicamente que, mais uma vez, Leo Franco conseguiu ser o homem do jogo. Que houve mais Porto nos primeiros 25 minutos da primeira e na generalidade da segunda parte, segmento do jogo onde o Atlético se apresentou estranhamente cauteloso e acanhado. Uma justificação possível para o abatimento dos colchoneros na segunda parte poderá estar na saída de Maxi Rodríguez e na entrada de Diego Fórlan, situação que deixou o meio campo do Atlético muito menos arrojado e permissível às entradas dos médios ofensivos do FCPorto. De resto, isto é dizer pouco. O que é facto é que o FCPorto, por mérito próprio, conseguiu inverter a cadência do jogo e ser muito superior. Contei pelo menos 6 jogadas promissoras de golo para os azuis e brancos (além de 2 bolas à trave) que passaram pela cabeça de Rodríguez e pelos pés de Hulk, Meireles e Lisandro. Por seu lado, o Atlético apareceu quase sempre sob a forma de contra-ataque desfeito na defesa do FCPorto, com muitas dificuldades em alcançar a grande-área de Helton e só conseguindo criar verdadeiro perigo em remates longínquos e de bola parada. Ainda uma pequena nota para Abel Resino que, no final do jogo, conseguiu queixar-se do pénalti não marcado no lance entre Simão e Bruno Alves e convenientemente esqueceu o toque com a mão de Ufjalusi na grande-área após remate do Hulk e do empurrão de Perea (Ibáñez?) sobre Lisandro. Esta memória selectiva...

E agora?
Agora deposita-se 1,1 milhões de euros no banco (que não o BPN) e os outros 1,4 para pagar os prejuízos desta época.

E a seguir?
Venha o Villarreal? O Bayern?...

E amanhã?
Quero ver a capa dos candongueiros do Rascord...

Led

7 comentários:

Jp disse...

A capa do Record? Como já te disse:

"David Luís: As Trident Senses de melancia dão-me pica"

Subtítulo:
"Bynia faz sucesso na revitalizada secção de boxe"

nuno disse...

deviam era agradecer a protecção mediàtica que os jornais vos dão em vez de se queixarem.
qd o outro juiz veio dizer que "500 contos nem para o aquecimento", algum jornal falou? qd o gaijo do porto ameaçou de porrada um jornalista da flashinterview da RTP no fim do jogo co leixões por ter perguntado ao Jesualdo pela renovação, algum jornal falou? algum dos jornais que, uma vez por semana, metem o quique numa qq equipa espanhola? não? e das ameaças de morte ao paulo assunção, alguém falou? e de terem agredido o cebola, alguém falou? ou qd rebentaram o vidro ao carro do adrianse? não? queixaram-se na altura da capa do record do dia seguinte? do mesmo record que hoje fala do Miguel Veloso ter entrado a rir no treino?
pois. bem me parecia.


jogaram bem e merecem estar nos quartos. e com sorte no sorteio, fazem bem mais do que 2 jogos.

vou ver o braga. achas que o jogo dà aì? é para saber se levo uma tarja ou não! :)

Ledbetter disse...

Nuno, nem me vou dar ao trabalho de responder a essa retórica despropositada e cheia de invídia. Toma um Kompensan que isso passa!

Ledbetter disse...

A protecção mediática que os jornais nos dão...ahahahaha!Só tu para me fazeres rir logo de manhã...ou chorar.

Ledbetter disse...

Olha, já agora procura aí se estas notícias fizeram alguma vez parte das manchetes do Rascord ou na Bolha:

http://dn.sapo.pt/2007/07/23/desporto/
filipe_vieira_acusado_manipular_caro.html

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1269576&idCanal=

http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000012-0000-0000-0000-000000000012&contentid=00158027-3333-3333-3333-000000158027&goComments=51

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1269925&idCanal=1030

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=93596

Protecção mediática…

nuno disse...

mantenho o que disse, marco.
e continuo a achar que não se deviam queixar por não aparecerem nas capas dos jornais. isso ajuda, e muito, a ganhar campeonatos.

agarremos no exemplo flagrante,
os guarda-redes.

desde os tempos do koeman que, em todos os jogos do benfica, de cada vez que um guarda-redes falha um cruzamento se filma o banco de suplentes. sempre. este ano, o quim faz dois jogos maus, num deles oferecendo o empate ao setúbal. no dia seguinte, 3 capas para o quim (jogo, record, bola), 4 sondagens (os 3 jà referidos mais o maisfutebol) a perguntar pelo moreira. e isto durou durante 2 semanas, com assobios ao quim até ele encostar e o moreira passar a titular. a isto, seguiu-se uma semana com capas a questionar a atitude do quique.
e isto pesa na equipa. pesa pq dia apòs dia, o treinador desgasta-se. pq dia apòs dia, tudo é questionado e analisado por toda a gente. todas as substituições, todas as conversas do treino, se o jogador entra a rir no centro de estàgios, tudo. e os assobios no campo aparecem, como é natural.
no porto não há disso. durante anos, era a cultura do blackout que funcionava às mil maravilhas. agora, que a abertura mediática é obrigatória, arranja-se maneira de se manter tudo nas páginas do meio. nada na capa, qué para o adepto não se assustar.
qtas capas teve direito o frango do helton em madrid que custou 125 mil euros? ou o contra o leixões? ou o facto do porto andar à procura doutro redes? nenhuma. imaginas qtas capas daria se o rui costa fosse jantar a braga para perguntar qto custa o eduardo?

e com isso, o helton pode continuar a jogar sem ser assobiado em cada canto. tàs a perceber como é benéfica a protecção mediática? que querias? ter direito a capas à segunda e à quinta, depois de ganhares jogos, e não ter o peidinho que o pedro emanuel deu no treino à terça, quarta e sexta quando é preciso inventar noticias? era bom isso, não era? ui, se era.


qt aos apitos e presidentes a bater em pessoas e afins, deixa-os andar que isso vai prescrever tudo. ainda o boavista volta à primeira, com direito a indeminização e tudo, pq afinal nada de grave se passou.

Ledbetter disse...

Claro que manténs, Nuno! Nem eu esperaria o contrário! Mas francamente, a desonestidade é atroz! Então, protecção mediática, não é? No teu entender ausência de notícias é protecção mediática. Protecção implica ainda uma acção deliberada dos jornais para proteger o FCPorto. Os Cartaxanas desse mundo vão rebolar a rir…

Com que então, quando nos queixamos do centralismo desmesurado das notícias em Portugal, com assuntos exclusivamente focados nas questões da capital, é para proteger o resto do país das más notícias? Maravilhoso raciocínio Pidesco, Nuno!

O problema é que tu achas que a imprensa deveria ter um papel de torcedor consolador. Mas, infelizmente para ti, nem sempre isso pode ser possível! O torcedor vive euforicamente os sucessos do seu clube e ainda mais acentuadamente os desastres do mesmo. E aqui é que está a verdadeira questão, o problema é que eles não se comportam como jornalistas mas como verdadeiros torcedores/patrocinadores das equipas da segunda circular. Com os defeitos e as virtudes (para o clube) dessa condição, claro! Podes pedir mais profissionalismo, claro! Eu também queria! Mas não podes é dizer que o propósito é proteger o FCPorto, o clube mais seriamente acossado pela generalidade da imprensa dos últimos 20 anos (Record, TVI, Correio da Manhã, 24 horas). Quer seja pela mediatização do apito dourado, mas principalmente pelo desprezo raposo com que têm expedido as conquistas do clube nos últimos anos. Não acredito que possas esquecer os servilismos imorais na restante época para te focares nas notícias “desiludidas” (de torcedores desapontados) que vão saindo quando as coisas correm mal. Não acredito que possas esquecer os anúncios ao grande Benfica da perpétua “próxima grande época” que deveria vir mas nunca vem, qual D.Sebastião. Abre-se as portas de casa quando lhes convém, e querem fechá-las depois de arrombadas. Depois ingenuamente queixam-se de serem devorados pela máquina que os inventou. Clássico!

Mas acredita que podia ser pior, Nuno! Com mais uma prestação desastrosa nas competições europeias, fora da taça de Portugal, com dificuldades em chegar ao primeiro lugar, com um título nacional em 15 anos, com uma equipa comprada ao crédito e um passivo desmedido, querias portanto que só saíssem notícias estimuladoras do inclassificável “espírito à Benfica”. Em mais um exemplo de uma semana em que o futebol português se devia vergar sobre mais uma demonstração de profissionalismo e competência da única equipa nacional séria e com projecção nas competições internacionais na última década, eis que a imprensa desportiva consegue o impossível e desviar as atenções para a grande notícia da semana, a possível contratação de Afonso Alves para o épico Benfica 2009/2010!

Num país pequeno e estéril de novidades desportivas como o nosso, colocar o FCPorto e o Braga numa nesga perdida da capa em prol do cabelo do Veloso ou das cuecas do David Luiz é um insulto velhaco e provinciano para o mérito de ambas as equipas nortenhas. Mas a capa ou o número de páginas dedicadas a cada clube nem é mesmo o que me chateia mais. Percebo que o Benfica tem mais adeptos e os jornais têm de alimentar a procura. Nota que até não coloquei o jornal a Bola na listagem anterior, dado que, nos últimos tempos, tenho notado uma evolução positiva no alinhamento noticioso deste jornal. Pelo menos tem colocado o FCPorto na capa no mínimo exigível pela sensatez e a qualidade do jornalismo nas poucas páginas dedicadas aos dragões tem sido razoável. Consigo ler sem me sentir provocado como adepto e isso tem sido suficiente para suportar as cores guerridas da capa.

Mas tenho que dizer que uma deliberada inexistência de notícias para com o FCPorto é mil vezes mais ofensiva do que o excesso de notícias de que te queixas. O menosprezo e a sobranceria com que tratam de assuntos que não provenham das equipas da capital é imoral, injusto e extremamente saloio, Nuno. Já o próprio Eça descrevia bem esse comportamento mesquinho no século 19. Porque aqui questão é que falamos de uma classe que tem de obedecer a um código deontológico que implica obedecer a regras e a critérios de equanimidade, e que não se deve comportar com um mero apoiante de tasca. Por isso não te admires que os responsáveis do FCPorto tentem proteger a equipa/instituição de invasões sensasionalistas. Ainda bem que o faz, já basta o que se inventa e distorce nessa opinião pública ardente de antipatia aos tri-campeões! Mas não é preciso andar a rondar os balneários do porto em busca de escândalos para se noticiar condignamente os resultados do mesmo. Mas discuta-se então a vitória cabal do FCPorto frente ao Leixões insinuando-se vergonhosamente que o resultado estava comprado. Esqueçamos então que o Leixões voltou a levar 4 nesta semana. Então o Leixões voltou a ser comprado ou já não interessa? Pelo Paços de Ferreira? Ou do autogolo do Leixões frente ao Benfica. Isso não interessa para vender, claro. Só interessa quando se pode pôr em causa o bom nome da instituição azul e branca. Esqueçamos então o golo do Benfica frente à Naval que resulta de um erro grosseiro da arbitragem. Esqueçamos a entrada de Maxi Pereira a pés juntos no limite da grande área. Felizmente que eu vi ao vivo na televisão, não estaria com certeza à espera que a imprensa desportiva falasse disso no dia seguinte. Para se ler uma notícia nesta imprensa tem que se engolir não sei quantas provocações e distorções acerca da realidade que às vezes quase apetece desistir de ser adepto interessado. Mas não, devemos exigir mais e melhor, estamos demasiado habituados à passividade e a comer calados. É que às vezes é insuportável o tom matreiro com que as notícas do FCPorto são expostas, tudo para alimentar o preconceito e a inveja.

Resumindo, acho que tens um ponto de vista “original” sobre as vantagens (!!) da falta de notícias, mas essa tua teoria já a ouço há muito e é impossível mudar consciências enquanto o FCPorto continuar a ganhar (e eu espero que sim). Eu não quero beneficiar ou não do jornalismo (directa ou indirectamente), isso é um conceito utilitário que corrompe a verdadeira função do mesmo. Queria que o mérito e importância pautassem o comum das notícias e não que essas sejam o produto das flutuações emocionais de torcedores inconfessados.

Quanto ao Apito Dourado, já disse anteriormente tudo o que pensava. Queriam justiça popular encomendada pelo novos moralistas do futebol português que tentam desviar as atenções dos fracassos recentes e tentar apagar 30 anos de cumplicidades com o poder político. Mas esses dirigentes benfeitores de causas superiores têm que ter paciência, hoje respira-se democracia e nem tudo se resolve na secretaria.