terça-feira, 31 de julho de 2007

Vergonhoso


Sinonimo: Pedir por esmola, solicitar, suplicar... Infinitivo impessoal, mendigar, Gerúndio, mendigando, Particípio, mendigado ... Infinitivo pessoal, mendigar, mendigares, mendigar, mendigarmos, mendigardes ...


Led

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Pausa

Saturado de lutares, cansado de te procurares no que em ti é de mecânico e em exterioridade sociável. Mas agora esquece o que te é em obediência proletária. Escreve em abandono e desapego, qualquer merdice plausível e aceitável. Mas escreve. É a pressão enorme de criar, sem razão de haver barro para a criação... Quantos te ouvem? Para quantos és audível? Não o és para quase ninguém. E que isso interessa? Aquieta-te no sem-fim do lembrar. Sossega no teu nada tranquilo, não voltes mais. O silêncio é o teu lugar. Fala nele para ti, desfaz-te no teu linguarejar interminável e estéril. E cumprirás o teu destino de Homem como a loucura cumpre sempre o seu numa sala vazia.
Led

domingo, 15 de julho de 2007

Deve ser do tempo

12 candidatos , 6 propostas efectivas de governação, semanas e semanas de algazarra e lamaçal político nos telejornais e uma abstenção final de 62,6%. Que agradável ver daqui da província a democracia participativa a funcionar em todo o seu esplendor na cidade mais informada do país.
E agora chega de farófia de político que já não posso mais.
Led

Não percebo

Se é uma derrota política, partidária, pessoal e assumida com coerência de princípios pelo Marques Mendes porque razão é que ele é novamente candidato para o congresso do partido?
Led

Futuro "Negrão" para PSD

O Marques Mendes vai pôr a liderança em jogo no seu partido. O Menezes até deve espumar de excitação...

Led

Mais contas

Curioso verificar que toda a “raia miúda” de candidatos obteve menos votos do que o número de assinaturas necessárias para a apresentação da candidatura.
Led

Sempre a partir

Pretenso “mega-centralismo intelectual de Lisboa”, expressão do Sousa Tavares a terminar a sessão da TVI. Os jornalistas até reviraram os olhos.
Adorei.

Where is Wally?

Onde andará o Paulo Portas nesta altura? Será que vai assumir a derrota da liderança PP tal como prometera e desafiara?
Afinal já discursou e eu não notei...vai ficar a reflectir nos resultados, ou melhor, na falta deles.
Led

Bem derrotados

Todos os que tiveram como discurso o oportuno de confundir a autarquia com o governo.

Led

A dúvida

Será que foram recrutados militantes de Felgueiras para se juntarem à festa socialista?

Led

Cortes em cadeia

O Pacheco Pereira aqui ao lado queixou-se da interrupção engendrada pelo António Costa durante o discurso da Helena Roseta (tal como Sócrates havia feito com Manuel Alegre), será que notou com a mesma capacidade de observação que o Carmona interrompeu o Costa?
Led

Ora esta!

Mas porque é que ser candidato apoiado por um partido é um acto menos meritório de cidadania do que ser virtualmente independente?

Led

Contas

De 200 mil votantes nestas eleições da capital cerca de 1520 (0,76%) votaram no José Pinto Coelho e cerca de 760 (0,38%) no Gonçalo da Câmara Pereira. Taxistas, membros de claques, monárquicos, retornados e toureiros deverão assim contabilizar 1% do estrato social de Lisboa. Sendo a população actual da capital cerca 564 477 (wikipedia), poderão existir cerca de 4290 apoiantes do PNR e 2145 fadistas desvairados na cidade de Lisboa...um nadinha assustador, não?
Led

sábado, 14 de julho de 2007

O novo populismo

"(...) Este novo populismo prolifera onde está instalada a incerteza, o medo, a ignorância e a crendice. Antipoder por argumento é a rampa de lançamento ideal para aqueles que mais do que tudo estão ávidos de poder. Helena Roseta é neste sentido o melhor exemplo. Ao falar em nome dos cidadãos, como se estes fossem a sua coutada particular, não consegue disfarçar a ansiedade de um protagonismo e poder que claramente não conseguiu conquistar por meio do muito exigente crivo partidário."
Leonel Moura - Jornal de Negócios

Um excelente artigo mesmo aqui!
Led


Led

Memorable quotes


"Lucy: You know that was really hard for me to say? I mean...what are you trying to do? Scare me? Well congratulations!

Carter: I'm trying to wake you up! There's a big fucking world out there. It's messy, and it's chaotic, and it's never, it's never ever the thing you'd expect. It's ok to be scared but you cannot allow your fears to turn you into an asshole, not when it comes to the people that really love you, the people that need you.

Lucy: So I guess we're done right?

Carter: Yeah, we're done."

from "In The Land Of Women" (2007)

Led

sexta-feira, 13 de julho de 2007

A religião da paz no seu melhor


A polémica continua passados quase 20 anos...

Em 1988 o escritor indo-britânico Salman Rushdie publica o livro "Versículos Satânicos" em que seria “ofendida” a religião islâmica. De acordo com a lenda, Maomé adicionou versos ao Corão admitindo (além de Alá) três deusas que seriam anteriormente veneradas em Meca como seres divinos. Ainda segundo a lenda, mais tarde Maomé revogou estes versos, dizendo então que o diabo (o próprio!) o tinha aliciado a incluir estas linhas para satisfazer os Mecas. Contudo, no livro ficcionado o narrador revela ao leitor que estes tais versos polémicos teriam de facto origem no Arcanjo Gabriel e não em Satanás...
E de imediato cai o “Carmo e a Trindade” (antes fosse) no mundo muçulmano! ”Blasfémia contra o Islão”! “Fatwa”! Em face disso, o tarado do Khomeini do Irão (o respeitável líder espiritual da altura) condenou à morte o escritor, que vivia na Grã-Bretanha, prometendo mesmo a recompensa de quatrocentos e tal mil contos a quem o executasse. E a mesma sentença de morte estender-se-ia aos editores que publicassem o livro. Nessa altura, muçulmanos de todo o mundo apelaram à sua rápida execução. Editores seus foram atacados à bomba de Inglaterra à Califórnia. O editor japonês foi assassinado, e o norueguês saiu gravemente ferido de um atentado. Muitas mais pessoas morreram em conflitos pelo mundo muçulmano. O livro foi queimado em autos-de-fé em sítios tão improváveis da África do Sul ao Reino Unido e EUA. Por causa disto o Irão chega mesmo a quebrar relações diplomáticas com o Reino Unido durante meio ano.
Todo o mundo ficou siderado. Como é que no nosso tempo era possível condenar-se alguém à morte por motivos religiosos? Decerto poderia ser grave ofender-se a sensibilidade de um crente. Mas em que tempos estaríamos nós para ser possível pagar isso com a vida? E sobretudo como era possível que um louco criminoso se permitisse mandar executar alguém fora do seu país. Como se tinha a desfaçatez de alargar a países estranhos a sua acção judiciária?

Rushdie nunca chegou a ser distinguido com o Prémio Nobel porque a Academia Sueca nunca se atreveu a afrontar o Islão. A perseguição arruinou a sua vida pessoal, obrigando-o a viver clandestino e protegido pelos serviços secretos britânicos durante nove anos. Uma das consequências dessa reclusão foi ter sido abandonado pela segunda mulher, a escritora Marianne Wiggins. E acabou por definir o exílio, pois Rushdie mudou-se para Nova Iorque. Há poucos dias, em reconhecimento da sua obra literária, a rainha de Inglaterra fez dele cavaleiro, decisão que o Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha considerou “uma afronta”.

Curiosa situação esta. Só no passado a fé ia a África e ao Oriente matar mouros. E são eles agora que repetem a malfeitoria da questão. E é toda esta confusão que ainda nos deixa siderados 500 anos depois das nossas arremetidas. Onde estávamos nós que tínhamos anulado o poder religioso? Que nos arrepiávamos com os crimes da Inquisição? Que os integrávamos, quando muito, na óptica de há séculos? Que a julgávamos impossível neste início do terceiro milénio? Porque é como se descobríssemos um exemplar de uma espécie já extinta há milhares de anos. Ou mais. Mas sobre tudo o que nos desvaira de assombro é que exista ainda uma religião, disseminada pelo Mundo, que possa chamar a si um projecto de domínio temporal, que possa trespassar praticamente todos os islâmicos de uma crença religiosa em tempos de agnosticismo ao ponto de fazer disso uma arma de extermínio e muito possivelmente de expansionismo.

Há um mês, no Paquistão, o ministro dos Assuntos Religiosos lembrou ao Ocidente que é este tipo de “atitudes” que justifica o terrorismo: «If someone commits suicide bombing to protect the honour of the Prophet Muhammad, his act is justified.».

E é este o horror que de todo o modo vamos acabando por admitir, com medo de represálias e de epítetos islamofóbicos!

Led

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Mudhoney + D3O – Almada (11-07-07) : review

Expectativas “gripadas” a meio da A1....

Sorte miserável ou os miseráveis motores franceses?

O concerto? Bem, esse deve estar a ser super-espectacular....

Bahhh...

Led