Os Moonspell acabam de regressar de uma intensa tourné norte-americana e canadiana (a sétima incursão por estes territórios) parcialmente partilhada com os deuses noruegueses do black metal Dimmu Borgir que abrangeu 28 concertos durante cerca de um mês. À média de um concerto por dia em festivais e recintos fechados sempre esgotados, começa a ser constrangedor não lhes reconhecer o mérito com mais veemência por causa da típica desconfiança pelo género musical. Até porque em mais de metade destes concertos do outro lado do atlântico, conseguiram a proeza admirável de serem a principal banda de cartaz tendo sido apoiados por bandas locais. Este mês regressaram à velha Europa, com actuações programadas na Alemanha, Itália, Suíça, França, Holanda, Áustria, Hungria e Dinamarca. Quando muito se fala dos novos artistas portugueses que começam a arriscar mercados inóspitos (desde Legendary Tiger Man, passando por The Gift, Fonzie, X-Wife, Buraca Som Sistema ou David Fonseca), seria bom lembrarmo-nos mais vezes do caso incomparável da banda de Fernando Ribeiro que fez do “estrangeiro” palco principal há mais de uma década. Sem pretensiosismos e vitimizações lingrinhas, tiveram a ousadia suficiente para abandonar o ócio doméstico e arriscar num mercado outrora pouco explorado. Hoje são uma referência para o metal gótico em toda a Europa e inevitavelmente mundial.
Nunca os vi lamentar o fado avesso e o desdém do país materno e são eles próprios que o dizem sem ironias ou falsas modéstias: "É incrível, mas já fomos quatro vezes a Moscovo e nunca tocámos em Évora!"
Bem hajam, rapazes!
Bem hajam, rapazes!
Sam The Kid, come pó!
Led
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