segunda-feira, 28 de abril de 2008

Do meu “Querido Líder”

"Vou torcer pelo F.C. Porto, mas, se calhar, o F.C. Porto não vai torcer pelo F.C. Porto e isso é grave (...) Se fosse ao contrário, os portistas também torceriam pelo Benfica. Mas, se o F.C.Porto poupar jogadores, está a dar um sinal de que não se vai esforçar para vencer. Não percebo por que não fez essas poupanças com o Benfica.."

António Pedro Vasconcelos

tirado daqui

É tudo uma conspiração contra o valoroso clube da nação.

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sábado, 26 de abril de 2008

Mysteries not ready to reveal

Smashing Pumpkins - Thirty-Three

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A lenda do homem que grita sem razão

Apetece-me intensamente desatar aos berros. Berrar para esvaziar o excesso que me rebenta. Berrar para alcançar esta ilusão excessiva de mistério estúpido e efémero que se escorre pelo horizonte. Berrar para entender qualquer coisa. Berrar para enlouquecer ou afastar a loucura.

Noite estrelada a armar o Verão. O ar quente que me entontece.

Led

"Taxi driver 2"

Puro entretenimento.

Led

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Autolux in transit for Transit Transit

Good things come to those who wait. Isso é o que parece que o trio de Silverlake (L.A), Autolux, tem vindo a ensinar aos seus fãs leais (eu incluído) durante os últimos dois anos. Um post na página MySpace da banda em Janeiro de 2007 anunciava o segundo álbum (após o divinal disco de 2004, Future Perfect) para o verão de 2007. Entretanto o Verão passou, o Inverno também e, com excepção da colaboração no último álbum dos U.N.K.L.E com o tema "Persons & Machinery", nenhuma menção a material novo ou a quaisquer notícias da banda. De tal maneira que um fã recentemente escreveu no página MySpace da banda:

"Dear Autolux, Can I please hear a new album??? I may have have heard your last album as much as I’ve heard Michael Jackson’s “Thriller”, which means I must love you guys. Love, Troy"

O Troy vai ficar feliz por saber que um novo single de nome “Audience No. 2” está actualmente a caminho das estações de rádio durante esta semana ao qual se seguirá o lançamento no iTunes. Entretanto a banda acabou com as prolongadas conjecturas com um email no final da semana passada para a sua mailing list, anunciando o single e o novo álbum designado “Transit Transit”. Ainda não existem quaisquer notícias quanto à data de lançamento, lista de temas ou artwork, mas a banda assegura que estará para breve.


Para quem tem passado os últimos 2 anos a anunciar coisa nenhuma neste blog, estas notícias parecem-me simplesmente maravilhosas! Yeah mother****er!!


Os Autolux tocam em Barcelona, no Primavera Sound Festival a 30 de Maio de 2008.

Adaptado daqui

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terça-feira, 22 de abril de 2008

Love will tear us apart

O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.” - Miguel Esteves Cardoso

Um amigo diz-me que a namorada de longa data o atraiçoou com um colega seu um dia antes de acabar com ele e que, apesar do desfecho ter sido profundamente doloroso e vexatório, e contrariamente às suas expectativas doridas, acabou por ainda estimular uma atracção maníaca e raivosa pela agora ex-namorada. O parceiro atraiçoado tem pelo outro (traidor) ainda mais amor. Diz um adágio popular parecido. Porque a traição distancia e o que está distante é que é bom. É bem verdade. Mas essa tensão emocional não advém do amor, é o inferno aberto da paixão negativa e portanto muito mais poderosa. É o luto da perda do monopólio de direitos sobre alguém. É todo um império que resvala para a autodestruição. É o hipnotismo doente que advém da submissão ao poder do outro e do sufoco da intransmissibilidade desse sentimento monopolizador. Não é apenas o desgosto que é: é acumularem-se nele todos os outros que foram e mesmo aqueles que ainda hão-de ser... Além de que na traição há a “pilhagem” do que é “nosso” e a estima subsequente do que não estimávamos. E o sentido de propriedade é o mais forte, algum psicanalista deverá defender...
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sexta-feira, 18 de abril de 2008

Mr Tambourine Man, play a song for me



Cat Power - Ramblin' (Wo)man (Sr Hank Williams' cover)




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Do vendaval

Chove sempre. Vejo a chuva em fios direitos a cair dos beirais, ouço-lhe o rumor no chão. Um vento desencabrestado que enrodilha aos uivos por entre a neblina urbana. Chove sempre. Escuto a chuva escutando a transfiguração de mim. Plácida memória do fim. De um aceno longínquo, de um não sei quê, acontecido na eternidade. E tudo isto o diz a chuva ou o vento. Ou me fazem dizer que o dizem.
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quinta-feira, 17 de abril de 2008

Blueberry night


Coliseu do Porto, dia 28 de Maio, 22H


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Cuba

Um amigo da família voltou ontem de uma estadia prolongada em Cuba e contou muito do país do social revolucionário. Mas a única coisa que contou foi a instrumentalização da pobreza e do medo colectivo, ambos amparados por uma vaga noção de patriotismo exacerbado. A razão da força. O medo!
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quarta-feira, 16 de abril de 2008

O árbitro era do Porto

Volto a repetir e sem qualquer espécie de ironia que oscilava para a preferência de ver o Benfica na festa final de Oeiras, mas confesso ser amplamente mais forte o sentimento de os ver desmoronar de tão alto. De qualquer maneira, excelente, excelente derby! Grande golos, grande festa do futebol! Agora só espero não ter de ver amanhã a palavra árbitro estampada na capa de qualquer jornal desportivo...ou mesmo do Record, mas isso talvez já seja pedir muito.

Venham os lagartos...
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Consumo compulsivo



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terça-feira, 15 de abril de 2008

Cepo

De vez em quando, a visita do encantamento da melancolia. Tão raro já. Triturado, mastigado, endurecido pelo estrondo exterior da engrenagem. A minha sensibilidade como um cepo. Um cansaço de tudo, queda abandonada, um apelo à desistência como um soterrado numa avalanche. A passividade. O nirvana - é o nirvana? Este escoamento total de nós que se salda activamente apenas pelo dormir...

Gostaria de escrever um post e não sei de quê.
Há em mim um desassossego como se para renascer
um grande gesto, uma ideia, o visível do que se não vê.
Mas não nasce, não se vê, nasce apenas o prazer
desta incerta melancolia que em si mesma consiste
e tem o gosto de ser triste
sem o ser.
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