terça-feira, 24 de junho de 2008

Heil!

Espero que os meus caros amigos benfiquistas não levem a mal por voltar a este assunto amargo e penoso (e sei que a maioria vai achar alguma piada, com excepção do José Pinto-Coelho), mas encontrei esta pequena sátira ainda há pouco na blogosfera e foi impossível resistir...
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Já vos ouço a praguejar ...e desta vez com toda a justiça, diga-se em abono da verdade. Prometo tentar não voltar a isto tão cedo...mas vai ser complicado, está aí época luminosa das contratações megalomaníacas.
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Led

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Porco doce

Cerca de 88 mil pessoas morreram ou desapareceram no sismo de 12 de Maio, que foi o maior a atingir a China em três décadas. Mas o que é mesmo notável é que um...
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Ãhh?
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Led

The dark side of Crocodile Dundee

Finalmente vi este filme, deu ontem na TV. Não é nenhum Massacre no Texas (o de 1974 ou o de 2003), mas vê se bem, sim Sr.!
Para quem ainda não viu (o filme já é de 2005), recomendo-o para toda a família.
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ps: não se deixam enganar pelo trailer, o filme é melhor do que o cliché adolescente aparente.
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Led

domingo, 22 de junho de 2008

"O meu Mercedes é maior que o teu”

"Não temos que procurar grandes diferenças em relação ao PS. A principal diferença é metermos todos na cabeça de que o PSD é o partido mais importante do pós-25 Abril."

Rui Rio, no congresso do PSD.


Ok...mas ultrapassemos a partidarite aguda e a retórica grandiloquente do cavaquismo, passemos adiante a anedota sobranceira e aproximemo-nos (quem sabe) do presente: O que é, onde está e para que serve este PSD?
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Led

Bip- Sunday scheduled warning – Psychedelic reverberations included in the post below - Bip




Nine Inch NailsThe Four of Us are Dying

ps: para ouvir imediatamente, carregar no link incluso na canção.
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Led

sábado, 21 de junho de 2008

Os anjos são monóicos

Depois da previsível esfrega ao Scolari, Ricardo e Paulo Ferreira, chegou a vez da discussão utópica e inútil da soirée: Será preferível educarmo-nos primeiro para modificarmos um país em seguida, ou modificarmos um país para que nos eduquemos em consonância depois? A distinta maioria presente (velhos aristocratas republicanos neorealistas e socialistas “do amanhã que não chega”) respondeu que mudava-se primeiro o país, signifique isto o que significar. Depois de uns breves instantes de perscrutação pela plateia, a alma penada escondida no canto da mesa redonda (de seu nome: ele) envolvia-se na contenda com o máximo de eloquência profética que se sabia capaz:
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“- Bahh! Emigração, pá! Sair deste buraco fétido de uma vez!!”
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Não acreditava no que defendia mas o facto é que ninguém se insurgia. Silêncio pesado... Seu irmão abanava a cabeça de desprezo reaccionário. Por seu lado, ele espumava de prazer diletante. O seu momento.
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Entesado de confiança balofa, apreciou o embaraço durante uns segundos. Em seguida levantou-se demoradamente e, com os olhos presos ao tapete persa, abandonou suavemente a sala e o fumo fidalgo dos charutos. Pegou nas chaves do carro.
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Foi-se embebedar.
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Ledbetter in : Contos impossíveis - antevisão melodramática de um certo sábado à noite.
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Led

quarta-feira, 18 de junho de 2008

...or death and all his friends

Ando para falar do último álbum destes senhores (os centésimos “próximos Radiohead” da história da NME que afinal não o foram e ainda bem) há algum tempo. Mas ainda estou na fase de degustação preambular, é que custa um pouco a entender o disco como um todo. De qualquer maneira, para desapontamento da minha tradicional má fé e depois de audição do trivial primeiro single (“Violet Hill”), confesso que as audições integrais ao disco me deixaram bem mais entusiasmado. O colorido disco, cheio dos habituais temas pop-rock sumarentos que até as mães gostam, parece-me estranhamente interessante e arrisco mesmo já a dizer excelente. De tal maneira que até o habitual inquisidor moral de tudo o que atinja um nível comercial (Pitchfork) acabou por dar um 6.5/10 ao disco. Nem me peçam para mencionar que, no plano oposto do exagero patriótico, a NME classificou-o com um 8/10. Ainda assim, parece que finalmente o agora quinteto britânico arranjou um produtor à altura das suas capacidades (Brian Eno) que transformou/revolucionou (como a capa deixa subentender) quase por completo o som da banda (saturadíssimo à altura do X&Y) com recurso a muitas experimentações bem sucedidas. Notam-se bem as influências de um antigo David Bowie, Arcade Fire (até porque muitos temas foram igualmente gravados em igrejas), My Bloody Valentine, U2 (como sempre, na guitarra do Buckland) e mesmo Peter Gabriel. Temas grandiosos, espaçosos e cheios de luz, que é mesmo o que nós andamos a precisar. Ainda não encontrei as tão mencionadas influências hispânicas no novo som (só se for pela localização geográfica das gravações) e o que notei mesmo foi o recurso a muito equipamento sonoro sintético que contribuiu para um novo enchimento e grandiosidade (muito glam e exótico, ao mesmo tempo) sem apagar a marca mais desartificiosa característica do conjunto londrino. De qualquer maneira, “Cemeteries of London”, ”Lost!”, “42”, "Chinese Sleep Chant" (tema escondido da faixa "Yes!"), “Lovers in Japan” (aposto como terceiro single) ou “Viva La Vida”, são mesmo excelentes canções! A EMI já não precisa portanto de chorar mais o luto dos Radiohead pois têm aqui um disco que lhes vai satisfazer por completo o apetite monetário para este ano e o próximo e o próximo...

Coldplay - 42
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Led

Espeleólogo da memória

Não passes mais na minha memória, não passes. Sossega-te no sem-fim do lembrar. Para invenção de ti nas horas difíceis de desapego ao impossível que está sempre na memória estúpida sem explicação. Não há realidade no real que relembro, porque essa realidade está na minha imaginação. Repousa no teu nada, deixa-te estar. O que escrevo não foi, é o absoluto do meu devaneio. Esfuma-te na balada de eterno e sê lá só a ficção de ti. Que a névoa que te trouxe te leve de novo para sempre. E a melancolia que nela vive seja a razão verdadeira de te esquecer.
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Led

terça-feira, 17 de junho de 2008

O remorso depois da fornicação

Que estranha esta sensação de sujidade e culpa depois de falar de futebol ou de política ou do mais que envolva subir a um púlpito para pregar as minhas ideias plausíveis e para uso doméstico e discussão transaccionável e sempre estimável nos intervalos da atenção. Para termos uma reputação pública nos sítios privados onde ela se fabrica e para sermos brilhantes como nas reuniões com gravata. Porquê exactamente? Não o sei. É o preço a pagar por tomar partido seja do que for, vais dizer. Agora aguenta o peso do ridículo. Deve existir um limite moralmente tolerável em alguma parte do meu ser que é ultrapassado quando falo em demasia seja do que for, cheio de urgência em aliviar a carga. A cedência à parte mais grosseira e animal, e ter satisfação nisso enquanto é tempo de o satisfazer. Culpado por qualquer coisa. Culpado por existir.
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Led

segunda-feira, 16 de junho de 2008

A única parte interessada


O triunfo da verdade sobre a rapinagem.
Vai haver muita gente aborrecida.
Tanto melhor.
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PS: A reacção cobiçosa prevista: "Reparação integral dos danos sofridos"? Intervenção do “Estado Português”? Tão, tão degradante... Se esta não é a atitude mais desonesta, indecorosa e rasteira de um infeliz quarto classificado, então vou ali e já venho. E vou mesmo. Mas não volto.
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Led

domingo, 15 de junho de 2008

Enough of Radiohead…what about Radiohead?

Eu sei que ando a saturar o blog com estes geeks de Oxford, mas não consegui resistir. Estes períodos intensos Radiohead anuais costumam durar semanas até atingir a fase final da paranóia e de não me restarem alternativas mais saudáveis do que ir ouvir...Radiohead.
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Vamos lá então todos cantar o hino, que hoje é merecido.

Radiohead - The National Anthem (Live in Paris, 2001)
Toparam o sarcasmo?
Sou tão inteligente.
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E ridículo.
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Led

sábado, 14 de junho de 2008

Do regresso

Está-se uns dias fora e logo se desenha a expectativa ingénua de que o país esteja mais maduro e sério no regresso. Puro delírio que se esbate imediatamente ao ligar a televisão, jornais ou rádios. Que fadiga imensa... Neuchâtel. É nesta palavra repetida até ao vómito que o país tem estado suspenso nos últimos dias. Greve, petróleo, raça, Ronaldo e Scolari são os termos seguintes. Directos inúteis, entrevistas despropositadas, cânticos inchados e dedicatórias patrióticas de ocasião para sublimar o histórico complexo de inferioridade. A imprensa equipara-nos no grau de bovinidade passiva e nós acenamos afirmativamente à invasão. Muito pouco sobre a nega irlandesa à ratificação a um tratado que parece ser crucial mas que ninguém ainda consegue decifrar senão os habituais críticos de lábia fácil e os profetas da desgraça. Faltam os fogos periódicos para completar o ramalhete carnavalesco. Alguma vez encontraremos a harmonia? Desisto de tentar perceber. Vou colocar os phones nos ouvidos, cerrar os olhos e desandar daqui mais uma vez.
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Led

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Radiohead - Bercy (09-06-2008)

Uma semana impecável em Paris, as reflexões sobre uma cidade, que mal conhecia até então, talvez para uma post posterior. Quanto à "gig":
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3º concerto da tourné europeia.
Casa cheia – cerca de 15 mil pessoas
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Setlist:

01. All I Need ( Melhor intro só mesmo com a “Subterranean...” seguida da “Airbag”…)
02. There There (Thom: “Ça va?” Ça va très bien, merci!)
03. Lucky (I felt so…)
04. Bangers + Mash (Rock, rock, rock)
05. 15 Step (“Fifteen steps, then a sheer drop”, e nós respondemos em uníssono “- hey!!” Continua a ser o melhor tema do último álbum, para mim)
06. Nude/Big Ideas (pausa para o cigarro melancólico e para as grandes ideias)
07. Pyramid Song ( e nós deixamo-nos arrastar no enlevo vaporoso)
08. Weird Fishes/Arpeggi (Som um pouco saturado, sente-se na estrutura metálica do pavilhão)
09. The Gloaming (Explosões de cor nos tubos cilíndricos...“They will suck you down to the other side...”assombroso tema com a intrínseca viagem pelo “túnel de vento” do devaneio...ri-te Nuno, ri-te... )
10. My Iron Lung (regresso a uma época em que ainda “acreditávamos”... ri-te Nuno, ri-te...)
11. Faust Arp (apenas o Thom e o Jonny nas guitarras acústicas, só para envergonhar os Kings of Convenience)
12. Videotape (Continuo a preferir a antiga versão ao vivo desta canção... assim está muito lenta e o crescendo é quase imperceptível)
13. Morning Bell /Amnesiac (Please, release me...)
14. Where I End and You Begin (Thom: “Thank you darling, I love you too.” )
15. Reckoner ( Estranho o tom de voz do Thom, mais grave do que o habitual)
16. Everything In Its Right Place ( E era mesmo assim...)
17. Bodysnatchers (Rock, rock, rock para acabar)

Encore1:

18. Exit Music (For A Film) (Alguns zumbidos desnecessários durante o tema, culpa do pavilhão! O Thom pede às pessoas nas filas da frente para se chegarem a trás.)
19. Jigsaw Falling Into Place ("Come on and let it out!" Palco completamente "in rainbows")
20. House of Cards

21. Paranoid Android (Thom: “This is for the people in the back!” Nós gritamos de gratidão pela atençãozita. E depois pumba! Uma entrada em falso na canção! No final o público rejubila e Thom responde "Thank you so much,I feel better now".)
22. Street Spirit (Fade Out) (Palavras para quê?)

Encore2:

23. Like Spinning Plates ( Lindíssima, não é?)
24. You And Whose Army? ( Bestial... o efeito criado pela câmara individual do Thom (sim, aquela do vídeo da “Jigsaw...) durante o início da música, intercalando planos da sua cara com o Jonny no fundo, desembocando no refrão em múltiplas imagens da cara do Thom. Muito bom!)
25. Idioteque (Thom: “Thank you . Bonsoir.” Final mais psicadélico era impossível...)
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Para os geeks sem vida própria (como eu), uma repartição dos temas pelos álbuns:

Pablo Honey : Nada.
The Bends : 2 canções (10 e 22)
OK Computer : 3 canções (03, 18 e 21)
Kid A : 2 canções (16 e 25)
Amnesiac: 4 canções (07, 13, 23 e 24)
Hail To The Thief : 3 canções (02, 09 e 14)
In Rainbows : 11 canções (Todo o primeiro álbum + 1 canção do cd2):

Pontos altos : todo a performance; a melhor setlist que vi desta tourné até ao momento; o terem tocado a Paranoid em vez da Karma Police; a The Gloaming partiu-me mesmo todo...)
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Pontos baixos : definitivamente a minha localização no pavilhão, se bem que até se via razoavelmente todo o palco.
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Em "résumé",
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Maravilhoso!! E os meus companheiros sabem bem que não exagero (link1, link2)!
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Imagens aqui ou aqui.
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Led

sexta-feira, 6 de junho de 2008

quinta-feira, 5 de junho de 2008

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Fuck...

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E pronto, depois de tanto queixume à FPF as pretensões do Benfica estão finalmente satisfeitas. Santa mediocridade...
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A matilha juntou-se para atacar o maior e a sociedade civil respondeu afirmativamente. A cascata de eventos com vista a destruição de um clube está portanto principiada com a saída já anunciada de vários jogadores do plantel dependentes até à altura das decisões da UEFA. Sim, Lucho não se vai aguentar. Mas o mesmo caminho tomará certamente Quaresma e Lisandro quando se depararem com a falta de grandes objectivos e de visibilidade na época 2008/2009. Sem estes 5 jogadores (acrescentando Bosingwa e Paulo Assunção), não sei mesmo o que restará de uma equipa para o próximo ano.
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Que tirem então todos muito proveito. À SAD das corjas, ao Benfica pelas mãos de LFV, à FPF pela desonestidade. Desejo-lhes a pior das sortes.
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Gostava de saber porque é que a retroactividade de uma lei penal (conceito jurídico já de sim aberrante) só funciona para alguns clubes. Alguém me explica porque participou o Milan na última edição da liga dos campeões? Alguém me clarifica se a Juventus irá participar na próxima edição?
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Agora é esperar para ver o processo crime desdizer o processo disciplinar quando a decisão da UEFA já se tenha tornado irremediável. A presunção de culpa ao invés da presunção de inocência é o melhor exemplo da verdadeira república das bananas em que vivemos.
iEstou inconsolável.
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Link do desespero.
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Led

terça-feira, 3 de junho de 2008

Summer



Velveteen - Summer of 88

Led

"Para além da realidade imediata não há nada"

E um súbito rumor de brisa na vidraça abre em espaço a solidão da noite. Para lá dos cortinados, da janela fechada, adivinho a cidade submersa, o vulto solitário dos candeeiros vagueando pela bruma, a febre cega de destinos sob um céu sem estrelas...
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Led

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Tempo de vacas magras e de lobos famintos

“A participação de Manuel Alegre numa iniciativa do Bloco de Esquerda é um direito de cidadania que não se discute, mas a participação de um deputado do PS em acções que contestam o seu próprio partido, deixa de ser um direito à diferença para se tornar numa contestação política concertada com forças concorrentes.
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Há aqui um afrontamento ao PS, independentemente das razões substantivas das divergências, afrontamento que faz parte do legítimo combate político mas vedado, por razões de solidariedade institucional, aos membros do grupo parlamentar.
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Manuel Alegre é uma referência da luta contra a ditadura, um intelectual de grande dimensão e um político cuja vida se confunde com a militância partidária. A sua saída seria uma perda para o PS mas a sua hostilidade é uma perda para si próprio.
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No período conturbado que se vive, em tempo de vacas magras e, possivelmente, com dias piores que se avizinham, é fácil ser popular criticando mas difícil ser credível sem alternativas que é urgente apresentar.”

Afixe-se.

O resto da post aqui.
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Led

Confesso que não esperava por este dia

Isto sai hoje em Portugal e no resto da Europa pela mão da EMI, antiga editora da banda.

DISC ONE
01 "Just"
02 "Paranoid Android"
03 "Karma Police"
04 "Creep"
05 "No Surprises"
06 "High And Dry:"
07 "My Iron Lung"
08 "There There (The Boney King of Nowhere.)"
09 "Lucky"
10 "Fake Plastic Trees"
11 "Idioteque"
12 "2+2=5 (The Lukewarm.)"
13 "The Bends"
14 "Pyramid Song"
15 "Street Spirit (Fade Out)"
16 "Everything in Its Right Place"
17 "Optimistic"*

DISC TWO
01 "Airbag"
02 "I Might Be Wrong"
03 "Go To Sleep (Little Man Being Erased.)"
04 "Let Down"
05 "Planet Telex"
06 "Exit Music (For A Film)"
07 "The National Anthem"
08 "Knives Out"
09 "Talk Show Host"
10 "You"
11 "Anyone Can Play Guitar"
12 "How To Disappear Completely"
13 "True Love Waits"
* US release only

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Mas o Thom também não se interessa muito.
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Do meu bolso não vão levar um tostão. Esta gatunagem...
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Led

domingo, 1 de junho de 2008

Bip - Sunday scheduled warning – Thunderous guitars and piercing vocals included in the post below – Bip




Oceansize - Sleeping Dogs and Dead Lions


Led

Tempo mental, tempo domingueiro

Nesta terra ocidental da Europa, iniciada a década de setenta, a roda do tempo vai triturando as vontades na sua rotina desencorajadora, sem arranques nem solavancos, e tudo roda com a previsibilidade de uma comédia, ou de um drama, de que já conhecemos o enredo. O tempo é um represa de angústia à espera do dia da descarga, e tanto pode florir os campos, como inundá-los.”
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António Arnaut – Rio de Sombras
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Yep, hoje é dia da alucinação bloguística periódica. Estou a ensandecer lentamente e não vou fazer nada para o evitar...
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Led

Another fan friendly enterprise

Carregar na imagem para perceber.

Obrigado mais uma vez, JI!

Led